What Is Love - MX ver. | HyungKyun

01 • chegada

Oi, meus amores!

Enquanto as fics novas não saem do forno, trago para vocês a adaptação dessa história que eu escrevi há  anos com o EXO e que agora eu transformo numa versão com o Monsta X! 

Ela é tranquila e tem uns trechos bem bobinhos, mas também tem seu teor dramático, claro. Espero que vocês gostem dela tanto quanto eu gosto! 

Enfim, boa leitura!

•『 ♡ 』•

O clima e as nuvens que permeavam o céu naquele começo de manhã eram detalhes muito banais perto de todos os sentimentos que invadiram meu corpo no momento em que vi Hyungwon cabisbaixo e tristonho, talvez envergonhado pelo inchaço em seus olhos depois de ter chorado tanto.

Éramos primos, mas não do mesmo sangue, e tínhamos crescido em cidades distintas sem nunca realmente termos tido a oportunidade de nos tornarmos próximos um do outro, detalhe que estava prestes a mudar agora que Hyungwon viveria conosco no interior.

A primeira coisa que notei foi que ele parecia ter receio de tudo, mantendo o olhar sempre voltado ao chão, espiando vez ou outra os rosto alheios apenas quando era realmente necessário e sorrindo bem pouco e de maneira fraca. Era fácil entender porquê ele estava sendo tão recluso em seu próprio mundo, ainda que todos nós compartilhássemos da mesma tristeza: a morte de nosso avô tinha afetado a família inteira, possuidora de um histórico já repleto de tragédias, mas Hyungwon, com certeza, seria aquele que mais sentiria a falta dele.

Minha mãe, Sangah, estava no volante, usando um par de óculos escuros que escondia suas olheiras; dirigia devagar enquanto a luz do sol brincava por entre as frestas das árvores no entorno da estrada. Meu irmão mais novo, Kihyun, estava no banco do carona, tocando a tela do celular enquanto tinha os ouvidos cobertos por seus headphones brancos.

Hyungwon e eu estávamos no banco de trás, cada um em uma janela, e eu não consegui disfarçar a minha curiosidade, observando-o durante todo o trajeto para casa. Quando dei por mim, já reconhecia cada traço daquele rosto bonito e também já havia reparado na mania que ele tinha de mexer nos cabelos compridos, colocando-os para trás com suas mãos grandes e aparentemente delicadas.

A julgar pelo conjunto, Hyungwon tinha jeito de quem passava a maior parte do tempo trancado dentro de casa. Era magro e sua pele era clara, os lábios eram grossos e os sapatos que usava pareciam novos de tão limpos. Lembrei-me da época em que passávamos as férias na cidade grande e ele tinha sido meu crush por um verão inteiro, mas agora era como se eu não soubesse quase nada sobre ele além das poucas informações compartilhadas por minha mãe.

A última vez em que nos vimos tinha sido há pouco mais de quatro anos, no funeral da minha tia.

A mãe de Hyungwon, Seoyah, era irmã mais nova da minha mãe. Estava voltando do trabalho quando um caminhão cortou a faixa central da estrada e acertou o veículo que ela dirigia em cheio. Depois disso, Hyungwon passou a viver com nosso avô, se tornando o neto preferido, mesmo não tendo o sangue da família. Tia Seoyah o havia adotado quando descobriu que era estéril e muitos acharam que isso causaria um alvoroço na família, mas o garoto foi muito bem recebido e acolhido.

A vida conturbada dele me fazia ter um pouco de pena e eu sabia que Hyungwon deveria estar se sentindo novamente perdido agora que se mudava mais uma vez. Era maior de idade, mas havia ficado claro que ainda não tinha condições de se manter sozinho em Gwangju, uma cidade metropolitana, portanto, estava sendo recebido na única família que lhe restava.

Talvez fosse estranho, mas eu tinha certeza de que ele não demoraria a se acostumar conosco.

Pensei em puxar assunto e comentar sobre as paisagens que corriam do lado de fora, mas Hyungwon parecia tão disperso e envolto em seus próprios pensamentos que me mantive em silêncio.