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Teddy correu pelos corredores do hospital após terminar a cirugia que falhou na mãe de Cristina, agora a mulher estava morta, sua namorada correu para longe, provavelmente em luto por sua mãe, Cristina ainda tinha seu padrasto e sua irmã internados, sob supervisão, essa foi a última notícia que ela teve, no início do dia Teddy não imaginou que terminaria assim, com luto, tristeza ou melancólia por todo lado, ela só esperava que o dia fosse ao menos alegre.

Procurando como louca por sua esposa, pensando se algo aconteceu em sua ausência, Cristina estava bem? Ela estava segura? Teddy se arrepende de ter sido grossa com Cristina mais cedo, se arrepende de não querer vir aqui. - Preocupada como Cristina deveria estar agora, Teddy só conseguia se imaginar dando um abraço apertado em sua esposa, deixando ela segura em seus braços, nada poderia tira-lá de lá.

Então, Teddy se apressou ainda mais quando viu de longe Meredith, ela também estava com April e Owen, mas nenhum sinal de Cristina.

—— Meredith! Você viu a Cristina? O Senhor Rubenstein está bem? - Teddy falou rápido colocando a suas mãos em seu joelho, buscando por ar.

—— Ela foi ver a irmã dela, ela teve um ataque de pânico. - Meredith disse num tom triste.

—— O que!? E ela está bem? Ela chorou? Aconteceu alguma coisa? - Teddy preocupada falou rápido.

—— Ela está bem, mas infelizmente o senhor Rubenstein não resistiu. - April completou

—— Mais que droga! - Teddy praguejou alto.

—— Tudo, exatamente tudo, está dando errado, eu não consigo entender isso! - Mais uma vez, Altman gritou enquanto andava na direção oposta.

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Os dias se passaram, a irmã de Cristina entrou coma, e desde então Yang não sai mais do quarto de sua irmã, exceto uma vez, foi para resolver o enterro de seus pais, ela não sorri mais, ela não está mais ali, não era mais a Cristina, parecia ser outra pessoa, sem esperança no mundo, sem acreditar na bondade das pessoas, Teddy já não sabe o que fazer, seu peito aperta quando vê a sua esposa chorar no leito de sua irmã.

Cristina já não fala com Teddy, mas, Altman não teve coragem de pedir desculpas, não conseguiu chegar perto da mulher, já tentou falar com ela, mas parece que ela não escuta, Cristina Yang só ficava encarando o corpo de sua irmã, há cada minuto de cada dia, exatamente já se passaram 1 semana desde que seus pais haviam falecido, tentando esconder seus sentimentos bem lá no fundo.

Naquele silêncio mortal, Cristina estava lá, sentada numa cadeira, ela ouviu o aparelho dar seu último apito, e assim, aquele negócio parou, assustada Cristina olhou para o aparelho, sua irmã estava  morrendo.

—— Não! Por favor não faz isso comigo. - Cristina exclamou, indo até a irmã, ela começou a fazer a massagem cardíaca.

—— Se você morrer, eu vou morrer, ouviu? - Cristina continuou a fazer a massagem cardíaca enquanto falava.

Naquele momento não havia nada que deixasse Cristina desconcentrada, ela não iria deixar sua irmã morrer, não daquele jeito, Cristina se recusou deixar ela partir, nada mais importava agora.

—— Eu preciso de um carrinho de reanimação! - Cristina gritou com toda a sua força.

As enfermeiras entram no quarto com o carrinho, e prepararam tudo, enquanto Cristina ainda reanimava a irmã.

—— Doutora Yang, Você não pode fazer isso, é contra as regras do hospital - Uma enfermeira falou

—— Não ligo para as regras quando se trata da minha irmã - Cristina aumentou o tom de voz, não ligando se foi rude com a enfermeira, só querendo salvar a sua irmã.

Últimamente sua vida tem sido confusa, seu casamento caindo aos pedaços, metade de sua família morreu, Cristina precisava de um tempo para processar tudo isso, talvez, em algum lugar em sua alma, tem uma pessoa se corroendo de angústia, mas ela está guardada em uma caixa, sabe? Tanta coisa acontecendo, como Cristina ousaria ter a coragem de contar a Teddy o que estava se passando com ela?

Derrepente Cristina se viu eletrocutando o coração de sua irmã, cansada, confusa, sem sequer dar uma palavra com nenhum ser humano? Como ela chegou nesse estado? Dividir suas emoções não era o forte de Cristina, após de ter uma crise de pânico, ela não poderia ser vista assim novamente, ela tinha a fama de ser uma 'robô' e aonde está está pessoa? Pensando mesmo se valia a pena viver com esse peso na consciência, arrumar um terapeuta? Isso era coisa para os fracos, admitir que está precisando de ajuda mentalmente, é um ato corajoso e difícil, coragem é uma coisa que Cristina não tem agora.

Novamente, Cristina suspirou aliviada com o barulho das máquinas alertando que sua irmã voltou a vida, soltando os aparelhos, Yang se aproximou de sua irmã e tocou suavemente o rosto de sua irmã caçula e deu um leve sorriso, feliz e aliviada por não tê-la à perdido.

A mulher se afastou dela e se sentou na cadeira que havia logo ali, vendo as enfermeiras irem embora, Cristina notou uma pessoa se aproximar lentamente, já sabendo quem era, e já sabendo que estava 'encrencada', a mesma bufou, já sem paciência.

—— Você sabe o que você fez aqui é EXTREMAMENTE contra as regras do hospital - Teddy brigou com a sua esposa que lhe olhava feio.

—— Mas ela 'tava' morrendo! O que eu iria fazer? Ficar assistindo ela morrer? - Cristina rebateu grosseiramente, Teddy saiu de perto da porta do cômodo e a fechou, o máximo de privacidade ali era pouco.

—— Ok! Ela estava morrendo! Mas você não pensou em chamar ajuda? O mundo não gira só em torno de você Cristina! Que você é sol da terra! Está sentada aí mais de uma semana, e nem pensou em falar comigo!? - Teddy gritou com raiva, sem nem ao menos pensar em medir suas palavras, Teddy com raiva das ações de sua esposa, já não conseguiu segurar o quão brava ela estava.

—— Oh, então esse é o assunto? - Cristina deu uma risada sem humor —— Não é sobre a minha irmã quase morrer, é sobre eu sentar aqui e não falar com você? - Cristina Yang abaixou o tom de sua voz, não estava com paciência para discutir com a sua esposa, sua cabeça já estava doendo.

—— É sim, você não conta o que está acontecendo, já parou para pensar que você não é a única que está sofrendo? Você só senta aí e fica olhando a sua irmã, o que você quer que eu faça? Você nem fala comigo Cristina. - Teddy mais uma vez gritou com a mulher, já sem paciência, Altman se aproximou mais e mais da mulher ficando cara a cara com ela.

—— Pelo o que você esta sofrendo? Qual o problema eu ficar sentada!? Eu quebrei alguma regra fazendo isso? - Cristina rebateu

——Você só fica aí se lamentando! Sua mãe morreu, ok! Você não gostava dela, seu padrasto morreu, o que você vai fazer? Voltar no tempo? Você precisa seguir em frente, faz 1 semana, ande, levante! - Teddy segurou no braço de Cristina, a puxando à força, não ligando se estava machucada sua esposa.

𝗖𝗲𝗴𝗮 𝗱𝗲 𝗔𝗺𝗼𝗿 ━━━━ 𝗧𝗘𝗗𝗦𝗧𝗜𝗡𝗔 (REESCREVENDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora