Edel sabia que tinha que se levantar para ir as docas, mas vê Prinz dormir em seu peito lhe impedia de ter quaisquer pensamentos sobre trabalho.
Prinz era um presente dos deuses, um menino de cinco anos por quem Edel moveria montanhas só para vê-lo sorrir.
Edel calmamente colocou Prinz para deitar em seu travesseiro, o pequeno sequer se mexeu roncando baixinho. Edel bufou quando viu uma silhueta conhecida no quintal.
"O que está fazendo aqui tão cedo? O sol sequer está radiante." - Edel sorriu para a moça que o olhava com desdém.
"Vim ver o pequeno Prinz, você deveria deixá-lo mais comigo." - Madelyn entrou na casa e seguiu para a mesa. - "Hoje você deveria tomar cuidado, soube pelos bares da cidade que por causa do baixo voluntariado dos plebeus, os guardas estão pegando plebeus aleatórios."
Edel bufou para Madelyn, sentando-se na mesa Edel pegou um pedaço de broa de fubá e mordeu olhando sarcasticamente para a amiga.
"Tenho certeza que posso me defender dos guardas, com uma mão." - Edel falou mostrando a mão para Madelyn que entendeu as entrelinhas.
"Às vezes esqueço do motivo de você trabalhar nas docas e no porto, me preocupo à toa não é mesmo." - Disse Madelyn revirando os olhos e sorrindo para a porta.
"TIA LYN!!" - A voz sonolenta do pequeno Prinz alegrou a todos na mesa, correndo em direção a Madelyn.
"Bom dia, meu anjinho." - Madelyn e todos que conviviam com Prinz o amavam, tanto pelo jeito doce quanto pela esperteza afiada. - "Agora vá pegar seus brinquedos e dê tchau para seu papai, vamos ficar no sítio da Dona Ivonne."
Edel sorriu quando viu Prinz correr para o quarto, virando para Madelyn entregou a bolsa que Lilian tinha dado para Prinz.
"Que galanteador, mas pelo que me lembro você não é um amante de mulheres." - Madelyn se aprumou toda e sorriu da própria piada.
"É um presente da Lilian para o Prinz." - Edel soltou sabendo da desavença das duas mulheres. - "Deve ser mais um dos bonecos de madeira feito à mão."
Madelyn ia responder mas Prinz apareceu com uma pequena mochila de pano nas costas e sorrindo. Edel viu o pequeno Prinz correr para fora gargalhando e com Madelyn no seu encalço.
Lavou a louça do café da manhã e saiu da casa, pegando no caminho Prinz e Madelyn, pegou o filho no colo e o beijou na testa acenou para Madelyn e seguiu para as docas.
Ao entrar nos portões da capital real, sentiu-se vigiado por muitos ângulos diferentes e percebera também o baixo fluxo de transeuntes plebeus, ficando claro que os mais sensatos tinham se escondidos ou saído da capital.
Em contra partida, os filhos de comerciantes já se emplumavam como pavões no cio, se vangloriando de coisas que não são reais ou que sabiam que poderiam pagar por isso.
"Contanto que não venham de graça, está ótimo." - Não demorou muito para Edel chegar nas docas e pegar as primeiras remessas de caixotes e baús. - "Quanto mais rápido eu entregar isso, mais rápido posso sair da mira dos guardas."
No Palácio real
A reunião dos membros da família real não saiu como planejado e com os números de inscrições de plebeus extremamente baixos, o torneio seria desigual demais e com a vinda de nobres de classes mais baixas e filhos de burgueses e comerciantes, os plebeus se viram fora das obrigações para com a família real.
"Nem mesmo colocando uma bolsa de moedas de ouro, chamou a atenção dos plebeus senhor." - O ministro ds finanças falava com pesar na voz. - "No torneio passado dos cem participantes para toda a linhagem real, somente quinze eram de fatos plebeus e os mesmos quinzes se desclassificaram de alguma forma na primeira rodada."
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A Rejeição de um Nobre - Contos SOS (3° Edição)
FantasiDescontente com a família real e seus súditos, um jovem morador da Cidadela da Tamarineira acaba sendo forçado a entrar em un torneio pela honra de se casar com o segundo príncipe herdeiro