Amores perdidos e salvos ♡ Capítulo 39

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Todos sabiam que aos poucos a vida iria voltando para o lugar, mas até lá muitas lagrimas estavam rolando e corações estavam devastados. Assim que passamos no hospital passamos em meu apartamento e peguei minha mala, Jung Soo pediu para seus empregados arrumarem uma mala para deixar no apartamento do meu namorado e fomos para lá. Ainda era cedo, a cidade estava começando a aproveitar do final de semana e nossa cabeça estava a mil por segundo.

Eu não me arrependia da minha decisão de pedir demissão, era a coisa mais sensata a se fazer e Jung Soo com seu bom coração afirmou que jamais de deixaria sem um visto de trabalho, afinal era isso que estava me mantendo na Coreia desde o emprego no restaurante de frango. Ao chegarmos ao apartamento, meu amigo ainda estava em um silencio profundo, visivelmente abatido. Eu e Taehyung não sabíamos muito que falar, mas passaríamos a noite aqui com ele e tentaria o convencer a ir para o interior comigo.

Deixei minha mala na sala, ao lado da mala do meu amigo e percebi alguns sapatos na porta, mas não falei nada e nós três sentamos no imenso sofá. Olhando em volta percebia que a casa estava um pouco mais habitável, ao invés de irmos ao shopping comprar, enchemos o carrinho de um site e chegou tudo aqui, no dia seguinte viemos arrumar. Em uma noite abrimos o aplicativo e como se tivéssemos por os corredores da loja, passávamos horas decidindo qual lustre ficaria melhor na sala. Deixamos o apartamento com mais cor, o sofá estava com almofadas elegantes, compramos algumas poltronas, decorações, e fizemos um mini parque de diversões para o cachorro do meu namorado que apesar de muito amado, vivia mais com meus sogros.

-Não preciso apresentar nada a Laura, pois ela sempre está aqui, mas você pode ficar a vontade, não seja tímido. Tem algumas pessoas arrumando a piscina que fica na parte de cima, mas logo estarão de saída.

-Tudo bem e gostei da decoração, é bem simples e elegante. –Jung Soo apontou para o móvel onde a televisão estava e sorriu.

Sorri concordando e sentada ao seu lado, apertei seus ombros.

-Gravou a senha da porta Jung Soo? Sei que tem dinheiro de sobra para ficar em um hotel, mas pode ficar aqui o tempo que quiser. Como você sabe eu moro no dormitório, esse aparamento fica sempre vazio. –Taehyung sussurrou e meu amigo sorriu.

Eles se conheciam a um bom tempo, Jung soo trabalhou com a Bighit por um tempo mas nunca foram íntimos a ponto de saber nada além dos nomes. Justo por isso meu namorado tinha ciúmes, e os membros nunca souberam do relacionamento do medico com alguém da empresa. Ainda não tínhamos tocado no assunto, mas estava claro que ainda doía muito no medico.

-Obrigado, é muito gentil da sua parte. Já estava passando da hora de deixar de morar com meu pai, nunca quis deixa-lo sozinho. Ainda não posso crer que ele fez isso, nunca me escondi para ele. Meu pai sabe que sou gay desde o começo da minha adolescência e fora os encontros às cegas ele nunca fez nada parecido com isso, estou assustado. –Ele suspirou e deixou uma lagrima cair. –Não sei se conseguirei me explicar para a empresa.

Taehyung abraçou os ombros do homem cabisbaixo e tocou sua cabeça.

-Amigo, estaremos ao seu lado e se não conseguir falar,  podemos fazer isso, tentaremos que o hospital não saia prejudicado. –Falei e ele negou.

-Sabe Laura, preciso me desculpar com a empresa sim e aceitar se eles quiserem nos processar. –Jung soo respirou fundo e alinhou as costas. -Vou contar um fato que poucas pessoas sabem, lá no início quando os meninos começaram, eu entrei como clinico na empresa. Passei poucos anos, mas foi o suficiente para encontrar o amor da minha vida. –Ele sorriu e bufou. –Eu e o gerente Song nos apaixonamos perdidamente, vivemos coisas lindas e sentíamos medo da empresa, afinal sabemos que a Coreia sempre e teve uma parcela alta de preconceito, isso poderia mexer com a imagem dos meninos. Mas resolvemos contar a empresa, que para nossa surpresa não foi contra, apenas pediram para que isso não atrapalhasse nosso rendimento como funcionários. –Ele falou e murchou os ombros.

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