Cinderela

6 1 0
                                    


Com o entardecer pairando nos céus e a criatura estranha adormecida, a pequenina sente a necessidade de aventurar-se fora do buraco.  Não se mexia pelo medo, e por instinto, digamos assim, porém sua fome era maior que seu medo nesse momento.

Ela não tomou cuidado ao pisar fora da rochosa caverna pequena, a fera já demonstrou que seu interesse pela presa potencial era mínimo, tanto assim que nem chegaria a notar sua ausência por vários instantes.

As ruas eram cheias de luzes brilhantes e reluzentes, os cheiros e sons novos e inimagináveis antes daquele momento a deixaram mareada e confusa.

Não chegou a ver quando uma gentil senhora tocou seu ombro e falou alguma coisa, a garota só sai correndo, tudo piscava ao seu redor, as fortes luzes se intensificavam e os sons lhe causavam náuseas. Sua dor de cabeça irritante se tornou uma leve lembrança, substituída por uma tortura que parecia não ter fim.

Seu guardião anterior se reencontra com ela no beco escuro e mofado, com serenidade ou até compaixão, a fera se aproxima. A tensão em seus joelhos e ombros aumentam a medida em que essa coisa chega perto, mas ela não tem mais forças para escapar. Prepara para o pior, se encolhe.

A criança é salva por dois homens estranhos, que de repente, entram no beco.

Um deles se abaixa até um pouco mais auto que a garota encolhida, ele fala algo, mas ela não entende, é como se fosse a primeira vez que você ouve uma língua nova.  Esse senhor toca a testa da baixa, más retrossede sem motivo, ela não reage.

Um grito estranho surge atrás do homem gentil, seu companheiro era brutalmente abocanhado diretamente no pescoço por uma enorme criatura branca e peluda.

QuebradosOnde histórias criam vida. Descubra agora