Caso #10: Memórias no antiquário.

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Oi, doces leitores. A titia voltou!

Amaram? 🥰🥰🥰

Foram meses devastadores. Meses de muito bloqueio, episódios depressivos e que, posteriormente, se agravaram com o ritmo de uma vestibulanda do terceiro ano. Mas cá estou eu, com um capítulo extenso e cheio de detalhes novinhos em folha! :')

Eu diria que esse foi um dos mais pesados (emocionalmente) de escrever. Tem muito o que vocês irão descobrir sobre o Juju. A maioria é...difícil de digerir. Então, como sempre: muito cuidado ao lerem. É possível que tenha vários gatilhos para alguns.

* ALERTA: VIOLÊNCIA FÍSICA, PSICOLÓGICA E MORAL; DISSOCIAÇÃO; MORTE; TORTURA E EXPOSIÇÃO DE CADÁVER. *

Com muito carinho, boa leitura - comentem bastante, hein!!!


H.J.K.

O tilintar de um sino zumbiu vagarosamente em meus ouvidos. Senti minha mente tão distante e imersa em suas profundidades que meu corpo se espreguiçou de forma descansada, e aquele som tocou novamente, como se quisesse fazer-me despertar de um coma profundo. Era o sinal da escola, assim que o ponteiro do grande relógio da torre, logo ao lado da base central, parou às oito horas, anunciando que havia chegado o horário de todos estarem em suas respectivas classes para o terrível começo das aulas naquela manhã nebulosa de inverno.

Fácil era descrever o quanto eu queria estar longe daquele tumultuado ambiente, porque todos me olhavam de cima a baixo com desdém, outra vez.

Desde que eu havia começado a estudar em uma instituição de militares para garantir um próspero futuro, há exatos três anos, um grande batalhão tomou partido em ter a gentileza de me encarar toda a vez em que era visto nos arredores de alguma sala ou até mesmo da cantina aos alojamentos internos para meninos — como se as escolas do nosso país já não carregassem a forte cultura da rigidez e disciplina escolar nas costas, me submeti às vontades de mamãe em querer o nosso melhor.

E, de certo modo, era compreensível, ela tinha suas razões. Até minhas irmãs estudavam em escolas recatadas, isso sem contar o fato de Stephanie ter entrado para a universidade de moda e estar terminando um curso de etiqueta para modelos esse mesmo ano. E Junghyun, bom...ele era um dos motivos pelos quais eu me cobrava tanto. Estudávamos juntos, já que éramos gêmeos. E isso, é claro, tinha lá suas diferenças discrepantes: eu era o CDF singular — sendo bem gentil nos adjetivos —, ele era o popular bonitão. Provavelmente já devem imaginar a que fim isso poderia chegar.

No entanto, minha adaptação foi ainda pior do que eu imaginava. A partir do momento em que coloquei meus pés naquela escola, minha vida foi transformada em um completo inferno na terra. E não há hipérbole nessa frase.

Como em qualquer internato, vivíamos e passávamos a semana inteira na escola, inclusive, dividindo quartos com outros colegas no dormitório. Esse é um dos pontos em que mais acabei me ferrando na história, talvez pelo simples fato de não ter paz um dia sequer. E se você pensa que era simplesmente mudar-me de quarto ou pedir para trocar o meu colega, sua ingenuidade consegue ser ainda mais aflorada do que a do pequeno Jungkook de algum gélido tempo atrás.

Ao decorrer do tempo em que estive estudando ali, consegui fazer um ou dois amigos, mas já estávamos no último ano do ensino médio e eu, com dezessete anos e meio, já havia sido diagnosticado com sérios índices de fobia social. Todas as vezes em que acabava em algum lugar muito barulhento, em apresentações ou simplesmente para falar com um público maior, isso acabava por acarretar em crises intensas de pânico. Quase sempre saía correndo para um dos banheiros mais afastados na esperança de conseguir me debruçar em lágrimas sôfregas debaixo de uma mochila da Hello Kitty, ou me escondia dentro de um armário qualquer para não ser perseguido e caçoado pelos alunos mais velhos do ensino médio.

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⏰ Última atualização: Sep 05 ⏰

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