Capítulo 2

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Hinata

Bufei irritada enquanto me sentava na pequena escada que ficava frente a porta, não era minha intenção que percebessem que eu havia chorado antes da aula.

O dia estava quente, quente até demais pra uma simples 7:15 da manhã.

Apesar de amar a primavera devo dizer que meu coração sempre vai pertencer ao inverno. Não estou falando do papo clichê de neve ou quando as famílias se juntam frente a lareira e falam alegres de como havia sido seu dia.

Eu falo sobre a forma como a cidade toda se iluminava em perfeita harmonia com as partículas de neve, ou o fato de que eu finalmente poderia usar os diversos cachecóis que eu havia tricotado. Apesar de não estar entre as Villas mais populares, Konoha tinha uma enorme fama sobre os festivais de inverno.
A forma clássica onde as moças se vestiam e caminhavam alegres em busca de algo para lhe esquentar, os doces dos desejos ou até mesmo jantares ao ar livre.

Konoha era conhecida por ser uma cidade festeira.

Era fato de que os casais passavam o ano todo em busca de uma simples reserva no relógio das estrelas. Conhecido por ser o local onde os casais que se declaram tem uma vida farta de alegria e amor, o relógio era assunto por todos durante até mesmo a primavera.

Não era como se eu frequentasse esses lugares, mas de fato eu adoraria fugir de todas as festas chiques e comidas que eu nem sequer consigo me lembrar o nome para poder desfrutar da festa que fez Konoha ter seu nome conhecido.

Claro que estava fora de cogitação explicar ao meu pai a tal curiosidade sobre a parte que não pertencia ao nosso bairro.

Do jeito que as coisas andam acho que estaria proibida até de sair de casa.

— Parece que escolhi certo quando decidi não bater. — A voz irreconhecível a minha frente fez instantaneamente um sorriso sair saltando pelo meu rosto.

— Você nunca entra uchiha. — me levanto pegando a bolsa que estava ao meu lado. — Tá aí a muito tempo?

— Não muito, ou você acha que minha diversão é ver você viajar pra dentro dessa cabeça aí? — Ignoro seu comentário e me aproximo do carro vendo o mesmo destrancar a porta pra mim.

Sasuke Uchiha vulgo meu melhor amigo, era simplesmente a pessoa que mais me entendia no mundo, seus comentários sarcásticos tiram diversos sorrisos mesmo nos meus piores dias.

Apesar da fisionomia que as pessoas esperavam de um uchiha, Sasuke era de fato o oposto deles. Não se referindo a sua capacidade mental afinal ele era muito inteligente, falava da parte em que eram reservados e educados.

Sasuke era alto e tinha cabelos negros, seus sorriso extremamente perfeito era motivo de milhares de suspiros por toda escola (até mesmo da diretoria ) sua lista incontável de corações partidos traziam a fama que sua família odiava.
Não havia uma só garota naquela Villa que não fosse apaixonada por ele. Exceto eu, que pra minha sorte tinha uma espécie de ante- uchiha.

Nem sempre ele fora esse alguém superficial e sem coração que parece descreve - lo. Antes de nos conhecermos ele era o garoto mais amável que conhecíamos naquele bairro, na maioria das vezes o via sorrir animado enquanto caminhava ao lado de sua mãe e até chegará a pensar que ele tinha uma vida perfeita.

Quando viramos amigos eu conheci partes dele que garota nenhuma daquela escola entenderia.

Sasuke tinha um irmão chamado Itachi, ele era o mais velho da família e contudo o exemplo e admiração que Sasuke tinha.
O fato era que a relação entre os pais e ele não era das boas, já que Itachi não queria saber dos planos que o pai tinha para ele (oque também é meu caso)
Diferente de mim Itachi gostava da fama e das coisas boas trazidas com ela, como dinheiro e muitas garotas ao seus pés. Era comum ver seu nome estampado em algum escândalo no jornal.

Quando alcançou a maioridade ele deixou a Villa, não disse a onde foi e nem se voltava e com isso os pais dele surtaram. O senhor uchiha despejava sua raiva em Sasuke o acusando de ser o culpado pela partida do irmão e com isso Sasuke virou o novo objetivo de seu pai.

Ele acabou se torrando alguém vazio de sentimentos depois disso, mas não comigo. Gosto de dizer que sempre podemos ter um ao outro.

Voltando a realidade observei o sol iluminar a cidade por fora dos grandes muros que nos cercava, Konoha tinha uma beleza inexplicável e só me fazia querer a explorar ainda mais.

— Viajando de novo Hina? — Sorri pela forma como ele adorava esse apelido.

— Respirando o ar livre.

— As coisas ainda não melhoraram na sua casa?

— A discussão dessa manhã não foi bem Clara? — Pergunto pegando uma garrafa de água que sempre ficava guardada no carro junto com uma caixinha de gelo.

— As coisa vão melhorar, e se não der você pode fugir pra minha casa. — Ele abre um enorme sorriso fazendo com que eu engasgue com a água que antes descia pela minha garganta.

— Você não cansa das insinuações?

— É divertido ver seu rosto se contorcer. — Dei um tapa em seu braço deixando que meu mal humor finalmente fosse embora.

Olhei novamente a cidade a minha frente imaginando a vida de cada uma das pessoas que viviam ali. Gostava de pensar se eram tão ambiciosos como eu e se desejam algo pra sua vida. Me perguntava também se algum deles já estivera curioso sobre como é a vida por trás dos enormes muros que separavam a cidade do bairro alto.

Mais um ano estava se iniciando e era engraçado pensar que parte de mim também já não era mais a mesma

the fate that dwells in meOnde histórias criam vida. Descubra agora