O que tanto desejavam

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Jisung estava ficando nervoso com aquela situação. Tinha praticamente se declarado mas não tinha uma resposta, não sabia o que fazer. Suas mãos estavam suando e sua perna esquerda estava balançando involuntariamente por conta  da ansiedade que estava sentindo. Seu coração parecia que iria saltar para fora do peito, e quando estava prestes a dizer algo, o carro fora estacionado. Eles haviam chegado ao restaurante.

-Antes que desça do carro... -Lee deu uma pausa respirando fundo, procurando palavras.

-Olha hyung, você não precisa dizer na... -fora interrompido.

-Me escute Han. -Minho estava tenso e nervoso. -Eu sei que você não se lembra, mas já tivemos essa conversa antes.

-Como assim? Do que você está falando?

-Quando eu vim para o Brasil, eu te liguei assim que cheguei aqui, e conversamos por horas. Você claramente estava bêbado, então eu ignorei o que disse naquele dia. -seus olhos que antes estavam fixados no volante agora encaravam os olhos do homem sentado ao seu lado. -Eu tentei esquecer isso, mas não tem um dia sequer que eu não pense no quanto eu queria ouvir aquilo de você de novo. -suas mãos vão de encontro ao rosto do mais novo que agora estava ainda mais nervoso. -Mas não quero deixar que diga primeiro. Não quero que passe por aquele nervosismo todo de novo, eu quero te dizer Hani... Quero te dizer que não há palavras para expressar o que eu sinto por você, te dizer que você faz parte dos meus pensamentos vinte e quatro horas por dia, que você é a pessoa com quem eu quero dividir os meus momentos de maior felicidade, que eu quero te abraçar quando eu estiver passando por um momento difícil, quero ser seu apoio quando estiver caindo, quero acordar e ver que você é a pessoa que está ao meu lado, quero sentir seu calor nas noites frias... Eu quero dividir a minha vida com você e eu daria tudo por isso! Eu te amo Han Jisung e espero minha vida toda ser amado por você.

Os olhos de Han estavam encharcados. O nervosismo que sentia antes, agora se transformaram em borboletas na sua barriga. Um sorriso enorme se formava em seu rosto ao ouvir as palavras que tanto desejava ouvir. Sua única resposta foi dar um beijo na boca rosada de Minho, que correspondeu ao beijo com tanto desejo quanto Han. O beijo era cheio de paixão, cheio de amor, cheio de desejo. Os dois estavam tendo o momento que tanto desejaram, suas línguas se completavam e dançavam perfeitamente juntas. As mãos de Lee que estavam nas bochechas quentes de Han desciam para sua cintura, o puxando para o mais perto possível, fazendo com que ele se sentasse em seu colo, sentindo seu corpo respondendo ao beijo que ficava cada vez mais intenso. Jisung adentrava seus dedos nos cabelos sedosos do mais velho que mexia seu quadril com suas mãos firmes, até que a falta de ar se fez presente. Eles ficaram alguns minutos admirando a beleza um do outro, se acariciando e aproveitando o momento a sós.

-Eu tive que vir pro outro lado do mundo pra você perceber que gosta de mim? -Minho diz com o sorriso bobo no rosto.

-Ei, mas se você também sentia algo por mim, por que não disse logo?

-Porque queria ter certeza de que você sentia o mesmo. Não queria estragar nossa amizade.

-Eu também tinha medo, e sinceramente, achei que você fosse hétero.

-Han Jisung! Você só pode ser muito lerdo pra não perceber o quanto eu flertava com você.

-O que?! Eu que flertava com você e você nunca percebeu.

-Tudo bem, então somos dois lerdos. Mas agora eu vou ser mais direto -Minho se aproxima da orelha de Han -Você quer ser meu namorado? -sussura bem baixinho.

-Achei que nunca fosse perguntar! É claro que eu quero Minho hyung.

-Por favor, não chame seu namorado de hyung. 

-Como quiser, Min...

-Vamos então que agora nós temos um encontro, namorado.

No restaurante, quem olhava nem falava que eles eram um recém casal, eles sempre foram tão próximos que as pessoas já viam eles como namorados, e não tinha mudado muita coisa, sempre se tratavam com carinho. 

Lee sente seu celular vibrar em seu bolso e vê que era uma ligação de seu substituto, pensou em não atender, mas como era muito responsável, atendeu para ver do que se tratava.

-Oi Chris, pode falar.

-Minho, desculpe te ligar essa hora, sei que deveria estar descansando mas é realmente importante. Chegou um novo projeto na empresa esta tarde e será necessário a colaboração de todos os membros do nosso departamento. Creio que não poderá tirar sua folga essa semana...

-Isso é sério? -Mino dá um leve suspiro. -Tudo bem, eu cancelo meus planos dessa semana. Te vejo amanhã. -encerra a ligação.

-Aconteceu alguma coisa? -Jisung pergunta preocupado.

-Sung, sinto muito. Acho que não vou conseguir passar muito tempo com você essa semana. Vão precisar de mim lá no trabalho, é muito importante.

-Min, não precisa se desculpar. -Han abre um sorriso sincero. -É o seu trabalho! Pode ficar comigo quando tiver tempo.

-Eu vou te compensar, eu prometo. Só não vá embora mais cedo.

-Não se preocupe com isso. -Han sorri.

Na casa de Lee, os dois resolveram assistir um filme juntos, queriam aproveitar o máximo de tempo juntos. Acabou por nem terminarem de assistir o filme. Ficaram nos beijos por um longo tempo e então adormeceram abraçados.

Segunda, terça e quarta foram dias bastante agitados. E sempre no final do dia, Chan, o amigo australiano do Minho, ia para a casa dele para terminaram mais coisas de trabalho. Jisung só observava tudo aquilo, esperando seu namorado ficar livre para terem um tempo a sós. Pela primeira vez na semana, na quinta, Minho tinha terminado seus deveres na empresa, agora teria tempo de ficar com seu namorado esquilo que estava se mostrando muito paciente diante daquela situação, afinal, ele tinha deixado tudo para trás em seu país só para ficar um tempo com Minho. Lee com certeza, no lugar dele já teria perdido a paciência.

Mas como tudo o que é bom dura pouco, quando Minho estava voltando para casa, recebeu uma ligação, ele precisava voltar e fazer mais algumas coisas. Seria rapidinho, então nem avisou ao Han porque imaginou que voltaria logo para casa.

Sem perceber, já eram onze horas da noite. Voltou para casa e se deparou com um esquilhinho adormecido no sofá, provavelmente esperando pelo namorado voltar. A mesa estava posta com uma comida que tinha um cheiro delicioso e dois pratos um de frente para o outro. Os dois pratos estarem limpos significava que Han não havia comido ainda. Minho se sentiu culpado por aquilo estar acontecendo, não queria que Jisung passasse por aquilo. Ele estava se esforçando tanto para ficar ao lado de Lee, que por outro lado estava imerso em seu trabalho. Qualquer um no lugar de Han entenderia que para Minho, o trabalho era mais importante que ele.

^o^

galeris, no próximo capítulo eu vou focar mais nos outros personagens pra não ficar muito chato.

outra coisa, vocês gostariam se tivesse um leve hot? me avisemm :)

até o próximo capítulo <3

Talking to the moonOnde histórias criam vida. Descubra agora