Sᴜᴅᴅᴇɴʟʏ I ғᴏᴜɴᴅ ʏᴏᴜ (EM REVISÃO)

Acidente

Olha só quem apareceu amorinhas, hahaha eu mesma 😎 Então, perdoem viu, eu já avisei no cap "Aviso Importante" o motivo do meu sumiço. Ah sim, só mais uma coisa.

⚠️ AVISO DE GATILHO ⚠️

Se você passar dessa linha, tudo o que sentir, é de inteira responsabilidade SUA! Em suma, boa leitura rs 📚
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— Infelizmente o estado dele é delicado, devido à queda ele acabou por entrar em coma. A consciência dele está comprometida e ele não demonstra nenhuma reação a estímulos, nós já tentamos de tudo, mas nada acontece. - A enfermeira chefe começou.

— Mas não é possível, meu irmãozinho. Ele vai morrer? - A mulher questionou visivelmente preocupada.

A enfermeira suspirou com o comentário e novamente foleou as folhas presas na prancheta e olhou para a outra, sendo sincera.

— Yanli eu não vou mentir, o estado dele é complicado e de risco. Talvez ele não morra, mas é possível que fique em coma para sempre ou acorde e fique em estado vegetativo. Podem haver sequelas, não há como saber. – Wen disse firme.

— Eu quero que vocês transfiram ele para o melhor hospital do país e com o melhor médico e realizem o impossível para reverter esse quadro! - Foi a vez de Jin Zixuan se pronunciar, arrogante como sempre.

— Para sua informação, A-Cheng está sendo tratado pelo melhor médico da região. - Rebateu Qin no mesmo tom.
Jin Zuxian sentiu o sangue ferver e ergueu a cabeça, olhando para ela com um sorriso cínico. — Você tem certeza que ele é o melhor mesmo?  Por que se ele não for, você sabe que eu tenho dinheiro suficiente para pagar o melhor. – Rebateu.

Jiang Yanli percebeu o que estava prestes a acontecer e decidiu intervir. Era sempre assim, desde o fundamental, aqueles dois eram como cães e gatos, tanto que ela chegou a pensar que eles acabariam juntos e no fim, foi ela quem casou com Jin Zixuan e deu à luz a Jin Ling.

— Pessoal vamos nos acalmar, não precisam demonstrar quem é o melhor em quê. Meu irmão precisa de cuidados e repouso, mas vocês estão aqui discutindo sobre quem tem dinheiro e quem é o médico mais apropriado. Vocês são adultos, Comportem-se como tal. - Disse Yanli irritada com a situação. Ela fuzilou o marido com o olhar o repreendendo e ele entendeu, por que imediatamente recuou um passo. Já Qin continuou olhando os resultados do exame, como se nada tivesse acontecido.

Depois da pequena discussão, o casal deixou Jiang Cheng aos cuidados da amiga e voltaram para casa. O moreno estava sendo muito bem cuidado, nenhuma enfermeira a não ser Wen Qin podia vê-lo, visto serem amigos e claro, ele requeria um cuidado especial.

A enfermeira injetou mais um pouco de soro na veia do moreno e deu-lhe um beijo na testa antes de sair do quarto.

…

Wei Wuxian estava debruçado sobre sua mesinha de trabalho no escritório, bufando em descontentamento, aquela pilha de papéis espalhadas por todo o cômodo. Um novo papel para atuar num drama surgiu e ele estava com os nervos à flor da pele tentando decorar falas, ligando para assessores, marcando e desmarcando encontros.
De repente o aparelho celular vibrou insistentemente sobre a mesa, o que capturou sua atenção. O nome de Madame Yu brilhou na tela e ele quase derrubou o celular nervoso ao atender, ela nunca ligava.

— Alô. – Disse firme.

— Wei Wuxian, você já chegou ao hospital? – A voz potente e graciosa atravessou seus ouvidos o fazendo arrepiar.

— Ao hospital? Mas eu não estou doente. – Disse inocentemente. Ele sentiu a mulher bufar em descontentamento.

— Pelo visto você ainda não está sabendo. – Pausou. — É A-Cheng, ele sofreu um acidente enquanto estava ensaiando e foi internado às pressas. Yanli me ligou, ela acabou de chegar no hospital e me disse que ele está em coma e a situação é séria. Estou saindo de casa agora, me encontre lá.

O rapaz sentiu um bolo se formar em sua garganta e lágrimas se acumularem em seus olhos, ele engoliu com dificuldade e murmurou um Ok antes de pegar as chaves do seu carro e sair do escritório apressadamente, lembrando-se apenas de pedir a secretária que cancelasse todos os seus compromissos dos próximos 2 dias.

O hospital que Jiang Cheng estava internado não era muito longe do escritório de Wuxian, porém naquele dia em especial ele parecia ser do outro lado da cidade. O trânsito também não ajudava e para piorar, uma chuva forte se iniciou.

— Tsc. Mas que droga! – Praguejou. Quando o caminho se abriu, Wuxian acelerou o veículo e não se demorou no estacionamento. Entrou no elevador e apertou o botão para o 5°andar, visto que Madame Yu já lhe havia mandado todas as coordenadas no caminho.

Quando a porta da cabine de ferro se abriu, Wei saiu correndo corredor à dentro em busca do quarto do irmão. Na pressa ele acabou por esbarrar em alguém e foi inevitável não dar alguns passos para trás. Ele estava pronto para xingar a pessoa, quando levantou os olhos e avistou sua Shijie e o pavão. Aquele a quem ele tinha por cunhado.
— Shijie! – Correu até a mulher, abraçando-a.

— A-Xian! – Ela o recebeu num abraço amoroso e cheio de carinho.

— Madame Yu me contou o que aconteceu, vim no instante seguinte. Que tipo de acidente ocorreu para deixarmos nosso Pikachu em coma? – Perguntou visivelmente preocupado.
Jin Zixuan revirou os olhos e riu com escárnio balançando os ombros, antes de direcionar o olhar para o mais novo.

— Idiota. – Disse.

— Como é que é, pavão? – Rebateu.
O rosto de Zixuan ficou vermelho de raiva e ele deu passos duros até o mais novo e Wei Wuxian não se deixou intimidar, também se aproximando. Se não fosse por Madame Yu chegar lhes dando cascudos, ambos teriam saído no soco. Jiang FengMian apenas observava ao longe, ele nunca se envolvia.

— Isso aqui é um hospital, que porra vocês têm na cabeça? – Esbravejou como uma leoa protegendo seus filhotes, o olhar em chamas.
Os homens ficaram calados, e abaixaram as cabeças em respeito. Secretamente Yanli riam da situação. Ela se aproximou da mãe e lhe envolveu pela cintura, beijando-lhe a bochecha em comprimento.

— Mamãe, há quanto tempo. – A voz doce soprou próxima a mulher. Madame Yu lhe lançou um olhar complacente e sorriu minimamente.

— Sim filha, um bom tempo. – O Jiang também se aproximou e abraçou a filha, beijando-lhe a cabeça, sorrindo.
Depois do breve encontro, Yanli e Zixuan explicaram aos recém-chegados tudo o que aconteceu com Jiang Cheng, desde o acidente até sua trajetória ao hospital e seu estado atual. Todos prestaram bastante atenção, até que finalmente alguém se pronunciou.

— Certo, entendi. Mas algo não está encaixando, quem o trouxe até aqui? – Wei indagou, chamando a atenção de todos para o assunto em questão.

— A-Qin disse que foi Lan Huan. – Afirmou a mulher mais nova.
Antes que pudessem comentar mais sobre o assunto, Wen Qin surgiu no corredor e ficou no campo de visão dos presentes. Ela se aproximou e repassou novamente o diagnóstico de Cheng, alarmando a todos.

…

Após toda comoção, um grito estarrecedor cortou o corredor do hospital e foi o suficiente para o silencio se fazer presente e todos direcionarem o olhar para o dono da voz. Era o médico chefe, o responsável por todo o acompanhamento e tratamento de Jiang Cheng. Lan Qiren. Fundador do hospital.

— Posso saber que tipo de reunião escandalosa é essa no meu hospital? Estou há vários minutos ouvindo a voz de todos vocês de dentro da minha sala e não pude ficar parado, enquanto esquecem que isso aqui é um hospital e que devem ter respeito com os pacientes. – Impôs de forma clara e objetiva. A destra segurando uma prancheta, enquanto a canhota estava elevada na altura do queixo e os dedos roçavam para cima e para baixo, alisando o cavanhaque.

Ninguém ousou dizer mais nada, nem mesmo Qin. Todos sabiam quem ele era e numa concordância muda, todos abaixaram a cabeça em sinal de respeito.

— Quais as chances do meu filho se recuperar, Doutor Qiren? – Madame Yu cortou o silencio. O homem de meia idade lhe mediu de cima a baixo, e crispou os lábios antes de lhe responder friamente.

— Apenas, 10% senhora. – Finalizou.

...

Todos os presentes estavam na sala do médico chefe agora e seus rostos contorcidos em caretas, ele havia novamente repassado o quadro clínico para a família de Cheng e não era bom. Cerca de 20 minutos se passaram e os indivíduos se retiraram do hospital, cada qual para sua respectiva residência.

Fase Atemporal

Estava tudo muito escuro e não era possível enxergar absolutamente nada, Jiang se sentou no leito em que estava e girou a cabeça procurando por algo, ou melhor, alguém e o movimento foi o suficiente para lhe causar tontura. Sua cabeça ficou pesada e a visão embaçou. Colocou a mão na testa, fechando os olhos com força. Uma imagem.

De repente a respiração do rapaz ficou ofegante e ele já não estava naquele espaço escuro, tudo agora estava muito claro e ele pôde sentir o cheiro de tulipas, e ver um jardim, um enorme e belíssimo jardim. Mas como havia chegado ali? Estava sozinho e se sentia extremamente fraco. Com facilidade seu corpo foi erguido da cama, como se alguém o segurasse e agora ele jazia de pé, porém o cenário havia mudado novamente.

Agora estava num corredor estreito, as paredes acinzentadas. Diversas portas fechadas, bancos de mármore nos cantos das paredes, bebedouros de água, plaquinhas de sinalização ao lado das portas e perto do fim do corredor, setas coloridas espalhadas no chão. O ar gélido lhe remetia melancolia, e estreitando os olhos ele identificou o lugar. Um hospital.

— Qual é o estado de saúde dele, enfermeira? – Vozes. Ele não soube dizer de quem era, mas a sonoridade lhe parecia familiar e transmitia calma para sua alma atormentada, apesar de sua pergunta sofrida.

— Sinceramente, ele está muito mal. A queda quase lhe custou a vida, por pouco não houve um traumatismo craniano. O coma induzido não tem data prevista para finalização, pode ser que ele acorde a qualquer momento, ou talvez ele nunca acorde. – A outra voz feminina se fez presente. O moreno forçou suas pálpebras a abrir, queria muito identificar as donas das vozes, mas era impossível, algo mais forte o impedia.

— Por favor, você precisa acordar. – Outra voz familiar dizia. Era masculina e suave como a brisa da manhã, mesmo em estado de inércia, ele pôde sentir sua pele arrepiar. Novamente tentou abrir os olhos, mas sem sucesso.

— Ele quer te fazer mal, acorde. Não permita! – A voz continuou por mais uns instantes e foi ficando cada vez mais baixa, até finalmente desaparecer. Silencio. Cheng estava deitado num leito de hospital, o quarto era iluminado apenas pela luz da lua, os móveis estrategicamente colocados no cômodo, facilitando a locomoção. Uma dor aguda foi sentida em seu braço, assim que a picada da agulha atingiu sua pele. Provavelmente remédio. O sono foi chegando aos poucos e ele entrou em inércia, de novo.

— Durma bem, Jiang Cheng. – Disse.
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Obrigada por esperar a atualização e por dar amor nessa fanfic, eu prometo não desistir dela. A questão é que me falta tempo, ainda mais até o final desse ano. Contudo, pretendo voltar logo. I love you, guys ♡