Em um mundo onde um amor não correspondido pode causar uma doença chamada Hanahaki, Midoriya tem a infelicidade de contrair ela.
[HANAHAKIDISEASE] [+18] [TODODEKU]
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QUARTA PÉTALA
— Faça a merda da cirurgia! — Bagukou foi quem quebrou o silencio com seu berro nada delicado.
Izuku arregala os olhos.
— Não! Você está maluco? Sabe o quanto essa cirurgia é arriscada! Ele pode morrer! — Todoroki grita, fazendo os olhos de Midoriya se arregalarem mais.
Todoroki nunca gritava, nunca ao menos levantara a voz em sua frente.
— Ele vai morrer se não fizer! — Rebate Katsuki.
— Ok, vamos todos nos acalmar. — Iida levanta as mãos tentando tranquilizar os dois, o que na verdade foi um movimento inútil pois o ar entre os dois pareceu pesar mais.
— Ou ou. Pera aí. A decisão não é de vocês. — Uraraka se mete, o semblante incomodado.
— Não importa. Não é questão de decidir ou não. Ele precisa dessa cirurgia.
— Desde quando você é formado em medicina? — Todoroki encara Bakugou com cinismo
— E você ein? Desde quando sabe o que é melhor pro Deku?
Havia algo de estranho entre os dois, como se aquela discussão não fosse a primeira que tiveram. Aquilo só agregou para deixar Midoriya cada vez mais sem saber o que fazer.
Ele estava cansado. Confuso. Com medo. Só queria o conforto de sua cama e o chá que apenas sua mãe sabia fazer.
— Chega. — Diz, sem vontade de gritar ou levantar a voz. Por sorte todos parecem escutar pois há um silencio repentino. — Sobre minha doença. É apenas de interesse meu. Me desculpe, mas é minha vida, não é a de vocês. Então não se metam.
Curto e grosso. Estava de saco cheio.
Sem esperar por reações ele corre para fora do banheiro.
O pior dia da sua vida acaba com sua mãe ao seu lado fazendo um cafuné no seu cabelo bagunçado.
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Ele não volta para escola. Uraraka começa a visitá-lo todos os dias depois dos horários de aula.
Não voltar para a escola é mais difícil que pode imaginar. Ele ainda acordava no horário, mesmo sem o despertador. Sentia falta dos professores, dos colegas e das matérias. Sim, era um daqueles adolescentes que adorava tarefas de casa.
Sua rotina se modificou completamente. Logo cedo, após tomar um bom café da manhã ele lia um livro, depois ajudava sua mãe com alguma tarefa doméstica, esquentava o almoço, esperava por Uraraka para passar o resto do dia fofocando ou assistindo filmes e séries. A noite, quando sua mãe chegava ela o levava para uma consulta no médico para verificar as flores, por fim jantavam juntos no sofá assistindo um programa de TV de noivas malucas que destruiam os próprios bolos ou jogavam os sapatos nas cunhadas.
