Capítulo 2 - Eu não gosto de você.

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- Olá. - disse me encarando estranho.

- Oh! - sacudi a cabeça - Desculpe. - disse sorrindo sem graça.

- Amanda, certo? - assenti - Sou Justin, Justin Bieber. - esticou a mão em forma de cumprimento e eu a apertei.

- Prazer. - disse sorrindo.

- Por favor, entre. 

Ele deu espaço para que eu entrasse e assim fiz, reparando que a parte de frente não é nada comparado ao que tem dentro. O hall da casa havia alguns vasos com plantas que não sei o nome, uma escadaria bem no centro. Bom, é grande. Da para se perder aqui dentro.

- Então... - disse voltando meu olhar a ele.

-  Vamos ao escritório, te explico algumas coisas e faremos um teste. - apenas assenti.

Caminhamos alguns minutos pela casa, até chegar  em seu escritório. Nem preciso falar que era grande né? Já da para imaginar, mas vou descrever algumas coisas: tem uma mesa enorme, com uma cadeira de couro atrás e duas na frente. Um sofá de couro preto no canto da  sala, uma mesinha de centro, um piano entra vários outros acessórios e instrumentos. 

- Sente-se por favor. - ele disse sentando-se e apontando para cadeira a sua frente. Sentei-me um pouco aflita. - Relaxa. Para  ser  honesto eu nem sei porque estou falando assim. 

Ele estava muito bonito, usava uma calça preta, uma blusa branca com uma jaqueta também preta por cima, um sapato gigante vermelho. Esse menino tem estilo,  da última vez que ouvi seu nome foi em uma confusão e da última vez que escutei uma musica dele, ele tinha um cabelinho muito fofo  jogado para o lado.

- Desculpa, devo admitir que estou um pouco nervosa. Eu preciso desse emprego. - disse tentando relaxar, mas estava difícil. 

- Tudo bem,  vamos  com calma. - ele sorriu. - Bem, antes de começar, você é minha fã? - se eu responder que sim fico com o emprego ou não? 

- Não, não sou sua fã. - o que de fato era verdade.

- Como assim, não gosta de mim? - ele parecia ofendido. Eu já entendi, ele se acha o dono do mundo.

- Nada contra a você, só não sou sua fã. 

- Tudo bem, tudo bem...Você tem ficha criminal, já matou, maltratou ou até mesmo agrediu algum ser humano? 

- Que pergunta estranha, mas não.

- Você já cuidou de crianças?

- Sim, meus primos e de uma vizinha. 

- Quantos anos você tem? 

- 20. 

- Nova. - sorri - Você não parece ser daqui.

- E não sou, sou canadense. Vim tentar ter uma vida aqui mas parece que não deu muito certo. - dei uma fraca risada.

- Eu também sou canadense. - parecia feliz.

- Que legal!! 

- Filhos? 

- Não!

- Namorado, noivo, marido, ficante? 

- Solteira. - menino estranho, pra que saber sobre isso?

- Bom, agora vem a parte difícil. Julie. Minha filha, ela tem alguns problemas, já levei em especialista que disseram que ela não tinha nada, mas está na cara que ela tem; ela não fala com as pessoas se não for eu, os meninos ou minha mãe. Não da brechas para as empregadas ou as babás dela se aproximar. Eu não sei mais oque fazer. - ele parecia bem cansado.

- Quem são esses meninos? Quantos anos a sua filha tem? Quem costumava tomar conta dela? Você confiava na pessoa? 

- Julie tem quatro anos. Os meninos são meus amigos, Chaz, Ryan e Chris, você  ainda vai conhece-los. Eu sempre contratei babás que o Scooter confiava, elas eram pessoas normais velhas. Você é a primeira novinha.

- Será que eu posso vê-la? Sei lá, mesmo que eu não ganhe o emprego. Só quero conhece-la.

- Por favor. - ele sorriu.

Nos levantamos e fomos para o quarto da sua filha. Nem preciso falar que era lindo, né? O quarto em si era branco, com detalhes rosas. Guarda-roupas rosa, caminha rosa com branca, tinha uma mesinha com um notbook entre muitos outros acessórios.

Tinha uma menininha de cabelos grandes, um vestidinho clarinho, mexendo em um iPad da Barbie.

- Julie? - Justin perguntou receoso.

- Papai? - ela o encarou. 

- Essa sua nova babá. - ele foi bem direto com ela.

- Eu não quero, eu não preciso. - ela fez birra - Eu não gosto de você.

- Bieber, deixa eu conversar com ela. - disse tocando seu ombro.

- Sai daqui. - ela começou a chorar.

- Acho melhor não. - Justin disse segurando a minha mão.

- Sai Bieber. - suspirei - Confie em mim.

E então ele saiu. É agora ou nunca, eu tenho que me dar bem com essa menina.

A babá.Onde histórias criam vida. Descubra agora