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Hyungwon estava desenhando enquanto conversava comigo naquela mesma tarde. Seus olhos estavam presos ao papel, mas eu sabia que seus ouvidos capturavam o som da minha voz, embora eu não tenha falado muito, apenas expressado o que sentia com relação à senhora Fong e o estado de saúde dela.
— Ela vai ficar bem — ele disse, pausando o lápis para fitar a paisagem pela janela. O céu estava ficando nublado e Dutch começou a se agitar: seus latidos de repente ficaram mais rápidos, talvez indicando que uma tempestade se aproximava.
Abracei um dos travesseiros da cama de meu primo, deitado sobre o edredom, assistindo enquanto ele traçava levemente o grafite sobre a folha branca, copiando o que sua mente lhe mostrava. Dessa vez não era eu ou qualquer outra pessoa. Não era Dutch e nem nenhuma paisagem. Eram apenas linhas que se pareciam com algum fenômeno celeste, talvez o céu como ele imaginava.
— O que é? — eu perguntei por curiosidade. Ele observou o desenho por um tempo e disse que não sabia explicar. — No que anda pensando? — indaguei, tentando ajudá-lo.
— No fato de que posso curar as pessoas — ele respondeu. — Talvez seja essa a imagem dessa transferência? A dor passando de um corpo para o outro...?
Talvez.
Os dedos de meu primo criaram sombras em algumas partes do papel e ele esfregou a ponta do indicador para esfumar outro pedaço, dando o efeito desejado. Se não era daquele jeito, ali estava uma ótima forma de se tentar entender o que acontecia quando Hyungwon ajudava alguém.
Mesmo depois de termos passado a manhã juntos, sua expressão demonstrava um ligeiro cansaço. Ele teimava em dizer que se sentia bem, mas estava óbvio que a consequência na ajuda a Minhyuk estava ali. Ele não tinha cuspido mais sangue, mas sua pele estava um pouco pálida e seus lábios levemente rachados. Hyungwon levantou-se da cadeira onde estava sentado e descansou o papel e o lápis na mesinha de cabeceira antes de subir na cama e deitar-se ao meu lado. Uma de suas mãos imediatamente correu por minha cintura e ele se aconchegou ali, roçando o nariz em um dos meus ombros. A porta estava aberta para não levantar suspeitas: minha mãe já tinha retornado ao hospital e meu irmão estava na sala de estar, jogando.
— Eu posso salvá-la — ele disse de repente e eu me assustei com tal fala. Isso passou pela minha cabeça, mas eu jamais deixaria que ele fizesse algo do tipo. Não quando já estava enfraquecido daquela maneira.
— Eu não deixaria você fazer isso — disse e ele respirou fundo. — Estou falando sério, Hyungwon, você... não pode...
— Por que não? — ele indagou. — Ela é importante pra você, eu estaria fazendo algo bom.
— Você também é importante pra mim — eu retruquei. — Seria como se eu tivesse que escolher entre um ou outro. Isso não é nem um pouco justo.
— Se eu fizer, não vou morrer...
— Como você sabe? — eu o interrompi. O que ele estava dizendo era um absurdo. — O seu poder é maravilhoso, mas você tem um limite...
— Que eu nunca testei...
— Hyungwon... — o cortei novamente, dessa vez virando-me para encará-lo. — Por favor, você tem esse dom por algum motivo que não é ficar desafiando o seu corpo. Você, melhor do que ninguém, sabe o que acontece quando cura alguém.
— Está parecendo o nosso avô falando — ele comentou e só então me passou pela cabeça que este segredo poderia ter sido guardado por mais alguém. Hyungwon viveu com nosso avô por mais de quatro anos, o que implicaria no conhecimento de certos hábitos e também segredos.
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What Is Love - MX ver. | HyungKyun
Fiksi PenggemarChangkyun descobriu muitas coisas sobre Hyungwon depois que ele se mudou para a casa de sua família: era um bom menino, desenhava como ninguém e podia salvar as pessoas, literalmente. [HyungKyun] • esta fanfic é uma adaptação de outra história minh...