CAPÍTULO 30

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SUSAN GREEN

Ouço ps gritos da velha rabugenta ao falar com minha mãe, nem sei o porque das pessoas quererem arrumar briga na altura do campeonato. O pior é que a coragem não me deixa passar para outro lado, vejo no momento que Flávia puxa minha mãe para trás, as duas estavam quase se bicano e tudo culpa daquele idiota do Dante.

Se ele sabia que a mãe dele estaria aqui, porque inventou de trazer minha mãe para cá, ele achou que as duas iriam se abraçar como boas amigas e tudo ficaria bem? Me pergunto colocando a mão na testa.

Eu, Susan Green deveria ter me demito muito antes dele fazer algo do tipo, mas aí ele já tinha avisado e eu bobo não recuei. Noah, meu Deus, meu homem nem sabe dessa palhaçada que Dante fez, eu deveria ter sido sincera ou pelo menos ter falado a verdade.

- Mas uma vez nos decepcionando Dante, sei que seu pai e eu fomos muito ruim com você, mas aí nos trair dessa forma. - Dona cobra diz se fazendo de ofendida, como essa mulher consegue ser tão mal caráter.

- Não posso com essa besteira, aceita de uma vez querida Marta, Dante sempre nos viu como uma família, mesmo com todo o seu veneno, você nunca conseguiu separar nossos filhos. - Pelo amor Deus! Dou meia volta passando a mão nos cabelos, como minha mãe diz um negócio desses sem cabimento. Volto para tentar ouvir mas besteira, parecia até festa no galinheiro.

- Não diga você besteira, Nica é a noiva do meu filho, Susan é passado. - Porra, nunca que entendi seu ódio por mim, como alguém pode me odiar tanto sem ao menos me conhecer.

- Chega Marta! - Eita que seu John está irritado. - Sabe como nossa família se sente com tada essa situação não é Dante? - Dante continua parado com sua expressão séria - Por anos tentei compreender você, por décadas fiz tudo para você ganhar o melhor e quando te peço uma coisa simples, você me vem com outra. - Nossa, o velho tá pior que mulher ganhando bebê. - Nica foi prometida a você filho, aí me aparece essa Susan ganhando espaço, sabe como me senti por todo esse tempo?

- A gente não manda no nosso coração pai, sei que o magoei, mas pela primeira vez na vida, fiz a escolha certa. Susan não é um monstro como você pensa mãe, ela é carinhosa, espirituosa e maluquinha fazendo todos a sua volta sorrir. - Me encosto na parede sem reação, Dante estava falando de mim de uma completamente diferente, eu nunca vi esse lado dele. Volto meu olhar para as expressões surpresas dos seus pais, aquilo era demais para mim, não sei o que realmente eles estavam pensando, mas acaba aqui.

Saio correndo para o outro lado, sem que ninguém me visse, subo as escadas indo direto para meu quarto. Deito na cama com meus sentimentos perturbados, o que foi aquilo, porque não fiquei e enfrentei todos de uma vez? Bufo virando para o outro lado, pego meu celular ficando assustada com o tanto de mensagem e ligações que Noah fez.

Sento na cama preste a responder quando ouço batidas na minha porta, viro para poder mandar entrar quando vejo minha inimiga ou posso chamar assim, ela estava parada na porta com seu olhar questionador e pela primeira vez achei bom que ela tenha vindo até mim, assim posso colocar tudo no seu devido lugar.

- Dona Marta. - Falo seu nome sentindo um aperto no coração.

- Susan, temos que conversar e quero que ambas seja sinceras uma com a outra. - Eita porra!  Essa mulher parece bastante decidida, mas devo admitir que odeio sua pose de mulher confiante, até nos momentos difíceis, a bruxa quer se fazer de forte.

- Por mim tudo bem, mas vamos deixar claro que estou aqui a trabalho e não tenho nada haver com à presença de minha mãe aqui na sua fazenda. - Vai que ela pensa que armei todo esse circo só para conquistar seu filho.

Dona Marta observa meu quarto deixando a sombra de um sorriso transparecer, ela se acomoda na cadeira olhando na minha direção.

- Eu sei que não sou Santa Susan, sei que também que fiz muitas coisas terríveis, mas não posso aceitar que entre na minha vida e do meu filho dessa forma. - Agora é  minha vez de olhar para ela, Marta nunca escondeu seu desgosto sobre minha família, ela sempre nos viu como a família pobre, sei que seu sonho era ver seu único filho casado com alguém do seu escalão.

SÓ QUERIA SER AMADA  "Livro 2"Onde histórias criam vida. Descubra agora