Capítulo 12

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Duas semanas passaram a voar. Mas como se eu não desse por isso. Estava tudo uma confusão. A relação com a minha mãe continuava na mesma. Desde a nossa discussão, temos mantido as nossas conversas a poucas palavras. Apenas 'sim', 'não', 'talvez'. Sinceramente já não sei o que pensar, o que fazer. O meu irmão anda estranho, quase não fala, sempre com a cabeça na lua. Tenho quase a certeza que ele deve de saber alguma coisa e não me diz nada. Sem que não o devo pressionar, mas estou mesmo curiosa para saber o que se passa.

No meio disto tudo, o Zayn tem sido quem me tem dado apoio. Não sei o que faria sem ele. Nem sequer quero imaginar a minha vida sem ele. Posso parecer dramática, mas já passei por isso e não quero que volte a acontecer.

Tenho passado os meus dias praticamente todos com o Zayn. Com ele sinto-me segura, é como se não pertencesse a mais sítio nenhum, mas apensa ali com ele. Mas por um lado sinto-me mal, porque tenho afastado os meus amigos para estar com o Zayn. As raparigas têm-me perguntado várias vezes para fazermos um programa apenas de raparigas, mas a minha resposta é sempre a mesma 'Desculpem, já tenho coisas combinadas com o Zayn. Espero que elas não fiquem chateadas comigo.

E depois há o Niall. Tenho sido uma péssima melhor amiga. Quase que já não falo com ele e tenho reparado no seu olhar triste e distante. Cada vez que estamos todos juntos, reparo que ele está sempre no seu próprio mundo. Há muito tempo que não o vejo sorrir, e sinto-me horrível por haver a possibilidade de a culpa ser minha.

Agarro no meu telemóvel que está na mesa de cabeceira e começo a compor uma mensagem.

Ana: Desculpa, Niall. Tenho sido a pior melhor amiga do mundo.

Enviei e voltei a coloca-lo na mesa de cabeceira. Levantei-me e olhei o meu quarto. O meu olhar focou-se na minha parede com todas as minhas fotografias. Recentemente juntei à minha colecção fotos do Zayn e dos meus amigos. Sorri ao relembrar todos os momentos. Realmente tinha sorte em ter uns amigos e um namorado maravilhosos. Infelizmente sinto que não estou a retribuir. Sinto-me egoísta.

Um som vindo do meu telemóvel fez-me saltar. Caminhei até à minha mesa de cabeceira e agarrei no meu telemóvel. O som era proveniente da mensagem que o Nial me enviara.

Niall: Ok.

O quê? Um simples ok? Isso deve significar que ele está furioso comigo. Respirei fundo, e marquei o seu número iniciando a chamada. Coloquei o telemóvel ao ouvido e esperei que ele atendesse. Tocou e tocou, mas ele não atendeu. Ele não me quis atender, visto que tinha acabado de mandar uma mensagem.

Ana: Por favor Niall, atende.

Depois disto voltei a tentar contactá-lo. Tocou e tocou, mas quando estava prestes a desligar a sua voz soou.

"Estou?" atendeu.

"Niall " suspirei de alívio por ele me ter atendido. "Niall, desculpa, a sério des-"

"Já disses-te isso." Suspirou.

"Sim, mas acho que não vão ser vezes suficientes."

"Acho que isto não é assunto para ser falado por telefone. Podes passar por minha casa?"

"Claro, pode ser agora?" perguntei nervosamente.

"Hum... sim, podes vir."

"Ok, vou para aí agora." Sem me dar mais tempo para falar, desligou o telemóvel.

Fechei os olhos por uns momentos e respirei fundo. Coloquei o telemóvel no bolso das calças e saí do meu quarto. Dirigi-me à sala onde estava o Fábio a ver tv e peguei na chaves de casa. Saí, fechando a porta atrás de mim. Parei e olhei me meu redor. As árvores abanavam devido ao vento que se fazia sentir. Coloquei os braços em meu redor, tentando aquecer-me. Caminhei até à porta de casa do Niall e toquei à campainha. Esperei por uns segundos e a alguém abriu a porta. Do outro lado estava o rapaz louro com quem queria tanto falar.

Perfectly Imperfect (2ªtemporada AUL)Onde histórias criam vida. Descubra agora