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- Entre, Destiny. Está parada na porta, por quê? - Meu pai falou me empurrando de leve.  - Oi, você chegaram? Eu estava no banho. - Maria nos cumprimentou e sorriu. - Jacob, esse é Vincent, meu filho. - Logo Maria se ligou que não havia me apresentado à Hacker, para não levantar suspeitas, mas eu fiz um sinal dizendo que estava tudo bem.  - E aí. - Meu pai disse e os dois cumprimentaram-se com as mãos. - Você é o famoso Hacker. - Eu tinha todos os motivos do mundo para querer ir embora dali. - E essa deve ser a pequena Angel. - Ele disse abaixando-se até ela e fazendo algumas brincadeiras. Já eu, fui até Angel e a peguei no colo ligeiramente, eu senti saudades daquela pequena.  - Oi, linda. - Falei e ela começou a dizer umas coisas esquisitas. - Cara, eu babo em você. - Falei e Maria riu, Vinnie nem se movia, continuava naquele sofá sem expressão alguma, eu podia ver alguns efeitos das drogas nele, sua pele estava mais branca que o normal e suas olheiras eram profundas. Meu coração doeu. Brinquei mais um pouco com Angel e a coloquei no chão, porém ela queria continuar em meu colo, então a peguei novamente. 

- Destiny, você pode vir aqui me ajudar rapidinho? Não sei que sapato colocar... - Maria disse, mas vi que era um pretexto para ela falar comigo, a segui por aquele enorme corredor e fomos parar em seu enorme quarto. - Espero que não tenha nenhum problema...  - Hacker? Não claro que não, é passado. - Tentei dar meu melhor sorriso.  - Ah, que ótimo. - Ela sorriu. - Vou colocar esses chinelos mesmo, estou nem aí. - Ela disse.  - Chinelos são maravilhosos. - Falei e nós rimos, logo voltando para a sala de jantar.  Sentei-me no outro sofá que havia ali, garanto que se eu sentasse ao lado de Hacker ele explodiria.  - Mary, eu tenho um presente para você... - Meu pai disse.

- Pena que eu deixei dentro do meu carro. Droga. Vou ter que ir lá pegar. Vamos juntos? - Meu pai sugeriu e Maria assentiu meio tensa por ter que deixar eu ali com Hacker, mas eu sorri a tranquilizando e logo os dois saíram.  Vinnie parecia estar em outro mundo ali sentado naquela sofá, ele não estava nem ligando para a minha presença, ele não tinha expressão alguma e aquilo já estava me assustando. Angel estava sentada no chão brincando com alguns brinquedinhos seus de borracha que faziam um barulho estranho.  - Vinnie ...

- Minha voz saiu quase um sopro, ele virou-se para mim lentamente, quase um robô. - Por que você faz isso consigo mesmo? - Me referi as drogas. Ele não respondeu, permaneceu quieto. Levantei-me. - Hein, Hacker. Me diz. Por que você faz isso consigo mesmo? - Dessa vez eu quase gritei. - Olha o seu estado, você acha que ninguém percebeu?  - Eu não estou afim de ouvir sermões. - Ele disse agressivamente. - Cala a porra da boca.  - Não, Vinnie. Olha para você. - Falei me avançando em sua direção e o levantando daquele sofá. - Você está horrível. - Horrível ele não estava, para mim continuava lindo. - Olha essas olheiras, você está pálido...Magro. Que porra. - Falei quase chorando ao vê-lo nesse estado. - Para com isso, por favor. Eu imploro .  - Não finja que você se importa. - Ele riu debochado.  - Eu não estou fingindo, você sabe muito bem disso. - Falei. 

- Foda-se, Destiny. Eu não preciso de você tentando me ajudar.  - Mas eu quero ajudar você, seu filho da puta. - Falei. - Eu... Te amo . - O puxei para mim, o abraçando fortemente, pensei que ele iria me empurrar, mas ele foi capaz de corresponder o abraço, ele me apertava tão forte, fazendo eu me sentir tão segura, lágrimas começaram a escorrer, só não sabia se era de felicidade ou tristeza.  Em seguida comecei a sentir seu corpo ficar mole e ele ficar mais pesado, quase me sufocando.  - Vi-Vinnie. - Eu tentava me soltar, assim que consegui, vi Hacker cair com tudo no chão, ele estava desmaiado. Dei um grito de pavor e me abaixei até ele o sacudindo. - Hacker, acorda, por favor, Hacker. - Comecei a chorar  desesperadamente, olhei para Angel que continuava sentada apenas olhando, sem entender nada.   Peguei meu celular e disquei o número da emergência o mais rapidamente, um cara atendeu e eu pedi uma ambulância o mais rápido possível, deu o endereço e desliguei. Hacker ainda respirava, mas tudo me preocupava.  - O que aconteceu aqui? - Maria gritou ao ver Hacker atirado no chão. - Ai meu Deus. - Meu pai olhava com cara de apavorado.  - Ele desmaiou, Mary. - Eu chorava, fazendo meu pai não entender. - Eu já liguei para a emergência. - Falei e ela se ajoelhou até Hacker.  - Pegue água, por favor. - Ela pediu para meu pai que saiu correndo.  - Mary. - Eu soluçava e ela começara a chorar também. - Eu nunca me perdoaria se acontecesse algo com ele. - Falei. - Nunca.  - Você não tem culpa de nada. - Ela tentou me acalmar, mas estava chorando tanto quanto eu. - Seu pai vai estranhar o motivo de você estar chorando tanto. - Ela disse.  -

𝑷𝒐𝒔𝒔𝒆𝒔𝒊𝒗𝒆- 𝑽𝑰𝑵𝑵𝑰𝑬 𝑯𝑨𝑪𝑲𝑬𝑹Onde histórias criam vida. Descubra agora