O paraíso está aqui, mas o inferno também

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Se é sua primeira vez por aqui seja bem vindo/a, se vc é da casa então já sabe como as coisas funcionam... Não banco a terapia de ngm

Boa leitura

💙

- Suirou, meu amor, não se esforce tanto e vá dormir um pouco. - Pediu Isao dando um gentil beijo no topo da cabeça de Suirou, observando o que ele redigia no computador.

Suirou tossiu suavemente, tirando seus óculos e esfregando os olhos.

Sua saúde nunca foi, e nem atualmente estava, um exemplo de saúde. Devido a carga de atividades da faculdade, o trabalho e os sérios problemas na família Suirou estava cada vez tendo mais ataques, e a cada ataque ele se danificava mais gravemente. Isso deixava Isao louco porque não tinha meios para parar o motor ansioso de Suirou.

- Você pode pegar um copo de café para mim? - Pediu se espreguiçando na cadeira, sentindo as costas doerem.

Isao girou a cadeira e ajoelhou um joelho na frente de Suirou, olhando profundamente para seus olhos e implorando silenciosamente.

- Vem comigo para a cama. Já são duas e meia e você não dormiu muito na noite passada. - Pediu segurando as mãos de Suirou.

- Você prometeu para mim que iria se cuidar mas não está se cuidando. Eu estou preocupado com você, meu amor. - Suirou sentiu o coração apertar de culpa... novamente ele estava magoando Isao.

Ele tocou e acariciou o rosto triste do homem. Suas sobrancelhas estavam arqueadas, emoldurando seus brilhantes olhos tristonhos, e os lábios comprimidos em uma fina e delicada linha que reprimia todas as palavras que ele queria dizer, mas não devia.

Suas mãos apertavam as mãos de Suirou com uma força gentil, como se implorasse com o silêncio.

Suirou respirou fundo e expirou lentamente. Era horrível ver que havia feito novamente.

Seus braços envolveram Isao e foi sua vez de beijar os cabelos dele com todo o amor e carinho que sentia por aquele homem.

- Desculpa... Fiz de novo. - Sussurrou com o amargor do seu coração subindo pela garganta e a travando, talvez sentindo lágrimas nascerem.

- Você não é uma máquina, meu amor. Você precisa parar um pouco, senão... Eu não quero te ver no hospital de novo. - Pediu inspirando fundo o cheiro de perfume nas roupas de Suirou.

- Mas o que eu faço, Isao? Eu estou tão... perdido. Meu irmão brigou com meu pai de novo e agora os trabalhos de fim de ano estão acumulando, todos me pressionam para fazer a quimioterapia... Estou sufocado e cansado de tudo isso. - Admitiu sentindo lágrimas encherem nos olhos.

A primeira regra estabelecida naquele relacionamento foi a sinceridade total quando um não se sentia bem. Isso era religiosamente respeitado por ambos os lados.

- Eu estou com você. - Sussurrou Isao levantando o rosto.

- Para sempre, não importa o que venha, vamos vencer juntos. Foi isso que combinamos. - Ele acariciou a bochecha de Suirou.

- Vamos resolver tudo que te incomoda e tudo ficará bem. Você pode começar dormindo um pouco. Confie em mim. - Ele balançou levemente a cabeça, instigando gentilmente, e Suirou sorriu um pouco antes de tocar seus lábios nos de Isao.

Se Isao disse que tudo ficaria bem, então definitivamente ficaria bem.

...

Já era perto das duas da tarde, mais uma vez Suirou estava em frente ao computador, mas logo teve que se levantar e sair de casa para atender outra emergência familiar.

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⏰ Última atualização: Mar 31, 2023 ⏰

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