Claro que Sim

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Olho para Dinah e Normani que tagarelavam sem parar sobre o esquema de horários dos treinos, Mani estava exigindo mais treinos envolvendo contato físico, algo que não era muito seu ponto forte e ela precisava urgentemente melhorar. Estico minhas mãos, alcançando meus pés para alongar melhor.

Eu nunca escondia nada das minhas melhores amigas, nosso trabalho só funcionava se fôssemos honestas uma com a outra, isso ajudava caso tivéssemos algum problema durante o caso. Entretanto, pela primeira vez estava com receio de contar para Normani e Dinah o fato de Steve Wright estar rodeando o nosso caso, elas poderiam se apavorar.

- Lauren? - subo meu olhar, encarando elas - Está no mundo da lua?

- Desculpa, estava pensando em umas coisas que assisti ontem. - minto, mudando de posição para alongar de outro jeito.

- Posso te fazer uma pergunta? - Normani questiona em um fio de voz.

- Você acabou de fazer. - arqueio as sobrancelhas e ela revirar os olhos  - Continue, estou apenas brincando.

- Por que você meio que "namora" seus casos? - paro de sorrir no mesmo momento.

Por que repentinamente aquela pergunta? Será que elas estavam sabendo de algo? Será que Normani havia visto Steve? 

- Por que essa pergunta agora? - não consigo evitar de questionar.

- Porque esse caso está chato. - Dinah revira os olhos - Queremos logo partir para o próximo.

Aquelas palavras pareciam bem honestas. Para Dinah e Normani era realmente chato me acompanhar, não existiam muitas coisas que elas podiam fazer enquanto eu me encontrava com Camila. DJ me treinava em todo o meu tempo livre, tudo para aperfeiçoar minhas técnicas; Normani ficava monitorando todas as pessoas que cruzavam o caminho da vítima e isso era muito chato porque uma ficha era mais chata que a outra.

- Achei que estivesse gostando de Miami. - esboço um sorriso e elas me encaram descrente.

- É sério, Lauren. Por que ficar nessa putaria sendo que podemos ir diretamente aos finalmente?

- É como sexo, Normani. - sorrio sádica - Primeiro as preliminares, depois o sexo consumado.

- Você é tão babaca, tenho certeza que não é isso. - revira os olhos.

- Julia e Camila jamais iriam para a cama comigo se eu não fosse essa personagem idiota melosa e carinhosa. - me encaram surpresas ao ouvirem eu falar de Julia daquela maneira - Já todos os homens que matei: não queria que ninguém ao redor desconfiasse de mim. Ninguém irá desconfiar da namorada inocente que não tem motivo para matá-los e que logo após parte para tentar esquecer toda a dor com a morte deles. - Dinah ri, negando com a cabeça, retiro meu moletom.

- Eu acho que é porque você é uma idiota curiosa. - Dinah declara convencida - Você sempre quer saber o que seus casos fizeram para serem suas vítimas. - não consigo evitar de esboçar um pequeno sorriso.

Ela tinha parcialmente razão.

- Na verdade, existe ideia melhor do que ganhar a confiança de alguém até que essa pessoa confie tanto em você que eles e todas as pessoas ao redor achem que você jamais seria capaz de tal atrocidade? - me levanto do chão - Envolve um pouco da minha curiosidade sim, eu saber o porquê dessas pessoas merecerem morrer, apenas me ajudam a escolher o método da morte.

Aquilo era realmente verdade, dependendo da profundidade do crime da pessoa, eu realmente me divertia torturando e depois matando a vítima. Alguns dos meus casos mereceram sofrer até o último fio de cabelo, não é como se eu houvesse me arrependido de qualquer um deles, me sentia muito orgulhosa de alguns.

I Have a SecretOnde histórias criam vida. Descubra agora