Capítulo 3

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Sempre estive sozinho, desde o fundamental e como tudo acha uma maneira de piorar depois que meus pais morreram essa solidão só aumentou.
Ao contrário da maioria das crianças "solitarias" ou "estranhas" da escola eu nunca sofri bullying, os valentões da escola sempre queriam distância, melhor dizendo, todas as pessoas queriam distancia de mim.
Mas tudo ou quase tudo mudou quando comecei no meu primeiro emprego.
A vi de longe seu cabelo extremamente ruivo se destacaba com os demais apesar de nao ser natural.
Emily, o talvez primeiro e ultimo amor da minha vida, era um pouco mais baixa estava com uma blusa bem maior q o corpo yma calça jeans surrada, um tênis que a época nao sabia a marca e uma camiseta com a logo de uma banda de rock estampada. Foi estranho ela era totaente o oposto de mim, talvez aquele ditado "os opostos se atraem" nao é mesmo? Acho que sim, porque eu nunca abandonaria minha familia e fugiria com outra pessoa, isso soava engraçado depois de alguns anos.
Nos primeiros dias trabalhando junca lhe dirigi a palavra e nem sabia que assunto puxaria, preferia distância do desconhecido. Mas em um belo e nublado dia ela "decidiu" começar uma conversa.
-bom dia!-apesar de eu ter que ser assim agora, pessoas felizes logo de manhã me irritam e muito.
Respondi com um simples gesto de cabeça.
- você esta sempre em silêncio é estranho-e ela também sempre que eu estava por perto.
-nao gosto muito de falar- isso era verdade.
-hmm entendo, mas acho que esse silencio desconfortável é muito pior não acha?
Permaneço em silencio por um tempo mas finalmente digo.
-verdade-dou um leve sorriso.
Hojee arrependo daquilo, de ter sorrido era impassível com tudo e todos, indiferente, assim como todos eram assim comigo.
-viu não é tão difícil-ela retribui o sorriso.
Depois disso sempre conversávamos, apresentei meus livros favoritos pra ela, e ela suas bandas favoritas e por incrível que pareça comecei a gostar.
Me lembro até hoje em como me arrependi de nao ter falado com ela antes.
Alguns dias depois a convidei para sair, fomos no cinema e em seguida na sorveteria. No final desse primeiro encontro nos abraçamos e eu me segurava para não beija-la, nao tive coragem, estava tremendo, nao me parecia nada com o galã que haviamos visto no filme mais cedo, digamos que eu estava mais para um pug com falta de ar. E se você pensou que fiquei a noite em claro pensando em como poderia ser meu primeiro beijo, esta totalmente certo.
Mas tudo no seu tempo, nosso primeiro beijo foi por acaso e para meu orgulho, ou desgosto, eu que tomei a iniciativa, ou parte dela.
Estavamos no meu antigo Rx7, no qual me gabava por ter apesar de nao ser tao famoso, eu havia levado ela para uma parte mais alta que dava vista para a cidade toda. Ela repousava a mão em cima da minhano caimbro de marcha do carro.
-ei nick-a unica pessoa que me chamava daquele jeito, bom a unica com quem eu falava-você nunca beijou não é?
Naquela hora senti minhas bochechas queimarem e tinha certeza de que estava vermelho.
-bom...-ela sorri e se aproxima devagar-bom..bom..eu..
-ficaria honrada em ser a primeira-ela se aproxima mais parando suavemento bemperto do meu rosto.
Era aquela a hora de tomar coragem, eu nao podia fugir desta vez.
Levei minha mão direita ao seu rosto com delicadeza e percorri o resto do percurso com o rosto.
Nosso lábios se tocaram devagar, ela sorriu. Foi calmo, e leve, mas quente ao mesmo tempo uma junção que pra mim só existia nos livros quando o herói fica com a princesa ou vice e versa.
Ainda me lembro daquela sensação, aquela textura, os labios dsla eram quentes e macios como se fossem feitos para mim, nunca esqueceria daquilo e, ate alguns anos atrás, era bom.

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