Capitulo 3- Já É Um Bom Começo

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Narrador POVs

10 anos atrás...

- Você não fala? - a menina de olhos claros, enchia a paciência do menino com cabelos jogados para o lado. O menino a encarou com desdém - Você é muito chato! - a pobre menina se emburrou.

- Eu não sou chato, só não quero falar. - o menino respondeu.

A garotinha de olhos azuis sorriu. ''Pelo menos ele me respondeu'' ela pensava. O menino de cabelos estranhos e fofos, saiu andando e a deixou sozinha. Mas quem disse que ela ia desistir? Ela estava disposta a ser amiga daquele menininho estranho. 

A menina levantou e seguiu o menino.

- Hey! - chamou mas ele nem deu bola. ''Por que ele não fala comigo? Estou fedendo? Tomei banho agora!'' a menina pensava. - Eu sei que você não gosta de mim, mas vai ser OBRIGADO a me suportar.

- Menina dos céus, o quê você quer? - o menino virou, encarando-a. Encontrando um par de olhos azuis lhe encarando com luxuria. - M- Meu nome é Justin. - o garoto disse perdido em seu olhar.

- Meu nome é Amanda. - ela sorriu.

O garoto e a garota, se tornaram AMIGOS anos que o menino morou naquela rua. Depois, de repente o menino sumiu e ninguém sabia aonde ele se meteu. ''Será que ele foi sequestrado? Ou será que alguém não foi legal com ele?''' a menina sempre pensava. A única coisa que um tinha do OUTRO era o nome ''Amanda e Justin' em mente', uma linda e talvez curta história mas nunca esquecida.

Uma paixão temporária, uma coisa incompleta. Amigos desde a infância, mas acabou. Amanda não lembra do seu primeiro amor, afinal, foi uma coisa de um ano no máximo. Justin lembra vagamente da menina irritante. Mas os dois mudaram, os dois estão DIFERENTES; o menino de cabelinho jogado para o lado, está com um topete estiloso e a menina de cabelos curtos e loiros, deixo-os  crescer. Eles mudaram.

Amanda POVs 

A menina me encarava com medo. Agarrou-se em uma boneca e encolheu-se na cama, encostando-se na cabeceira da cama. Ela estava com medo? De mim? Mas eu não mato nem uma barata! Absurdo!

Me aproximei dela sem dar uma PALAVRA, sentei na ponta da cama e a encarei. Certamente ela não fala. Merda!

- Não precisa ter medo.- recurou, agarrando-se ao seus joelhos - Ok, eu sei que você deve ficar com medo, nossas essas pessoas são loucas. - tentei fazer graça. Ela me encarou cessando o choro - Eu sei não é legal colocar a culpa nas pessoas.

- Eu já disse que não gosto de você. - sussurrou.

- Legal, eu também não gosto de você, e aí? O que vamos fazer? Você será obrigada a me suportar. - menti.

- Por que você não gosta de mim? - me encarou, cruzando os braços - Você não me conhece.

- E você? Me conhece? - Tuchê - COMO você sabe que não gosta de mim, se nem me conhecer você conhece? - esclareci a PERGUNTA.

- Você QUER tomar o lugar da minha mãe. - ela disse confiante.

Em um ato idiota eu comecei a rir, foi algo incontrolável. Eu, Amanda Seyfried e Justin Bieber? Isso está longe de se tornar verídico. Ela estava me encarando como se eu fosse maluca, então cessei minhas risadas e respirei fundo.

- Presta atenção em uma coisa, eu só quero o EMPREGO. - soltei o ar de forma pesada - Eu não quero roubar o lugar da sua mãe, eu estou bem assim, só preciso do emprego e pronto. Olha você nem precisa gostar de mim, apenas me suportar. - estendi minha mão - Será que podemos fazer assim?

Ela hesitou um POUCO mas acabou apertando a minha mão. Sua mãozinha era tão pequena e tão macia, que acabei soltando uma risadinha. Separamos nossas mãos e ela se aproximou passando as mãos nos meus cabelos, fiz uma careta tentando entender seu ato repentino.

Você parece a minha Barbie. - ela disse envergonhada.

- Devo levar ISSO ao elogio? - assentiu - Ótimo, mas qual delas? - olhei ao redor - O que mais tem aqui é Barbie.

- Hm - pensou -, você parece com todas. Vou te chamar de Barbie.

- Mas meu NOME é Amanda. - disse fazendo uma carinha estranha.

- Mas eu quero te chamar de Barbie. - levantei as mãos em sinal de RENDIMENTO - Vamos brincar?

- Você quer brincar? De quê? 

- Vamos no jardim, tem brinquedos lá. 

- Mas eu tenho que falar com seu pai, preciso saber se eu ganhei o EMPREGO ou não. Pede para alguém ir lá com você, que tal alguma empregada? - tentei. 

Não me sai da cabeça o fato dela estar falando comigo e não falar com nenhuma outra pessoa a não as que Justin falou. 

Ela me olhou estranho, abaixou a cabeça e negou rapidamente. Tais movimentos que não davam para reparar sua cabecinha. Isso é estranho de mais, a menina só tem quatro anos e esse medo TODO.

- Prefiro ficar no quarto. - disse cabisbaixa.

- Você quer conversar? 

- Não, não. - disse apressada.

- Então  vamos brincar. - levantei-me, estiquei minha mão esquerda esperando que ela a pegasse - Depois  falo com seu pai. - completei.

Ela sorriu. OH MEU DEUS, ELA SORRIU, ELA SORRIU. Segurou minha mão e saiu me arrastando - literalmente - para fora do quarto, passamos por todos sem ser notados. Fomos para o jardim, atrás da casa. Era lindo, tinha várias flores e vários brinquedinhos. Sentamos na grama e ela começou a JOGAR um monte de brinquedos em cima de mim.

- Olha COMO ela é igual a você. - Julie colocou uma barbie ao lado do meu rosto, comparando-nos. Fiz uma careta e ela gargalhou.

Já é um começo, um ótimo começo.



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⏰ Última atualização: Apr 19, 2015 ⏰

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