N/A: Olá olá pessoinhas, avisos rápidos:
- Essa fanfic se passa no universo canon, porém eu tirei as informações sobre o passado do Poe baseado na vida real do autor;
- Isso se passaria entre a queda da guilda e a ascensão de Dostoievski, mas é bem irrelevante isso;
- Essa fanfic vai ser divida em três partes, pois ficou mais longo do que eu esperava;
- Os personagens de Bungo obviamente não me pertencem e isso é apenas uma fanfic bobinha;
- Por último, peço que leiam as notas finais que eu vou explicar um pouco melhor sobre de onde surgiu esse plot.Boa leitura!
Deveria ser apenas mais uma quinta-feira como qualquer outra. Arrastada, porém tranquila e ansiosa para a chegada do final de semana, onde todos aqueles com trabalhos comuns teriam um descanso. É claro que isso não se aplicava à Poe, pois ele era um escritor e escritores não tem tempo livre, a inspiração tende a surgir nas horas menos propícias e toda a programação de uma rotina saudável desmorona. Logo uma quinta-feira como qualquer outra significa que já passava do horário do almoço quando o escritor saiu das cobertas contra sua vontade.
Ele havia passado boa parte da noite e manhã escrevendo, havia ido deitar por volta das oito da manhã e agora poucas horas de sono depois ele estava colocando os pés quentes no chão frio de novembro. Seria terrível se ele não soubesse o que esperava do outro lado da porta à qual a campainha não parou de tocar ainda, e já fazia uns dois bons minutos. Poe calçou os chinelos na saída do quarto e abriu a porta com o cabelo bagunçado e um estado deplorável típico de um escritor.
Ranpo estava bufando e a voz dele soou muito alta para alguém que havia acabado de despertar:
— Você demorou muito Poe-kun — E antes que o mais alto tivesse a chance de dizer algo Ranpo já havia marchado para dentro da casa — Você não deveria ficar escrevendo até tão tarde.
— Hm, não fiquei até tão tarde.
Ranpo sorriu e mostrou seus olhos esmeralda, aquela expressão de que sabia mais do que qualquer outra pessoa nesse mundo, talvez ele realmente soubesse:
— Realmente, na verdade era cedo, oito e meia da manhã.
Poe não respondeu, sentindo seu rosto esquentar. E um pouco mais quando lembrou-se do estado em que se encontrava.
— Eu vou tomar um banho, fique à vontade Ranpo-kun.
— Peça algo para comermos enquanto isso, você sequer fez o almoço.
Poe concordou, parando entre separar uma muda de roupa descente e encomendar alguma porcaria gordurosa e um acompanhamento excessivamente doce para Ranpo. Bom, no fim ambos seriam para Ranpo, já que o mais velho pouco se alimentava dessas comidas prontas. Edgar finalizou o pedido e se entregou ao chuveiro para um banho rápido.
Aquilo estava virando algum tipo de rotina estranha, onde Ranpo matava suas horas de trabalho indo até o apartamento de Poe, na maioria das vezes subordinando o pobre Atsushi a lhe deixar na entrada do prédio. Era peculiar e confortável, mas havia uma névoa de incerteza sobre isso. Principalmente quando se tratava de nomear o relacionamento deles, Poe diria que eram rivais, Ranpo diria que eram amigos. No entanto, verdade seja dita, Edgar não gostava de nenhuma das duas opções, ele queria algo mais, ele queria tocar Ranpo, estar com ele em todos os momentos possível e ser melhor por ele.
Edgar Allan Poe estava irreversivelmente apaixonado por Edogawa Ranpo. E ele não poderia estar em uma situação pior. Afinal de contas seria questão de tempo até o detetive dar-se conta disso, se é que já não o fazia.
De banho tomado e roupas decentes, Edgar encontrou Ranpo deitado no sofá, ou melhor, estirado no sofá com Karl em seu peito enquanto o detetive jogava algo em seu videogame portátil. Era uma cena adorável e Edgar sentiu seu coração falhar uma batida por ver as "pessoas" mais importantes para si interagindo tão naturalmente. Era quase como se Ranpo fosse tanto de casa quanto Karl.
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36 Perguntas Para se Apaixonar - Ranpoe
FanfictionEm que Ranpo propõe um jogo de perguntas, mas o que Edgar não sabia é que se tratava de uma pesquisa com o objetivo de aproximar duas pessoas e desenvolver uma paixão. Porém, será que é realmente possível se apaixonar apenas com 36 perguntas? Ou el...