Chapados em Nova York

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Aviso: cenas obscenas e palavras de baixo calão.

— JAMES —

Saímos há algumas horas de um pub no centro de Manhattan apoia uma noite de bebedeira. Ainda lembrava da receita da merda da bebida rosa que Samantha havia me ensinado da última vez e resolvi fazer umas doses pro pessoal da faculdade.

Resultado: estamos dirigindo lentamente, tentando ser os mais cuidadosos possível para uma trilha em uma parte deserta do Central Park. Lana cheirava a frutas vermelhas após a recém lavagem e pelas risadas baixas e arrastadas de Bruce nos bancos traseiros, estamos muito bêbados. Mas é uma noite de bebedeira em Nova York, tudo pode acontecer.

— Cara...eu tô completamente chapado. — solto, vendo um Bruce meio turvo, deitado nos bancos de couro.

A jaqueta dele estava jogada ao meu lado, e a camisa de botões meio abertas. Desvio o olhar percebendo que me deixei levar demais.

— Não sabia que tinham trazido esse maconha pro pub. — Bruce alega, surpreso — Nem que você usava.

— Não é nada disso. É aquela maldita bebida. — suspiro totalmente tonto — Dá última vez que alguém bebeu, a Kyle foi parar no telhado da casa da Sam, roubou minhas roupas e desapareceu com meu carro. No dia seguinte, ela não lembrava de nada.

Ele se senta.

— Está me dizendo que não vamos nos lembrar de nada do que fizermos essa noite?

— Provavelmente. — dou de ombros — Kyle e Miles sempre dizem que a bebida rosa é um passe pra uma noite inesquecível. Você bebe e faz o que quiser, sem medo do que os outros vão pensar.

Bruce balança a cabeça, concordado.

— Eu já faço isso sem beber nada. — solta uma risada.

— Acho que entendi o porquê de nos tornarmos amigos tão rápido. — brinco.

Fizemos um toque com as mãos e voltamos a observar a vista escura do lago do Park aquela hora da madrugada.

O lugar não precisa de energia, o céu estava em um azul claro com o nascer do sol próximo e ainda havia muitas estrelas. Aquilo não precisava de lâmpadas.

— Isso significa que nós temos um passe pra fazermos o que quisermos, dessa vez, com uma desculpa de que estamos bêbados. — Bruce explica, me fazendo o encarar com o olhar muito parecido com o que fazemos sempre que pensamos em aprontar.

— Gosto do seu jeito de pensar. —  abro um sorriso malandro — O que está desejando fazer, Bruce? — destravo o cinto de segurança, virando meu torso para trás, na sua direção.

— Vou fazer algo que eu tô querendo agora.

Foi aí que ele puxou a gola da minha jaqueta, então me beijou segurando meu rosto.

Demorei um tempo para entender o que ele havia feito. Eu não pensava que ele estivesse tão afim disso. Até confesso que eu pensava em umas coisas bem inapropriadas sobre ele quando o conheci, e percebi que tinha rolado um certo clima, mas nunca se passou pela minha cabeça que Bruce tivesse essa coragem, ele é sempre tão discreto (que bom que que estava enganando, não é mesmo?)

Bruce me puxou para perto, passou o polegar por meus lábios antes de devorá-los com intensidade. Segurei seu maxilar com as duas mãos aprofundando o gesto com minha língua. Sinto seu gosto, aquele líquido rosa nunca me pareceu tão gostoso.

Não demorou muito para que eu apenas me sentasse em seu colo, a fricção em nossos corpos nos deixando em chamas.

Gemo quando sua mão me segura pelos cabelos, os puxando para trás e se apossando do meu pescoço. Sorrio ao sentir o rastro quente da sua língua por minha pele por onde passava.

Contos de Greendale e RiversideOnde histórias criam vida. Descubra agora