Capítulo 3

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Capítulo 3

“Sim, claro.” Respondi sarcasticamente passando por eles.

Dirigi-me à porta. Assim que a abri, o frio de Dezembro bateu contra o meu corpo, fazendo-me tremer. Mas ao mesmo tempo este vento fez-me bem. Fez-me sentir livre como se nada nunca se tivesse passado e eu não tivesse nenhuma preocupação.

Sentei-me num banco de jardim perto de uma grande árvore. Coloquei os pés no banco, puxei os joelhos contra o meu peito e rodeei-os com os meus braços. E pensei… Pensei na nossa conversa. Correu melhor do que eu estava à espera. Julgava que ele ia gritar que me odiava, que estava tudo acabado de vez, que nunca mais me queria ver. É verdade que a nossa conversa não começou da melhor forma, mas fiquei com esperança que vamos superar mais uma fase na nossa relação e que finalmente podermos ser felizes juntos.

Ele ficou chocado quando lhe disse que o amava. Com certeza que não estava à espera, mas não consegui esconder mais os meus verdadeiros sentimentos por ele. Eu vou lutar por ele, quero que ele perceba que tudo o que lhe disse foi verdadeiramente sentido e que nunca lhe menti. Vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para ter o rapaz que amo ao meu lado.

Olhei á minha volta. O vente de Dezembro soprava com força fazendo o meu cabelo tapar o meu rosto. O vente fazia-se ouvir e surpreendentemente o dia estava solarengo. Estava um dia bonito, apenas o frio se fazia sentir, o que me fez lembrar que não trouxe o meu casco comigo.

De repente o som de um telemóvel seguido se uma asneira fez-se ouvir. A minha cabeça virou-se de imediato para o sítio de onde vinha o barulho.

“Está aí alguém?” perguntei a medo. Levantei-me devagar do banco e caminhei lentamente para a origem do barulho. Coloquei as mãos no tronco da árvore e parei tentado ouvir mais barulhos. Mas eles nunca vieram. Andei mais um bocado. O meu coração batia a mil. Será que alguém me está a espiar? Alguém que me quer raptar? O meu lado psicótico estava a apoderar-se de mim neste momento. Cheguei finalmente ao sítio de onde vinha o barulho, e nada. Não estava lá nada, nem ninguém. Será que imaginei isto? Que estranho.

“Ana? Onde estás? Ana?” Saltei com a voz do Niall a chamar-me. Coloquei a minha mão no meu peito e tentei controlar a minha respiração. Saí de trás da grande árvore e voltei a sentar-me no banco. O Niall sentou-se ao meu lado no banco e colocou o seu braço em volta dos meus ombros chegando-me par ele. “Estás bem?” perguntou carinhosamente.

“Acho que sim.” Sussurrei e aninhei-me mais contra ele.

Ficamos em silêncio por alguns momentos, apenas a disfrutar da companhia um do outro.

“Eu disse que o amava.” Disse quebrando o silêncio.

“Como é que ele reagiu?” sussurrou ao meu ouvido.

“Ficou chocado, ele não estava mesmo à espera.” Suspirei “Ele disse que precisa de pensar. E se ele não me aceitar de volta? Se ele não me amar? Se perceber que deixar a Perrie foi um erro? Se—“

“Hey, hey.” Interrompeu-me. Afastou a minha cabeça do seu ombro e olhou-me nos olhos. “Não penses nos “ses”. Todos sabemos que aquele rapaz é doido por ti. Ele vai perdoar-te, só tens que lhe dar tempo. Ele pode estar magoado, mas fica ainda mais se não te tiver com ele. Tudo vai correr bem ok?” Assegurou-me. Colocou a sua mão sobre o seu coração e com um sorriso nos lábios disse “Palavra de melhor amigo.” , fazendo-me rir.

**

“Anda lá Ana, vamos dançar.” Implorou o Harry, tentado levantar-me do sofá.

“Não, a sério. Não estou com disposição e para além disso eu não sei dançar.”

Perfectly Imperfect (2ªtemporada AUL)Onde histórias criam vida. Descubra agora