Capítulo 8

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A ultima semana seguiu bem, a próxima reunião da toman seria no final do mês e eu participaria dessa vez como membro.

Notei mais pessoas me perseguindo desde que surrei o garoto da Valhalla, creio que sejam da Valhala mesmo ou sei lá de onde, mas não eram da Toman, eu não conhecia nenhum deles.

Um em especifico era um cara com uma tatuagem no pescoço, aparentemente gentil, mas não tenho motivos para ser simpática com ele.

Não recebi ligações ou noticias da minha família desde a última ligação. Não deveria me preocupar, elas falaram que tava tudo bem por lá e por aqui também está, fora que a minha mãe tem falado com a Zoe então, sem preocupações. E estou recebendo alguns papeis da empresa da Zoe, que está sem muitos funcionários. Eu ajudo ela e ela me ajuda. Justo.

A cada dia que se passava eu me sentia mais próxima do pessoal, principalmente das meninas, do Mikey e mais ainda do Mitsuya.

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- Você demorou hoje – Emma sussurra enquanto eu me sento chegando atrasa para a primeira aula

- Perdi o horário – respondo tirando os materiais da mochila

- Mitsuya estava te procurando mais cedo

- O que ele queria? – me viro pra ela que dá de ombros

As aulas seguiram e no intervalo eu não achei ele e quando fui até a sala uma garota gritou comigo dizendo que eu não podia entrar

Estava curiosa, provavelmente ele iria falar sobre o uniforme e a minha decisão.

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Quando as aulas acabam volto até a sala de costura, ele deveria estar por lá ainda. Vejo várias garotas saindo e enquanto me aproximo da porta tomando cuidado pra não esbarrar na garota de mais cedo

- Mitsuya? – chamo olhando para todos os lados da sala

- Aqui! Pode entrar – ele grita de algum lugar que eu não vejo

Sigo sua voz até uma outra sala um pouco afastada da principal

- Emma disse que você estava me procurando e eu não consegui entrar aqui no intervalo – digo enquanto o vejo escrever num caderno com uma fita na outra mão

- Ah sim, preciso das suas medidas para as roupas da Toman – ele finalmente me olha – pode fazer isso agora?

- Por mim tudo bem – respondo

- Se quiser se sentar, estou terminando algumas anotações – ele diz enquanto voltava a escrever

Me sento numa mesa um pouco a frente o observando

- Então – ele começa – você decidiu rápido né? Mikey disse que te deu uma semana e você respondeu no dia seguinte

Ele não parecia tão concentrado na conversa

- Sim, me pareceu interessante participar de uma gangue então eu aceitei

- Eu sei que você sabe se defender mas precisa levar isso mais a sério - Ele diz se levantando e pega uma fita e um caderno enquanto se aproxima - me preocupo com você

Ele diz sem me olhar

- Certo

- Então... eu pensei em um modelo

Ele me mostra, é uma blusa regata e uma calça larga preta com detalhes amarelos nas laterais

- Não se compara ao que vai ficar quando estiver pronto, só rabisquei pra ter uma noção do que fazer. Esse é o modelo principal, fora a jaqueta, cinto e os assessórios que são os mesmos, eu decidi mudar um pouco do original.

Ele me mostra enquanto explica

- As meninas sugeriram uma saia, mas acho que não seria tão prático pra lutar

- Seria legal uma saia – rio olhando pra ele – mas você tem razão, é mais prático, vou lutar melhor

- Então... podemos começar? – ele diz pegando a fita e uma caneta

- Ah tudo bem, como você costuma fazer isso?

Ele passa a mão na cabeça envergonhado

- Em geral eu não te pediria isso, mas o modelo da roupa é justo então acho que – ele insinua e começa a corar

Ele não precisa terminar de falar pra eu saber que vou precisar tirar a blusa

Olho para ele e vejo que ele olha a parede atrás de mim, ainda corado

- Não é como se você estivesse fazendo isso pela primeira vez, calma, você só vai tirar algumas medidas – rio de sua cara tentando parecer mais tranquila que ele

Jogo a blusa em cima da mesa e então ele me olha

- Ok

Ele passa a fita sob meu busto e eu puxo o cabelo num coque

Quando ele para atrás de mim deixa a fita cair e eu já sei que ele se assustou com a cicatriz

- S/n... – sussurra

Suspiro e me viro pra ele que me olha confuso

Não sei se deveria ter deixado que ele visse, a cicatriz é grande o suficiente para cobrir metade das minhas costas. Mas confio nele e, embora ela não tenha relação coma minha vinda para o Japão, eu aproveitei para finalmente poder contar tudo a alguém.

- O que aconteceu? – ele arregala os olhos assustado e confuso

- Olha, Mitsuya... precisamos conversar – digo voltando a me sentar – tem tempo o suficiente?

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Eu diria que em geral ela não precisaria tirar a camisa pra ele medir, ele poderia só ter feito um tamanho menor com um tecido mais maleável (acho que assim que fala), aí se precisasse de ajustes ele veria isso sem que ela precisasse tirar também. MAS SEGUE O ROTEIRO, TO SEM IDEIA

Relevem os erros ortográficos, vou revisando e corrigindo quando tiver tempo.

Obrigada por ler!

( ˘ ³˘)♥

☽ Only one ☾ - Tokyo Revengers Onde histórias criam vida. Descubra agora