IX- Gosto de te ver sorrir

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- Harry -

Acordo com alguém me chamando. Quando me dou conta que era Noah. Acho que dormi em seu abraço.

Acho estranho, eu contei ao Noah oque aconteceu e...pela primeira vez eu me sinto leve. É como se eu nem tivesse contado ou lembrado do passado, foi tranquilo...

- Tudo bem?
Noah me pergunta e me levanto de seu ombro.
De repente Noah ri e olho pra ele sem entender nada.

- O que foi??
- Sua carinha está amassada.
Ele ri denovo e olho no retrovisor do carro. Minha cara está amassada com a marca da camisa de Noah e ainda por cima estou com uma cara horrível de sono.

- Eu tô horrível!
Acabo rindo junto com Noah.

- Você tá lindo para!
- Atá bom viu! Minha cara da horrorosa!

Falo fazendo bico e reclamando.

- Se você estivesse todo sujo e vestindo um saco de lixo, eu ainda acharia você bonito.
Ele ri denovo e isso me fez bem. Acho que é o primeiro elogio realmente sincero que já ouvi, mesmo sendo bem estranho.

- Onde estamos?
Digo olhando ao redor quando vejo que não estamos mais no lago.

- Te trouxe pra comer. Pensei que estaria com fome, estava cedo quando saiu de casa.

Verdade eu saí de casa com tanta pressa que nem comi direito.

- Sabe que não precisava né?
Digo e Noah tira o sinto de segurança.

- Claro que prescisava vc ia morrer de fome?? Vamos Will!

Acabo sedendo pois realmente estou com fome. Saímos do carro e vejo que Noah me trouxe pra uma cafeteira chique do bairro. Nunca vim nessa.

Noah dá a volta e tranca o carro ficando ao meu lado.

- Vamos?
- Sim!

Digo olhando pra ele e o seguindo pra dentro da cafeteria. Nos sentamos em uma mesa da janela e percebi o quanto o dia está lindo.

Noah pega o cardápio e faço o mesmo.

- Vai querer oque Will?

Olho pro menu olhando como os valores aqui são altos. E percebo que não trouxe nada, nem celular nem carteira.

- Eu não trouxe dinheiro Noah!

O olho e percebo que ele está bem tranquilo sorrindo de leve.

- Eu te trouxe pra comer Will! Eu vou pagar pra nós dois.
- Tem certeza não quero incomodar mais. Já aconteceu aquilo...
- Ei! Tá tudo bem, aquilo que aconteceu não foi um peso pra mim. Agora eu sou seu amigo Will, pode contar comigo.

Sorrio agradecendo e fazemos o pedido. Eu peço um expresso de baunilha com um pedaço de bolo, e Noah pede um café e um pãozinho de manteiga.

Comemos em silêncio, mas eu estava confortável ao lado dele. Depois que Noah pagou nosso lanche fomos andar um pouco.

- Noah...
Ele me olha, estávamos andando um do lado do outro na calçada.

- Pode não contar pra ninguém sobre o que houve comigo?
- Eu nunca contaria Will. Senti que aquilo foi muito pessoal seu. Fica tranquilo não vou falar nada.

Ele sorri pra mim e concordo com ele.

- Quer ir pra casa?

Olho pro chão e paro na calçada. Fico de frete pra Noah.

- Tenho que ir. Minha mãe já deve ter ido embora.

Olho pra ele e vejo Noah olhar de volta.

- Obrigado por me contar.
- Acho que confio em você Noah!

Sorrimos e Noah pega em minha mão sinto um arrepio e meu coração acelerar. Voltamos pro carro indo de volta pra casa.
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Ao chegarmos em frente a minha casa. Tiramos o sinto ainda dentro do carro e olhamos um ao outro.

- Obrigado! Por hoje e por tudo que fez por mim.

- Não tem que agradecer Will! Gosto de te ver sorrir e não chorar.

Sinto algo novo dentro de mim crescer. Acho que agora eu realmente gosto de estar com Noah. Ele me faz bem e sinto que ele sente o mesmo.

- Posso pegar seu número Will?
- Claro!

Tinha percebido ainda não tínhamos trocado de número desde o dia que nós conhecemos.

Falo meu telefone pra ele e Noah salva em seu celular.

- Eu te mando mensagem pra você me salvar.

- Tá bom! Tenho que ir vovó deve tá preoculpada nem avisei ela porque esqueci o celular.

Noah me olha e concorda, parece meu triste mas quando ele sorri esqueço isso. Nos despedimos e vou até a porta de casa.

Noah fica me observando até eu entrar em casa. Acho que nunca vou cansar de ser vizinho dele.

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Quando o sol se pôr. - PAUSADOOnde histórias criam vida. Descubra agora