⠀⠀⠀⠀⠀Quem não gosta de uma praia? Eu, eu não gosto. Pelo motivo de não saber nadar e, no final, não conseguir aproveitar o que o mar tem a me oferecer. Nessas férias de verão, fui convidada pela família de Emilly (minha melhor amiga) para passar as férias na praia, em uma ilha reservada. Minha turma inteira ganhou a chance de esbanjar nas redes sociais fotos de um local exuberante, mostrando a mais fina riqueza que há. Como meus pais conhecem bem os pais de minha amiga, não foi algo com um nível de dificuldade elevado para conseguir uma resposta positiva na questão do convite feito pela mãe de Emilly, sra. Copper. Minha história dá início real, aqui.
⠀⠀⠀⠀⠀Na hora do jantar, toquei no assunto:
⠀⠀⠀⠀⠀— Ah... mãe, pai... A mãe de Emilly convidou alguns colegas da classe para passar o verão em uma ilha reservada. Bom, pensei que seria uma ótima chance para aprender a nadar — Minha voz estava trêmula, fiquei nervosa, isso era óbvio. Tanto, que no final da frase, soltei algumas gargalhadas sem graça.
⠀⠀⠀⠀⠀A resposta do meu pai me impressionou, pois eu estava esperando uma negação vindo dele.
⠀⠀⠀⠀⠀— Ah, claro. Não vejo algo de ruim em aceitar o convite, apenas tome cuidado com garotos... É muito nova para se relacionar, só tem dezesseis... — Era interrompido pela suavidade de minha mãe.
⠀⠀⠀⠀⠀— Ela tem idade suficiente para saber o que acontece quando decide se relacionar sexualmente com um garoto. Se ela desejar fazer isso, não podemos impedir, apenas dar conselhos.
⠀⠀⠀⠀⠀Fiquei totalmente avermelhada, eu nem sequer pensava em garotos, apenas em me divertir com minhas amigas. Porém, a chance de ter algum envolvimento com algum garoto não era nula. Respondi logo em seguida:
⠀⠀⠀⠀⠀— Não se preocupem, isso não vai ocorrer... Não quero ter nenhum tipo de laço amoroso com algum garoto. Apenas aproveitar ao máximo o mar e o sol escaldante. Aliás, vou preparar a minha mala com algumas coisas, licença. — Tentei desviar o assunto, mas talvez fosse algo vago, pois meu pai iria rebater meu comentário. Gerando por fim, uma discussão sobre o que não fazer quando há garotos sarados em uma praia.
⠀⠀⠀⠀⠀Subi as escadas e caminhei pelo corredor, indo em direção ao meu quarto. Quando entrei e fechei a porta, a segunda coisa que fiz foi me jogar de bruços na cama. Dei um grito, mas aquele era abafado pelo travesseiro (tentava expressar minha raiva).
⠀⠀⠀⠀⠀Ficar ali, resmungando, não iria me levar a lugar algum. Decidi então iniciar o processo de juntar algumas coisas na mala de viagem. Levantei calmamente de minha cama, indo então até meu guarda-roupa. Abri o grande armário com uma de minhas mãos e com a outra me apoiei no móvel (a fim de me equilibrar). Levantar rapidamente da cama não me fez bem.
⠀⠀⠀⠀⠀Retirei daquele grande armário algumas peças de vestimentas para o verão, incluindo maiôs, biquínis, saídas de praia, shortinhos jeans e mais. O meu maior foco era parecer fina e não exagerada com vários tecidos pesados. Fiquei indecisa no quesito peças íntimas... Arriscar nas lingeries seria uma boa ideia? Não sei, mas fiz. Pensei nos meus colegas de classe naquele momento... Jack principalmente.
⠀⠀⠀⠀⠀Jack é um garoto da minha sala. Seus cabelos são negros e lisos, sua pele é parda, seus olhos tem a cor da escuridão, é alto e tem um corpo musculoso — o sonho de qualquer garota. Lindo, maravilhoso, perfeito. Já tentei ficar com ele, mas não conclui, pois uma garota novata gostava dele na época. Quem sabe não posso tentar agora? Ah, ele diz que sabe surfar, vou tentar pedir algumas aulas privadas... mas tenho certeza que não receberei resposta alguma, o bonitão não liga para bolsistas como eu.