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Familia Cornisius

~Kaiky P.O.V~

Eu levanto da cadeira confortável que eu estava sentado, sem querer eu acabei dormindo e agora não sabia que horas eram, olho para a janela e vejo que o sol já quase não era visível no horizonte.

- Merda - Eu sussurro, meu pai tinha me chamado para uma reunião hoje a tarde, e bom, eu já podia ver as estrelas no céu.

Saio correndo da sala que eu estava, por meu cérebro estar acelerado acabei me perdendo nos corredores da minha própria casa, finalmente achei aonde eu deveria estar esse tempo todo.

Respiro fundo, já sabendo o que me espera.

Abro a porta e vejo exatamente o que estava imaginando, meu pai estava sentado na cadeira, encarando o relógio na parede, ao ouvir eu fechar  a porta ele ajusta sua gravata verde, que gerava um contraste com seu terno completamente preto.

- 1 hora e 25 minutos. Um novo recorde - Meu pai não me olha, me sentindo envergonhado, sento-me em uma cadeiras a frente dele também não o encarando - Está atrasado. Mas isso já não é uma surpresa não é mesmo? - Ele fala em um tom debochado.

- Me desculpe senhor. - Falo no melhor tom que eu conseguia fazer.

- Olha - Ele suspira, colocando a mão na testa - Eu tento confiar em você, mas fica difícil quando você se atrasa em uma reunião que está acontecendo em sua própria casa. Você vai ser o próximo herdeiro da família Cornisius, aja como UM! - Ele grita na última parte, me assustando, ele quase não gritava, apenas mostrava a decepção em seus olhos.

- E-Espera, isso era um teste? - Eu gaguejo um pouco.

- Sim, e você falhou. - Ele da uma pausa e olha para o relógio novamente - Se você não tomar jeito eu vou ter que tomar medidas drásticas. - Ele se levanta enquanto eu olho para ele surpreso - E você se lembra da última vez. - Ele sussurra na minha orelha, causando meu corpo a arrepiar.

Ele fecha a porta causando um estrondo, eu fico paralisado olhando para a cadeira onde ele estava sentado.

Eu me levanto depois de um tempo, quando sai da sala me deparo com minha mãe, parecendo que iria abrir a porta para checar o meu estado.

- Oh, querido! - Ela chega mais perto, segurando as minhas bochechas - Fico feliz que esteja bem... - Ela segura por mais um tempo antes de soltar, parecia aliviada.

Uma bela e justa moça, sempre usando vestidos verdes e cabelos amarrados em um coque, eu diria que puxei a maioria da minha beleza dela.

- Eu estou bem, só preciso de um banho - Eu dou um sorriso, ela sorri de volta.

- Mandarei Carolina levar um pouco de suco ao seu quarto - Ela se afasta.

- C-Carolina? No meu quarto? S-Sério? - E agora? Ela vai saber que eu gosto de anime, fudeu!!

- Claro, eu e sua irmã não podemos ser as únicas mulheres que você verá na vida! - Ela dá uma risada curta, mas graciosa, atravessando o corredor até eu não conseguir mais vê-la.

Ela e meus irmãos sempre me provocam, desde minha adolescência, sobre a minha pequena queda com uma das nossas empregadas mais leais, Carolina Inocido, ela é dois anos mais velha que eu e me ajudava com o dever de casa quando a mãe dela, uma das nossas empregadas mais velhas, trazia ela para ficar a tarde, ela não podia sair do quarto das empregadas por causa do meu pai mas isso não me impedia de invadir de vez enquando para vê-la.