Part 27

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M.

Já tinha umas duas semanas que eu havia pedido desculpas a Carina, duas semanas que eu vinha lhe mandando mimos e tentando puxar assuntos aleatórios por mensagem, já que ligação ela não atendia, apenas quando nossa filha estava sobre os meus cuidados. Vic, e Gal que tinha voltado pra Hollywood estavam me dando apoio e me ajudando nessa porém nada derrubava as barreiras que a morena construiu, nem mesmo os bolos de aipim da cafeteria brasileira que ela tinha amado. Mas eu não vou desistir como desisti meses atrás.

Faltava pouco para minhas férias chegarem, e usaria disso para propor algo a italiana Em falar em trabalho, a senhora Parker foi transferida de setor, por mais que ela tivesse agido mal com os seus planos --que a mesma acabou confessando depois de muito choro-- não fazia parte de mim me vingar assim, ainda mais quando eu tive uma parcela de culpa nisso. Com a terapia semanal percebi isso, sim terapia, segundo minha mãe me faria bem voltar a me consultar com um profissional da área.

Nos últimos dias tinha sido complicado, depois de ter conseguido o transplante Bryan tinha voltado pra sua cidade, mas com uma piora voltou pro hospital onde carina trabalha. Por uma obra horrível do destino tive que ir até lá para falar com a italiana que estava em um plantão de 52 horas e acabei o vendo chegar na maca pálido com a esposa chorando, e as crianças que estavam bem maiores desde a última vez com semblantes triste. A aquela cena me atingiu carregando uma culpa enorme nas costas, me culpando por não ter dado de ao menos a eles terem um pai presente.

Depois de uma conversa normal com Carina, que a tempos não tinhamos, a morena me explicou a situação de homem, que ele estava assim não pelo transplante feito, e sim por um novo nódulo canceriano ter surgido em seu corpo, mas dessa vez não tinha método médico que pudesse salva-lo. Eu não deveria me sentir triste por isso, mas fiquei, o que me deixou com muita raiva de mim mesma. Então as terapias estava me ajudando a lidar em todos os aspectos de minha vida.

Hoje estávamos na correria para os preparativos do aniversário de Marina, a nossa bebê esta completando quatro aninhos. Tinhamos alugado um pequeno salão que seria para poucos convidados e nossas famílias que vieram de Miami assim como Andrew e namorada.

O salão estava quase cheio quando cheguei com Nina, enquanto Carina tinha corrido em casa para ver Bob que segundo a vizinha tinha ficado preso no portão com a tentativa de fugir. Pra mim aquele pato tava carente, já que não me deixa chegar perto para lhe dar carinho.

-Mamãezinha, ta muito lindinho. -disse a bebê empolgada vendo a decoração.

-Que bom que gostou meu amor. -beijei sua bochecha e a coloquei no chão ajeitando sua tiara de ursinho. -vamos lá falar oi pro pessoal.

-ta bom. A mamãezinha Ca vai demola.?- perguntou enquanto andávamos em direção a minha mãe, e meus sogros que dividiam uma mesa.

-não sementinha, ela te disse o que?

-Que ia no pé e- e o que memo mamãe? -franziu o cenho confusa me fazendo sorrir apaixonada.

A Sementinha era o meu tudo, meu alicerces para me manter e pé e me tornar uma pessoa melhor. Com certeza ela era o pedaço mais perfeito de mim e de Carina, uma amostra do nosso amor. Um amor puro e bonito, que nunca tinha tido antes em todo minha vida.

"-Olha o que eu trouxe para você, Carina. -disse maya abrindo a porta do quarto da amiga, esse que era todo cor de rosa, com uma imensa estante com bonecas e ursos de variados tamanho.

Little Seed | MarinaOnde histórias criam vida. Descubra agora