Adagio

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RainbowTU: De volta com a fic!

Quando forem ler a carta do Søren pra mãe, vocês vão ver um "(riscado)" em certo ponto. É porque a palavra anterior deveria estar tachada, indicando que ele escreveu e depois riscou a palavra, mas como o site não aceita tachado, ficou dessa forma, ok?

Boa leitura!

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"A bordo do RMS Titanic, 12 de abril de 1912

Mor,

Encontrei a primeira carta e irei enviar junto com esta. Não tem informação nova nenhuma, mas é sua, então será enviada da mesma maneira.

A situação mais estranha me aconteceu ontem, mor, deixe-me te contar. Um passageiro italiano estava com a sua carta em mãos e veio me entregar. O vento a levou até ele e acabou que não a recuperei, imaginei que a tivesse perdido de vez. Isto em si não é o que me causou estranhamento, mas o desenrolar que se sucedeu. Agora, além de oficial, tornei-me professor de dinamarquês básico, acredita? Não, não vou desenrolar tudo agora, tenho pouco tempo mas farei isto em breve. Você e far tiveram um só filho que neste momento desempenha as profissões de vocês dois a um único tempo. Quem diria?

A propósito, meu suposto aluno chama-se Namjoon Marini, ou Niccòlo, porém ele prefere Namjoon, e é um pouco coreano, assim como far. É bastante orgulhoso disso. Talvez você gostasse de o conhecer, caso pudesse. Tem o bom humor típico dos italianos e uma beleza porte muito presente. Gostaria mesmo dele, mor. Ele tem um jeito próprio de ser agradável, não muito parecido com o nosso, mas encantador. Acho mesmo que gostaria dele. É a única pessoa que me chama de Seokjin, além de far. Não acha curioso isso? Eu acho e, talvez no fundo, goste. 

Din søn,

Søren."


Taehyung estava achando a cena hilária. Nunca em toda a sua vida imaginou Namjoon daquele jeito, sentado entre crianças, atuando como uma espécie de preceptor para elas. Mas lá estava ele sentado no banquinho de madeira do piano com Haewon e Haeun no chão ao seu redor. Ensinava para elas, entusiasmado, um tal novo idioma que tinha acabado de aprender algumas palavras.

Namjoon era um sujeito empolgado. Uma aula com um estranho —  que nem professor era —, e já se sentia o maior entendedor do assunto ao ponto de sair ensinando aos demais. 

— Vamos, Haeun, pergunte a Haewon como ela se chama em dinamarquês! — O jovem artista tinha um sorriso farto.

— Mas eu já sei como ela se chama! — A garota cruzou os braços, a testa franzida. — Por que perguntar isso?

— É somente para treinar o novo idioma. Vamos, pergunte!

— Que tolice perguntar coisas que já se sabe! — A menina bufou, revirando os olhos. — Haewon, como você se chama? — perguntou virada para a irmã que riu de sua expressão. 

Dio mio, em dinamarquês, Haeun! — Foi a vez de Namjoon de bufar. — Diga-me, como dá conta de lecionar para crianças? — Levantou o rosto para o outro irmão, escorado na parede rindo. 

— Cada um com seu dom, mio fratello. Você tem o talento das artes, eu tenho o talento das salas de aula. — Foi até o maior, tomando dele as anotações e dando uma lida. — Como se pronuncia isso? 

— Desta maneira — Namjoon pegou o caderno de volta e leu num sotaque sofrido e com dicção errada, mas cheio de determinação.

— Parece-me impossível dizer qualquer coisa a partir desta junção de letras. Tem algumas aí que nunca vi. 

Sonata dell'unico amoreOnde histórias criam vida. Descubra agora