CAPÍTULO 2 - A MORTE DE BELINDA

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ao anoitecer, o trotar dos cavalos estavam em sintonia, passando uma sensação gostosa de se ouvir, se não fosse aquela hora... O vento soltava frio, e as árvores estavam com seus galhos velhos que insistiam em estralar, o que deixava o lugar com uma aparência sombria e misteriosa. Atrás de Tibaji, Belinda estava com seu semblante abatido, não se alimentava desde que saira e seu estômago reclamava várias vezes pedindo por alimento. Ela escreveu uma carta para Dramel, dizendo que sentiria saudades suas e de Nayara, mas que não era preciso ele se preocupar tanto com ela, pois a mesma tinha esperanças em um dia, voltar para a Vila Fullin, onde crescera e aprendera a amar cada canto daquele lugar, que agora... estava distante e ela nem sequer sabia o que seria de si dali em diante. Seu primo estava com um semblante sério enquanto olhava para frente concentrado na estrada em que seguiam pela Floresta de Bross.

Belinda entediada o olhou e perguntou:

- Então... Pra onde estamos indo?

- Em um lugar onde você vai aprender a ficar calada. Respondeu ele ríspidamente.

Belinda revirou seus olhou e indagou: - Olha, eu não sei que ódio você tem por mim pra me tratar desse jeito, mas saiba que não vou me vender pra homem nenhum! Eu prefiro morrer do que me sujeitar a essa sujeira.Tibaji riu de sua cara balançando a cabeça negativamente. - Minha querida prima, você vai fazer o que eu quiser que você faça. Seu pai te deu pra mim, e agora você está na minha responsabilidade, então fique quieta e cale a boca.

Belinda bufou e retrucou já nervosa: - Eu nunca vou confiar em você seu verme! Você não comanda minha vida, e eu só vim porque meu amaaado pai, não me deu outra escolha!

Tibaji mordeu seus lábios como forma de aliviar seu estresse com a menina que só sabia reclamar em seus ouvidos. - Quando chegarmos na Vila Sorhar, vou te arrumar trabalho no bordel mais movimentado que tiver.

Belinda berrou de raiva e começou a esguelar-se com o primo:- EU DISSE QUE NÃO! SEU MALDITO NOJENTO!

Tibaji mordeu seus lábios mais forte e em um sorriso de lado, desceu de seu cavalo, puxou a garota fortemente de Cadoc e a empurrou em uma árvore. Belinda se assustou pela rapidez e força em que seu primo a pegou, enquanto a mesma tentava sair de suas calejadas e grandes mãos. O homem chegou próximo de seu ouvido e mordeu suas orelhas, respirou profundamente em seu pescoço, enquanto seu braço esquerdo segurava a garota com muita força, a impedindo de sair daquele aperto. Ele desceu suas mãos até os seios de Belinda, que ao sentir os movimentos, se assustou e se remexeu para tentar sair de seu aperto.

Tibaji riu e a segurou mais forte, a olhou com malícia e disse: - Shiii... Caladinha priminha! O que você vai fazer comigo uh? Você não consegue me impedir de te fazer minha cadela pessoal.

Belinda fechou os olhos e uma lágrima cheia de nojo, medo e raiva escorreu pela sua bochecha. Ela o olhou com ódio nos olhos e disse entre dentes: - Você é um nojento! Seu verme!

Tibaji riu mais uma vez e mordeu os lábios da garota fortemente, fazendo sangrar no mesmo instante. Belinda gemeu de dor e tremeu de desespero ao pensar que não conseguiria sair daquele cara imenso em sua frente. Ele iria abusar dela ali mesmo, e a culpa era de sua maldita língua afiada que havia a colocado naquela situação. Seu primo deslizou sua mão direita pela cintura da jovem, e fora abaixando para tocar sua intimidade, mas Belinda não aguentou o desaforo e rapidamente deu-lhe uma cabeçada, levantou seu joelho direito e lançou uma joelhada no meio das pernas de Tibaji, que gritou roucamente de dor, e a soltou como reflexo. Rapidamente Belinda montou em Cadoc e se pôs a correr. Os pequenos galhos das árvores secas arranhavam seu rosto, mas ela não ligava, ela estava cheia de adrenalina tentando fugir daquele homem nojento. Ela avistou a saída daquela floresta pelo caminho à esquerda, parou seu cavalo e o virou naquela direção. Belinda ouviu sons de corvos e corujas nas árvores e se estranhou olhando ao redor da Floresta. Havia muita névoa por todo canto, Cadoc estava agitado dando passos para trás relinchando sem parar. Algo estava errado.

- Calma Cadoc, Vamos encontrar a saída! Disse Belinda suspirando enquanto ainda olhava em volta. Eles estavam perdidos, a névoa havia tapado sua visão.

A garota ouviu sons de outro cavalo, e rapidamente fora acertada na cabeça com um soco que a fez cambalear para trás, mas não chegou a cair do cavalo. Seus olhos procuravam o causador de sua visão turva, suas mãos agarravam com força as rédeas do cavalo e se pôs a correr novamente, mesmo com tontura. Fora impedida de avançar mais, ao receber um empurrão a fazendo cair de Cadoc e bater suas costas numa pedra no chão. Seus pulmões sofriam ao serem chocados contra aquela superfície dura. Sem ar e com os olhos arregalados, Belinda avistou Tibaji á sua frente com um machado em suas mãos, seu olhar de ódio contra a garota a fez estremecer enquanto recuperava lentamente e com muita dor, o seu ar.

Tibaji chegou perto da garota e cuspiu em seu rosto dizendo: - Sua cadela inútil! Pensou mesmo que iria fugir de mim? Agora vou te tratar como uma puta vadia que você é!

Ele desamarrou os cintos de suas calças e deu um tapa forte no rosto de Belinda, que gritou em meio ao choro. Suas mãos estavam trêmulas, ela havia entrado em estado de choque, seu corpo estava dolorido e impossibilitado de fugir de Tibaji. O homem puxou as calças da garota revelando sua intimidade, ele sorriu e olhou pra mesma, que estava em pânico e terror. Ele se relou contra a garota que respirava ofegantemente enquanto seu ar voltava. Mas seus olhos estavam vidrados naquele em que a tocava sem seu consentimento. Belinda ganhara outro tapa na cara e fechou seus olhos, apenas chorando e sem forças pra impedir que ele a despisse. A jovem pensou em meio daquela humilhação, em como seu pai fora capaz de fazer isso com a própria filha. Entregá-la desse jeito para um homem que a desrespeita e a machuca... Que pai era esse que a confiou á qualquer um? A jovem estava decepcionada com o pai e suas esperanças em um futuro melhor tinham ido por água abaixo.Tibaji acariciava os seios de Belinda e relava sua intimidade amostra e nojenta em seu corpo. Ele estava a ponto de a violar quando fora impedido por algo que o lançou para longe.

Algo grande se arrastava nas folhas que haviam no chão, seus passos eram fortes e firmes e sua estatura lhe causava espanto. Tibaji fora lançado mais uma vez com muita força, mas desta vez em um dos galhos das árvores. Em sua boca escorria sangue, seus olhos viajaram rapidamente para a garota, mas logo após se elevaram para encarar o ser que o havia atacado. Belinda pôde ver rapidamente Tibaji sendo torturado por imensas garras negras que quebravam sua costela lentamente, enquanto o mesmo gritava agonizando de dor. Seus olhos estavam esbugalhados antes de serem arrancados por uma língua negra que escorria seu sangue. A garota arregalou os olhos e buscou forças para se levantar e correr, pois sabia que não fora sorte ter sido liberta de Tibaji, e sim algo pior do que ser estuprada por ele. Seus pulmões ainda ardiam, suas costas doíam e latejava, Cadoc havia fugido para algum lugar e ela estava sozinha, tentando correr mais rápido daquilo que agora a perseguia com seus dentes à mostra que exalavam a podridão.

As roupas de Belinda estavam rasgadas e mal lhe cobria. Ela chorava desesperada enquanto ouvia sons de passos rápidos e perto à suas costas e seu coração palpitava ao pensar na hipótese de morrer como seu primo, minutos atrás. Sem possibilidade de fugir, a garota caiu batendo seu rosto contra o chão duro, a fera que lhe perseguiu rasgou seu braço esquerdo e perfurou sua pele desde a costela até suas coxas. Belinda soltara um grito de dor, enquanto suas mãos buscavam impulso de se levantar e sair dali, mas a garota era uma simples humana, que não tinha como se defender sem seu arco que estava com Cadoc. Seus olhos começaram a se revirar e seu corpo a se contorcer em uma convulsão. Uma dor horrível e forte repuxava os lugares em que a fera havia lhe ferido. Seus pensamentos sumiram junto com sua consciência, Belinda sentia muita dor e queimação quase que insuportável. Não conseguiu ver mais nada, apenas sentir a escuridão e a dor fazendo parte do seu corpo e mente.

Belinda fechou seus olhos e não viu mais nada a partir disto. O seu corpo não lhe respondia mais... E então, ela se entregou para sua morte lenta e dolorosa.

•••

Please não me matem 😭😭😭

Você se apegou a Belinda??

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