Primavera

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Primavera

– Quanto tempo falta? – Sirius perguntou no tom rabugento infantil de sempre.

– Você perguntou isso há dois minutos Six, está parecendo uma criança. – Remus ainda falava com paciência, por mais que ela estivesse se esgotando.

– Eu só estou ansioso.

– Já sabemos e só estamos indo ao parque. – Ele falava o mais neutro possível, por mais que internamente também estivesse animado.

– De qualquer forma… É emocionante! – Sirius olhava pela janela a paisagem bonita, ansioso em ficar um tempo a sós com Remus.

Remus e Sirius estavam indo para um parque natural, como era primavera, estaria cheio de flores.

– Chegamos, o que você quer fazer primeiro? – Remus perguntou.

– Comer.

– Quem? – O sorriso malicioso nos lábios de Lupin fez Sirius revirar os olhos.

– Comida, Remus. – Falou bufando.

– Seja menos rabugento, que tal?

– A gente já está chegando?! – E mais uma vez Sirius perguntou. Igualzinho o burro de Shrek.

– Sim. Pare de me perguntar isso igual um tagarela.

Em modo de espera, Sirius começou a batucar "Don't Stop Me Now", e em dentro de uns sete minutos eles chegaram.

Lírios eram as flores preferidas de Remus, e Tulipas as de Sirius.

– Moony, tem tulipas! – Sirius gritou animadamente ao ver as flores que tanto ama e passou o braço pela cintura de Remus, enquanto deixava um beijo estalado na bochecha do próprio.

– Esse era o segredo!

– Tinha um segredo?

– Não, mas finge e não estraga o clima.

– Eu te adoro tanto.

– Piquenique? – Remus tinha a cesta em uma mão, e a outra estava entrelaçada na de Sirius.

– Piquenique. – Sirius concordou se soltando de Remus e começando a ajeitar a toalha no chão.

– Esse sanduíche tá muito bom.

– Você que fez.

– Exatamente, eu sou um astro na cozinha. - Remus e Sirius riram e começaram a comer deixando o ambiente em um silêncio confortável.

Depois que eles comeram, Sirius foi correndo o mais rápido possível para ver as flores.

– Elas são tão lindas! – Sirius amava flores. Se pudesse e tivesse tempo, seu quarto seria cheio delas.

– Six, vamos ver os lírios? – Sirius assentiu rapidamente e correu muito animado para o outro lado do campo.

No caminho Remus avistou uma rosa vermelha no chão, na qual ele pegou e colocou sobre a orelha de Sirius.

– O que? Remus, que isso?

– Lindo. – Remus falou ao beijar a testa de Sirius. – Sorria! – Remus pega a sua câmera e rapidamente tira uma foto de Sirius com o fundo repleto de flores.

– Você está me deixando envergonhado.

– Você? Envergonhado? Essa é nova. – Remus disse em um tom de sarcasmo gostoso.

– Eu gosto quando você tira fotos minhas.

– E eu gosto de tirar fotos suas. – Ele fala e pega a Polaroid, a balançando e vendo a imagem de seu namorado aparecer.

– Vamos ver os lírios, huh?

– Lírios me lembra a Lily.

– Será que ela e o James saíram?

– Provavelmente o James quis ficar na cama.

– Ele sempre faz isso. – Sirius falou e Remus concordou rindo.

Depois de algum tempo eles sentaram e Remus pegou um livro para ler, enquanto Sirius estava com a cabeça apoiada no seu colo brincando com a mão do próprio e seus anéis.

– Você já parou pra pensar o porquê de nós existirmos? – Sirius quebra o silêncio confortável.

– Você tá drogado ou o quê?

– Não, sério.

– Por que alguém quis assim?

– Alguém quem?

– Não sei. Uma entidade maior. Ou talvez nós nos criamos sozinhos.

– Realmente, gosto de pensar assim.

⊸⭒⋱

A viagem de volta pra casa foi tranquila, chegando na casa de Sirius, Remus para o carro e estaciona na vaga de sempre.

– Vai ficar um pouquinho aqui? – Sirius pergunta completamente manhoso. Não importa quanto tempo fique ao lado de Lupin, sempre sentiria mais saudades.

– Se você quiser… Eu posso pensar no seu caso.

– Óbvio que eu quero.

Dentro de casa, Sirius percebe que sua mãe não está trabalhando.

– Hey, mãe.

– Oi Sra Potter.

– Olá filho, olá Remus.

– A gente vai subir, ok?

– Tudo bem, James e Lily também estão lá em cima.

Depois de subirem ao quarto de Sirius, Remus automaticamente se jogou na cama de seu namorado.

– Como você é folgado. – Sirius disse tirando o sapato, indo até sua escrivaninha e colocando um disco em sua vitrola. Logo depois se jogando na cama junto ao seu namorado.

– Eu amo você, sabia?

– Sabia. – Sirius ri da cara de indignação de Remus. – Eu também te amo bobão.

Sirius sentia Remus o abraçando enquanto a luz roxa do céu é vista por frestas da cortina.

– Amor, eu preciso ir embora. – Remus sussurra bem baixinho no ouvido de Sirius.

– Por favor, fica. – Sirius fala quase se banhando em lágrimas.

– Eu fico até você adormecer.

E então quando Sirius dormiu Remus saiu pela janela, o que já estava completamente acostumado, pensando o como queria acordar todos os dias ao lado dele.

Os tons das estaçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora