Permissão para amar ♡ Capítulo 42

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Enfim estávamos de volta à realidade após dias de paz e tranquilidade, já estávamos sabendo bem com era a vida depois da bomba. Após os meninos chegarem à fazenda, ficamos todos felizes por Suga e Bo-mi finalmente terem se acertado a ponto de um novo namoro começar, eles se gostavam muito e os pais da minha amiga adoraram ter um genro talentoso e gentil daquela forma. Ficamos mais um dia e foi tudo muito legal, aproveitamos tudo longe de pessoas que poderiam reconhecê-los. Pescamos, plantamos acelgas, comemos muitas coisas que só os mais velhos sabiam fazer, ouvimos historias antigas como a famosa lenda do fio vermelho e claro, nos preparamos mentalmente para o que nos esperava quando voltássemos para Seul.

Bom, havíamos voltado para cidade grande há alguns dias e a internet ainda estava uma loucura completa, tentava não ver os comentários maldosos e cheios de ódio, mas tudo aquilo era de fato bem difícil para mim, diferente da minha amiga que não se preocupava com isso. A empresa também chamou Bo-mi para conversar e pelo o que ela falou, conversaram sobre o mesmo que me falaram, afinal éramos duas pessoas anônimas namorando astros do kpop.

A estratégia dos meninos estava sendo lançamentos, um atrás do outro para dessa forma desviar a atenção das fãs enlouquecidas, isso estava dando certo com a maioria das pessoas, mas outra parte seguia inconsolável. Eles faziam lives semanais, se apresentavam, davam entrevistas falando sobre, faziam brincadeiras e a empresa percebia que as fãs estrangeiras reagiam melhor do que as coreanas. Jantamos juntos na noite do aniversario do Namjoon após o mesmo fazer uma live, no jantar estava os sete membros, eu, Bo-mi, o gerente Song e Jung soo e sobre eles dois, mal se falavam e eram discretos o suficiente para agirem com se nunca tivesse existido nada entre eles. Dávamo-nos muito bem e era uma festa quando nos juntávamos, as risadas eram certas e a felicidade também. Eu levei um bolo feito por mim que todos adoravam, festejamos aquela noite e dei de presente ao Namjoon uma arvore bonsai mediana que muda de cor de acordo com a temperatura, o mesmo amou e me senti bem com o feito.

Minha vida estava seguindo normalmente ainda sem emprego, após pedi as contas do hospital fiquei a espera deles me chamarem para assinar papeis, e meus pais nem sonhavam com isso. Meu namorado mesmo mais ocupado do que o normal estava tentando da atenção para mim, mas eu sabia que era corrido, então estava usando meus dias livres para sair mais e ver o mundo. Andando por ai, em metrô ou no ponto de ônibus acabava ouvindo muita coisa que me irritava, ouvia muitas coisas mesmo, a maioria das pessoas coreanas não tinham filtro e não se importavam em criticar abertamente, juro que estava tentando não me importar, pelo menos conseguia transparecer calma para meus amigos, namorado e pais como se nada estivesse me atingindo.

O final do ano estava chegando, o tempo estava passando muito rápido e o natal se aproximava, eu estava sempre falando com minha sogra que me tratava como uma filha, ela nos aguardava para um natal em família e isso me deixava bem animada. Ela sempre me dava muitos conselhos sobre como me acostumar com as pessoas falando sobre mim, mesmo sem me conhecer, ela passava por isso e já estava acostumada. Ainda estava aprendendo sobre está de fato em um mundo como esse e como dizem os idols que conheço, às vezes precisamos ser frios para que as coisas não doam tanto.

Na internet havia muitas coisas, eu lia coisas fofas e confortantes que me deixavam bem. Pessoas queriam me conhecer, saber meus gostos, faziam montagens como se eu fosse uma coreana, muitas pessoas diziam saber que eu era uma boa pessoa e estava cuidando do Tae, as mensagens de carinho me deixavam feliz por dias. Assim como as coisas boas, as ruins também chegavam ao meu coração, eu lia muito ódio que me deixava péssima, havia pessoas que desejavam nosso termino, diziam que não importava quem eu fosse, nunca seria boa o bastante para ele. Eu lia que nosso relacionamento acabaria com ele aos poucos e que quando terminássemos ele ficaria mal como antes e a culpa seria minha. Não era fácil, não era como se pudesse ignorar tudo, mas estava dando o meu melhor.

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