Coletiva de impressa ♡ Capítulo 40

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O interior da Coreia do sul é bem diferente do interior do Brasil, mas ainda sim é um interior e assim que cheguei com Jung soo percebi que viveria em um lugar assim por muito tempo, se brincar a vida toda. Como a ilha jeju aqui também e um local com praia, uma cidade menor e com casas pequenas, os pais da Bo-mi moram em uma parte mais afastada da cidade, é uma fazenda simples e com uma casa muito boa.

Como minha amiga já havia nos contado vivem aqui apenas sua mãe e seu pai que são senhores na casa dos cinquenta anos, eles vivem da agricultura e sua mãe em uma loja de conveniência bem sortida e organizada, a única da cidade. No sábado de manhã quando cheguei com meu amigo, fomos recebidos muito bem, eu me acomodei no quarto da minha amiga e no antigo quarto da avó dela ficou Jung soo. Como todos os coreanos eles nos encheram de comidas, se mostraram felizes por as amizades da filha, os contei muito sobre meu país natal e contamos como nós três ficamos amigos. Pude conhecer mais sobre a Bo-nah a irmã falecida da minha amiga, vimos fotos e seus pais pareciam ter superado um pouco mais que a filha mais nova, ela era uma menina lindíssima como a Bo-mi e sonhava em ser uma bailarina.

O senhor e a senhora Seo já sabiam de tudo, nós três os contamos como tudo aconteceu e por um momento seu pai ficou feliz por sua filha ter aberto um coração mesmo que por um idol mundialmente famoso, ao contrário do que pensei não era não estranho pessoas anônimas com pessoas famosas, Jung soo nos contou de muitos idols por ai que namoram pessoas comuns e sempre fica tudo bem.

No sábado à noite saímos para conversarmos sobre tudo, bebemos vinho de arroz e aliviamos nossos corações pesados, Bo-mi estava um pouco melhor porem ainda afirmava não querer voltar para Seul mesmo que a sua formatura se aproximasse, seu coração estava doendo e ela não negava, mesmo com os conselhos da sua mãe para enfrentar isso com garra, ela negava.

Mais um dia amanheceu e acordamos bem cedo como era o costume dos donos da casa, hoje finalmente era o dia da coletiva e meu coração estava em taquicardia, meu namorado havia deixado uma mensagem fofa e avisou que já estava se preparando para tudo, mesmo ainda sendo bem cedo. Ao me dizia que ele não havia dormido nada. –Joguei milho para as galinhas e meu amigo fez o mesmo.

Estávamos tendo experiências bem novas, fazia muitos anos que eu não passava o tempo em uma fazenda.

-As galinhas gostam de mim, só comem meus milhos. –Jung soo sorriu e eu neguei com graça. –Nunca dormi em uma fazenda antes, nunca dei milho para as galinhas, nem levei cabras para o pasto, é legal.

Jung soo era sincero e simples mesmo sendo de uma família rica, ele nunca nos negou isso, afinal nem tinha como. Ele sempre nos contava que nunca morou fora de grandes lugares como Seul, Los Angeles e Londres, então para ele ficar alguns dias em uma fazenda era novidade, mas o mesmo parecia gostar.

-É bom sair da bolha, sinto muito por tudo que aconteceu. Não deu para deixar passar, está melhor? –Falei e suspirei.

Jogamos o resto do milho no chão e sentamos em um banco de madeira ao lado das galinhas, encaramos Bo-mi colhendo alface e seu arrumando seu chapéu.

-Para com isso Laura, eu quem devo desculpas por não perceber nada antes. Foi bom o que aconteceu naquela tarde, meu pai precisava entender de uma vez por todas e se tocar que não pode mexer na vida das pessoas como se elas fossem marionetes, ter mais condições do que os outros não o dá esse poder. –Jung soo me encarou e passei a mão em sua testa suja.

Mais condições era uma maneira fofa de falar que o pai é um medico chaebol dos hospitais e clinicas por todo o país, eu quem pensava que tudo se resumia ao hospital de traumas, que nada. Mas era impossível negar que a administração, os projetos e suas visões para a melhoria em saúde eram ótimos.

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