Part 14

3.2K 211 46
                                    

M.

- Oh meu Deus, que merda eu fiz. -fazia sei lá quantos minutos que andava pelo quarto repetindo isso, sem coragem de responder as inúmeras mensagens de Carina, e de minha mãe, além das do grupo.

Eu tinha cometido uma grande merda, estava tão excitada e amando os joguinhos que estava acontecendo até então com minha adorável, e gostosa esposa, que acabei enviando uma foto muito intima para o grupo da família. Com toda a certeza do mundo Carina queria me matar, com razão. A foto tinha sido excluída, para o meu azar ou desespero só as três mesmo que tinham visto antes de eu exclui-la.

"Maya, minha filha vocês tem que tomarem mais cuidado com essas fotos."- mamãe.

"Imagina quão estranho é pra sua mãe abrir o app de mensagens, e ver uma foto dessas da sua nora?" -mamãe.

"Agradeça a Deus que seu sogro
esta sem celular, senão você seria uma mulher castrada"- mamãe.

Aperto fortemente os meus olhos me sentindo constrangida. Eu e minha mãe sempre fomos muito íntimas, falávamos sobre tudo, mas agora ela ver minha esposa naquela situação era embaraçoso.

"Não vamos falar sobre isso, por favor, mamãe."- lhe enviei decidindo ignorar o grupo, não estava preparada para aparecer por lá ainda.

Alguns minutos depois acabei aceitando a ligação da morenaa, na qual não durou muito pois tinha que voltar pro trabalho. Mas bastou segundos para tomar vários esporros, mas acabei rindo ao fim pela situação. Se antes estava excitada, acabei broxando facilmente. O jeito era rir pra não chorar.

Conseguir dormir foi a última coisa que consegui fazer após o episódio, tirei uma soneca e outra, até que deu o meu horário de me levantar pro trabalho. Às sete e dez acordei Nina, que com muita manha saiu da cama indo para o seu banho, a ajudei e vesti seu uniforme escolar, logo colando um gorro fofinho bem quente e luvas, já que o dia tinha amanhecido fria.

- Podemos levar a Flora, e o Bob? -perguntou a bebê enquanto carrega sua mochila, que era um pouco maior que ela.

- Não meu amor, vai dar tchau pra eles, já estamos indo. -coloquei a louça do café dentro da pia, e fechei as janelas. Marina prontamente correu para o quintal, era incrível como ela amava esses dois. Eu também os amava, eram da família.

-Mamãezinha, o Bob esta tist. -Marina voltou com a cachorrinha atrás de si.

-O Bob? -franzi o cenho pronta para sairmos. -Patos não ficam tristes, filha.

- Bob fica, ele é bebê. -a mesma deu de ombros. -ele ta com sadade da mamãe Ca.

Olhei para minha filha, já estavamos fora de casa, tudo trancada e seguro. Ajudei Marina a entrar no carro prendendo a mesma no banquinho de segurança. Eu sabia que na verdade era a sementinha que estava com saudades da outra mãe. Para uma criança nunca era fácil ficar longe, mesmo que fosse uma rotina -não tão rotineira-,  mas acontecia de duas à três vezes ao mês.

-Ei, a mamãe Ca jajá volta pra casa. Posso te contar um segredo? -pincelo meu indicador em seu pequeno nariz que se enruga com o toque. -Também sinto saudades dela.

Poucos minutos depois finalmente estou deixando Marina na escolinha, a deixo em sua sala, onde nos despedimos cheios de abraços e beijos.

[…] - Segura o elevador por favor. - assim fiz, coloquei as mãos na porta metálica impedindo da porta se fechar. -Obrigada!

- Também foi chamada pelo chefe? -perguntei a jovem morena que carrega consigo seu ipad.

-Sim, sabe do que se trata? -a mesma perguntou se olhando no espelho do espaço, Anne, sorriu me fitando. A morena estava com um corte diferente desde a última semana que a vi, seu cabelo que era longo, estava nas alturas do ombros estilo chanel com leves ondulação nas pontas, deixando seu rosto mais delicado. Sua pele que era bronzeada naturalmente, combinava perfeitamente com o conjunto social clarinho.

Little Seed | MarinaOnde histórias criam vida. Descubra agora