Prológo.

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        Prológo.

Inglaterra 1820.

_ Eu te amo para sempre. - Disse a moça de pele branca e cabelos escuros para o jovem duque à sua frente.

_Eu tenho medo de amar. - Respondeu ele.

A jovem moça deu um passo à frente se aproximando mais do duque, ficando apenas 2 passos de distância entre seus corpos. O corpo do duque estremeceu como um estrondo de um enorme gigante sobre a terra.

_ Você prefere viver com medo ou se entregar a este sentimento que envolve nossos corações?

O duque não respondeu, apenas olhou para a moça à sua frente pensando em qual seria seu próximo passo. Ele não queria ficar sem ela, mas também tinha medo de ama - la. O jovem duque não entendia como poderia ter este medo dentro de si, mas quando ele estava com ela sentia - se no mais alto céu, longe de todos e tudo. Ou mergulhando no mais fundo oceano cheio de leveza e pureza.

_Eu não estarei disposta para sempre, Vossa graça, mas acredite quando eu falo que lhe amo com todo meu coração. - Disse a moça olhando para o mais fundo que podia dos olhos mais claros que virá em toda sua vida.

Aquelas palavras fizeram o jovem duque ter certeza do que decidirá no seu próximo passo: se aproximou da jovem moça e olhando no fundo de seus olhos castanhos escuros, ele a beijou. E se envolveram no mais puro sentimento que podiam alcançar.

De modo consciente, o duque decidiu pedi - la em casamento semanas depois do primeiro beijo. Todos que passavam por eles, viam os dois jovens apaixonados e diziam coisas doces, e para o duque o mais exagerado dos elogios era: dois corações mais alegres de toda Inglaterra.

Na semana do casamento a jovem moça estava apreensiva, deixando o duque de cabelos em pé, e, o cozinheiro, jurava que teria visto um cabelo branco na cabeça de Vossa graça, mas por sorte era apenas uma pelo do cavalo branco que ele adorava.

_ Philip como podemos nos casar sabendo que Jorge III morreu semana passada? - Disse a moça revelando o nome do duque para o leitor.

_ Carolina, doçura. Da mesma forma que Jorge III se foi, um substituto está sendo declarado. Não podemos adiar nosso amor apenas por mais uma morte no mundo. - Disse Philip revelando o nome da sua amada para o leitor.

_ Oh Philip, eu lhe amo, mas como consegues ser tão insensível? - Disse Carolina.

_ Eu me descreveria com outras palavras.

Por um instante a empregada entrou na sala trazendo um chá calmante para a futura duquesa da Inglaterra, e logo adiante a conversa entre ambos prosseguia com tamanha fartura.

_ Então me diga: qual das milhares palavras existente na língua humana irá descrever esta tamanha falta de compaixão?- Disse Carolina demostrando interesse.

_ Prudência, cautela ou até mesmo sensato. - Exclamou Philip.

_ Oh por Deus.

_ Aliás meu bem, ano que vem teremos urgência em ir para o Brasil, ficaremos lá por um tempo, ajudando meu irmão bastardo português a lidar com a revolução liberal do porto. Mas, honestamente, não sei se isso vai dar certo. Espero que até 1821 isso esteja acabado, odeio lidar com questões políticas de outros países, principalmente econômicas.

_ Por Deus, eu prefiro morrer ao ter que ir paro o Brasil, dizem que é cheio de selvagens.

_ De fato é, jesuítas sempre cuidam dos selvagens naquele país, mas não fale algo do tipo novamente, se eu perde - la, jamais iria me recompor. - Philip se aproximou de sua amada e acariciou seu rosto._ E por último, selvagens também são humanos, não os julgo sem conhece- los, meu amor. - Disse Philip determinado.

_ Eu sei que você tem amor pelas pessoas querido, mas não mudarei minha opinião sobre esse assunto. E você, não ouse discutir com sua futura duquesa agora. - Disse Carolina rindo.

Philip soltou uma leve risada, o que vez suas covinhas se mostrarem no meio de suas bochechas.

_ Oh meu amor, por favor, sorria mais vezes. Essas covinhas no seu lindo rosto me deixam tão apaixonada.

_ Por Deus amor! isso é um erro genético. Não uma beleza divina.

_É o erro genético mais cativante e lindo.

_Por que cativante? - Perguntou Philip.

_ Pois me cativa toda vez que o vejo. - Respondeu Carolina aproximando -se do seu amado.

_ Pare de falar assim ou não terei piedade em beija - la com tanta intensidade como dá última vez.

_ Oh amor, você me deixa perplexa quando fala assim. Minha vontade de te - lo só aumenta.

Philip agarrou sua futura mulher com tanta vontade que parou de raciocinar por um tempo.

_ Querido pare, pare.- Disse Carolina rindo e lutando contra a vontade de continuar.

Philip se afastou lutando contra a mesma vontade.

_ Precisamos nos controlar até o casamento, ainda bem que falta apenas 3 dias e poderemos prosseguir com nossos desejos. - Disse Carolina.

_ Sim, graças a Deus. E você querendo adiar, não aguentaria mais uma semana. - Disse Philip coçando seu cabelos castanhos e ondulados.

E assim se passou os 3 dias que para ambos os jovens apaixonados parecia uma eternidade. O momento do casamento ocorria , e Philip estava elegante. Enquanto Carolina se mostrava tão bela quanto seu homem.

_ Que casal mais lindo. - Disse a mãe de Philip ao lado de sua filha mais velha.

_ Com toda certeza é. - Disse a doce filha.

A irmã mais velha de Philip aproximou- se mais de sua mãe, certificando que só ela poderá ouvir suas palavras:

_ Fico feliz que Philip tenha casado com uma mulher. Aqueles boatos dele gostar de garotos quando era adolescente me deixava arrepiada mamãe. Nunca vou esquecer dele aos beijos com aquele...negro escravo.

_ Xiuu Isabel ! Quer que toda Inglaterra saiba desse momento vergonhoso? Aquilo foi apenas uma fase. Ele era jovem e curioso. Agora virou um homem de verdade. Fico grata por ele não ser um sodomita.

Philip se mostrava tão feliz ao lado de Carolina, o medo de ama - la não existia mais no jovem duque.

_ Eu os declaro, marido e mulher. - Disse o padre. _ Pode beijar a noiva.

O jovem duque não excitou, deu um belo beijo digno de um conto romântico na sua noiva que agora poderá chama- la de 'minha duquesa.'

Tão branco quanto a neve. (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora