Prólogo

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New York City

Pelo espelho a mulher observava o vestido preto que moldava perfeitamente seu corpo e lhe dava uma sensualidade marcante.

Suas mãos pegaram o colar de diamantes e seus dedos acariciaram a pedra fria.

Tão fria quando o coração do homem que havia lhe dado o objeto mais cedo, para que usase durante o evento que para ela , não era nada mais que um desfile para que todos pudessem exibir sua fortuna.

A pedra azul se aninhou perfeitamente no vale entre os seios fartos e logo o par de brincos fizeram companhia ao colar e ela suspirou desanimada.

Daria tudo para voltar no tempo e mudar sua vida.

Com delicadeza e destreza nas mãos finalizou a maquiagem básica e passou o batom vermelho nos lábios e sorriu.

Um sorriso que aperfeiçoou nos últimos anos e que todos elogiavam e gostavam...

Menos ela.

Se agachou e pegou seus loboutin e os analisou.

Ele fora desenhado de forma exclusiva para ela, assim como o vestido, que era um Dulce e Gabbana.

Pegou a bolsa de mão e colocou nela o celular e seus documentos e levantou.

Pelo reflexo do espelho que ia do teto ao chão , ela notou o homem parado na porta usando um Giorgio Armani , ele a observava de forma intensa e que não demonstravam nenhuma emoção.

Mas ela já estava acostumada a esses olhares frios e ele balançou a cabeça, como se aprovasse o visual dela que o seguiu descendo as escadas de forma cuidadosa.

Do lado de fora o motorista já os aguardava e ela deu um tímido sorriso ao homem, afinal ele ficava mais tempo com ela do que o próprio marido.

A porta do carro foi aberta e o homem de meia idade a ajudou a entrar no veículo antes de fechar a porta e tomar seu lugar.

Ela pegou o celular da bolsa e respondeu a algumas mensagens das amigas e da irmã.

Estava com saudade de visitar sua família e ser ela mesma.

O homem tinha apoiado nas pernas um notebook e digitava rapidamente, como se ela não estivesse no mesmo ambiente que ele.

Logo ambos chegaram ao hotel que estava acontecendo o evento e ela colocou o sorriso no rosto e o homem fechou o notebook e arrumou a gravata e saiu do veículo e deu as mãos para ajuda lá a sair.

Ele sorriu e passou as mãos na cintura dela e apertou, enquanto entravam no hotel, ambos posavam paras as fotos e as vezes ele respondia uma ou outra pergunta e evitava as que falavam sobre o seu casamento ser apenas um contrato.

Ele era, mas ninguém além dos envolvidos precisavam saber disso.

Esse era um assunto deles e dos advogados.

No interior do hotel, foram guiados ao salão e com um sorriso amável ela cumprimentava a várias pessoas que encontrava  e logo os dois sentaram em seus lugares.

Sob a sombra do maridoOnde histórias criam vida. Descubra agora