capitulo 5

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Marilia narrando:

Sexta e mais um dia de trabalho e hoje ficaria até tarde, troquei o turno e peguei depois da faculdade

Maraisa: Tô indo bebê, maiara tá de folga e eu vou encontrar meu marido

Marilia : Aff, sendo trocada de novo

Revirei os olhos de brincadeira e ela ri u

Maraisa: Já te convidei pra ir lá em casa, você que nao vai

Marilia: Desculpa baixinha, você sabe que faculdade e trabalho me complicam um pouco. Mas saiba que eu tô com você e a Mai sempre.

Maraisa: Eu sei você é o nosso bebê, beijo.

Revirei os olhos com o "bebe", elas me chamam assim desde que nos conhecemos, ela diz que eu sempre tive cara de neném.

Balancei a cabeça rindo e fui conferir os trocos, arrumei tudo nos devidos lugares devido ao meu incrível toc com organização. Olhei de novo a rua e a pessoa que eu vi atravessando me fez perder o ar e correr pra cozinha.

Rodrigo: Credo, parece que viu assombração

Marilia : Atende o caixa pra mim, por favor? Eu frito as batatas

Disse respirando rápido e querendo sumir.

Rodrigo: Se escondendo de quem Marilia?

Marilia : Eu? Ninguém. Porque me esconderia? Eu tô naqueles dias e sabe va...

Rodrigo : Sei... Até ficaria mas... Tenho entrega

Marilia:E a Jaque? Cadê ela?

Jaque: Aqui, preciso descansar as mãos, fica na cozinha e eu atendo pra você.

Rodrigo: Só atende e faz o que tem que fazer, cada uma em seus postos.

Respirei aliviada assentindo e fui pro banheiro e fiquei ali sentada cinco minutos, quando sai Jaque já estava na cozinha.

Jaque : Ele quer café, é com você

Agora é a hora que eu respiro frustada?

Marilia : Obrigada Jaque

Fui até a bancada onde ficava os pães e coloquei em cima da bandeija arrumadinho acompanhado do café.

Marilia: Aqui senhor, sua refeição

Disse e me virei, na mesma hora ouvi sua voz, que merda

Henrique: Marilia? Lembra de mim?

Me virei devagar e forcei um sorriso pra disfarçar o nervosismo de ele estar aqui, ninguém da faculdade sabia do meu trabalho, são muito nariz em pé e eu tenho medo de julgamento apesar de ter a mesma condição financeira que eles

Marília: oi professor Henrique, eu me lembro sim

Henrique: você trabalha aqui? É a primeira vez que venho nessa lanchonete e te vejo aqui, eu semana venho depois da faculdade pra comer alguma coisa

Marília: sim, trabalho aqui tem alguns anos, mas sempre de manhã, por isso o senhor nunca me viu, hoje eu troquei de turno

Henrique: senta aqui pra tomar um café?

Suspirei, eu queria, poder conhecer ele melhor, mas não era certo, alguém podia pensar errado

Marília: não posso, estou trabalhando

Ele olhou em volta e viu meu chefe, acabou chamando ele que estava de saída

Rodrigo: pois não senhor? Está tudo bem?

Henrique: tudo ótimo, queria perguntar se libera a Marília alguns minutinhos pra poder tomar um café comigo, será rápido eu prometo

Rodrigo: mas é claro, eu tenho que ir, fique a vontade

Eu sentei na cadeira após meu professor puxar a cadeira pra mim de forma cavalheira

Henrique: então, como foi sua semana?

Marília: corrida e estressante, fazer faculdade e trabalhar ao mesmo tempo não é fácil

Henrique: eu imagino, na minha época eu também fazia isso, me desdobrava em vários pra dar conta

Sorri e bebi um gole de água que eu trouxe, deixei ele me contar tudo sobre sua carreira e eu fiquei encantada com sua vida profissional, ele era um grande fotógrafo

Marília: nossa, você realmente viveu bastante coisa em pouco tempo de carreira

Henrique: poisé, eu gosto de aventuras, acho que tá tarde né

Marília: nossa verdade, eu preciso ir embora

Henrique: eu te levo

Marília: não precisa professor...

Henrique: fora da faculdade é Henrique, vamos

Ele insistiu tanto que eu aceitei, o relógio marcava exatas nove horas de noite, a gente tinha ficado uma hora conversando ali, o que era pra ser um papo rápido virou uma conversa longa e reveladora, lhe contei sobre minha vida resumidamente, ele me deixou em casa e foi pra dele, nos despedimos antes com um abraço

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VOLTEI, o que estão achando da história?? 10 estrelinhas pra eu voltar em

 por trás das lentesOnde histórias criam vida. Descubra agora