Capítulo Um

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Capítulo Um

Primeira testemunha 

12 anos antes…

É o meu segundo ano no Halloween, comecei a pedir doces com ajuda da minha mãe quando tinha 4 anos com minha fantasia improvisada de fantasma, mas esse ano estou como uma princesa zumbi com meus cachinhos marrons definidos, estou me olhando no espelho quando ouço minha mãe.

– Junia, vamos logo, meu amor, a caça aos doces começaram – Dei um pulinho e desci a escada correndo segurando minha tigela de abóbora para pegar os doces, meu pai estava sentado no sofá assistindo os especiais de Halloween e minha mãe estava com uma fantasia improvisada de múmia me esperando, pulei no colo dela para ganhar um abraço.

– Vamos logo, meu amor, dê tchau para o seu pai – Acenei para meu pai e segurei a mão de minha mãe para começar o meu ganho de doces grátis! 

Passei pela porta e vi a cidade totalmente decorada, abóboras esculpidas com velas dentro, a fonte da vila também estava decorada junto com todas as casinhas com temas diferentes, algumas com fantasmas e outras com vampiros, era como ver uma cidade do Halloween, isso me deixa animada.

Começamos pela casa da Senhora HardWork, acabamos encontrando os filhos dela no caminho, James e Dante, os meus dois colegas estavam fantasiados de Mickey Zumbi e o outro de vampiro. Bati na porta da Senhora HardWork falando a frase que mais vou repetir hoje "Doçuras ou Travessuras!" Dela eu ganhei um pacote de balas de milho, não eram as minhas favoritas, mas sei que pai vai comer todas quando chegar em casa. A próxima casa toda enfeitada foi dos Lewis, a casa da minha amiga mais próxima que é a Eliza, a casa deles é enorme, parece até um castelo de Halloween, toquei a campainha e a mãe de Eliza saiu com a sacola de doces, ganhei um beijinho na testa e várias barras de chocolate. 

Ficamos até pegando doces até as estrelas ficarem mais brilhantes, minha mãe estava conversando com uma amiga e eu estava quieta balançando os pés esperando elas terminarem até que a floresta me chamou atenção. Fui até as árvores cheias de folhas para o tempo que estamos, tinha uma casinha de madeira muito pobre e quase acabado a beira da floresta, não tinha espaço para medo em uma aventura, ouvi alguns passos de cavalo e no fundo da floresta uma luz laranja se aproximando junto com um vulto em minha direção, eu estou com os pés na terra parecendo uma estátua até que eles chegam perto o bastante de mim e o cavalo com uma pessoa montada nele usando uma cabeça de abóbora dá um golpe no vulto preto e começa uma ventania me empurrando para fora mesmo eu querendo fixar ficar que mamãe vai ficar preocupada. 

Volto correndo para onde minha mãe estava, mesmo depois desse tempo ela continua conversando com a mulher, mas ela se virou para mim.

– Pode ir pra casa sozinha que vou ficar aqui conversando mais um pouco – Fui saltitando para casa, o que eu tinha visto ainda estava na minha cabeça, fui salva por um cavaleiro como nos filmes de princesa, eu vou no mesmo lugar no ano que vem, vou ver se isso acontece de novo, quero ver quem é o cavaleiro e o que é aquele vulto preto.

Cheguei em casa e coloquei o baldinho de doces em cima na mesa, me aprontei para dormir e mãe não tinha chegado até agora e meu pai também tinha dormido no sofá. Me deitei na minha cama e dormi sonhando com o que aconteceu, vou resolver isso, vai ser como em um filme! Vou resolver um mistério!

7 anos antes…

É um novo Halloween que eu corro para fora de casa indo em direção a floresta, esse ano tenho 10 anos, duas mãos com todos os dedos, o cavaleiro sempre aparece andando pela floresta, mas não sei como falar com ele, já tentei dar oi só que ele simplesmente me olha e sai com seu cavalo, isso me enche de raiva, pq ele está me ignorando?! Me vesti com a fantasia de Monster High, para ser mais específica a Frankie Einstein que é a minha favorita, estava na frente da floresta e o vento começou junto com o som das patas do cavalo contra o chão, estava ansiosa, estava sentindo que hoje era o dia que ele iria falar comigo. O cavaleiro apareceu na minha frente e ficou ali parado até que falou uma coisa em todos esses anos.

– Tome cuidado, não fique aqui sem motivo – Depois disso o vento me levou e ele foi embora, a voz dele era grave e madura, parecia um adulto muito muito muito velho, mas eu já estava satisfeita, voltei para casa feliz com a minha conquista.

Não voltei para a minha casa, passei primeiro onde Kendrick mora, ele é um novo colega de escola que já estou abraçando, ele é um bom amigo cheio de jogos e piadas, só me faz rir. Bati na porta e já recebi um abraço e uma puxada para dentro da casa, nos sentamos na cama dele e comecei a contar tudo o que eu vi, todas as atualizações, diferente de Eliza ele acredita no que eu apelidei de Cavaleiro do Halloween, Eliza acha que é uma bobagem, mas Kendrick ficou encantado com a história e ele acredita com firmeza em mim.

– Isso é sinistro e assustador! O que acha que tem na floresta? Tesouros?! Resposta da tarefa de matemática?! Ou até monstros? Isso me deixa elétrico, um dia vamos lá juntos e entrar na floresta! Anote o que estou dizendo – Kendrick disse isso todo empolgado enquanto eu ria dele, da empolgação dele, mas Kendrick tinha razão, um dia vamos conseguir entrar naquela floresta, não que nunca tenha tentado isso.

Tive que sair da casa de Kendrick, já estava ficando tarde e minha mãe já tinha ligado para a mãe dele pedindo para voltar pra casa. A vila já estava crescendo bastante, espero que um dia ela vire uma cidade enorme com sinais de trânsito e mais lojas, mas não quero que acabem com aquela floresta que eu tanto gosto e que mora o cavaleiro, ele iria ficar sem casa.

𓄱CAVALEIRO DO HALLOWEEN ࿚Onde histórias criam vida. Descubra agora