yuuji estava em frente a porta da sala e já havia encarando a figura de fushiguro no outro lado da porta pelo olho mágico umas 20 vezes, mas não tinha coragem de abrir. era meio que impossível ignorar ele naquele momento, o mais alto já sabia que yuuji estava em casa então não tinha como inventar desculpas.
itadori abriu a porta e fechou os olhos, se preparando para algum xingamento ou algo assim, mas abriu os olhos ao perceber o silêncio ali.
ㅡ que cara é essa? ㅡ fushiguro perguntou.
ㅡ que? ㅡ itadori o olhou sem entender, nem esperava por isso.
ㅡ posso entrar?
itadori não falou nada e deu um espaço para megumi entrar em sua casa, caminharam até a sala em silêncio e assim que fushiguro abriu a boca para falar alguma coisa, itadori começou a se explicar:
ㅡ olha, não sei porque você veio aqui, não precisa ligar pro o que a kugisaki falou, ela é muito boca de afofô. era verdade mas meio que você não precisa perder seu tempo vindo aqui e-
ㅡ você pode me levar pra um lugar que dê pra ver minha janela? ㅡ fushiguro perguntou sem tirar os olhos de itadori.
sem entender muito bem o porquê daquilo, yuuji levou fushiguro para o mesmo lugar da casa onde ele costumava a ir quando estavam trocando os papéis pela janela. aquele silêncio constrangedor veio novamente, itadori só queria se jogar escada abaixo ou enfiar a cara em um buraco de tanta vergonha por estar passando por isso.
chegaram no lugar e a primeira coisa que yuuji viu na janela do quarto de fushiguro foi um papel escrito:
"Oi vizino! Vamo namo? =)"
mas como a felicidade do baiano dura pouco, começou a chover e o papel desmanchou. itadori não aguentou e começou a rir feito louco com a risada escandalosa com uma mistura de golfinho fumante, megumi quase explodiu de tanta vergonha.
ㅡ aí, calma calma... ㅡ yuuji colocou as mãos na barriga e segurando a risada. ㅡ isso era pra ser o que??
ㅡ também não sei, achei que ia ser legal... ㅡ fushiguro abaixou a cabeça sem graça, sua idéia tinha ido por água abaixo.
depois de yuuji quase passar mal de tanto rir, os dois tiveram que entrar de volta na casa já que a chuva só piorou. enquanto voltavam para a sala, o vem aqui fez questão de pular em cima de megumi para morder seu cabelo e começando a causar a maior arerê naquela casa.
ㅡ meu deus! sai de cima dele, vem aqui! ㅡ itadori falou tentando puxar o cachorro e megumi ria de desespero sem saber o que fazer. ㅡ sai thcthcthc!
ㅡ ele ta arrancando meu cabelo!
quando yuuji conseguiu tirar o vem aqui perto do megumi, um tufo de cabelo caiu no chão. os dois se encararam em silêncio sem reação e megumi apenas se sentou no sofá e pegou o tufo de cabelo no chão. itadori segurou a risada.
ㅡ você tá todo patatá, heim? quero ver se vai ficar todo risadinha quando eu arrancar seu cabelo também. ㅡ megumi falou.
ㅡ e você o papati né? ... megumi era brincadeir- SOCORRO, JESUS ME SALVA AVE MARIA CHEIA DE GRAÇA! ㅡ itadori berrou quando megumi literalmente saiu voando na direção dele.
os dois caíram no chão, mas megumi desistiu de puxar o cabelo de yuuji e começou a rir pela expressão de desespero do amigo, mas recebeu um tapa na barriga.
aos poucos eles já tinham esquecido do que aconteceu mais cedo. mas dessa vez itadori não iria deixar megumi escapar igual daquela vez, principalmente depois de ver o papel na janela. largar o doce era o melhor a se fazer.
enquanto os dois faziam um bolo que é bem provável de dar errado ou aquele famoso mix puxar a energia do bairro de novo, itadori derrubou o pote de fermento no bolo.
ㅡ eu desisto. ㅡ fushiguro falou largando os ingredientes em cima do balcão, estava tudo dando errado naquele bolo. ㅡ você nem tá olhando a quantidade dos negócios, tá fazendo tudo a olho...
ㅡ vai dar tudo certo, confia em mim! agora falta açúcar. ㅡ itadori pegou um pote sem nem olhar direito e jogou umas cinco colheres. ㅡ pronto, mistura aí que eu vou ligar o forno.
megumi abriu a boca para falar mas desistiu, discutir com burro era mesna coisa de falar com uma parede.
itadori ligou o forno e eles deixaram o bolo lá e tomando cuidado com o tempo para o bolo não solar ou explodir de tanto fermento que itadori jogou na mistureba de Chernobyl.
ㅡ aposto que o bolo vai explodir. ㅡ fushiguro falou.
ㅡ que nada, rilexxx mgumi, rilexxx. ㅡ itadori falou balançando as mãos e caminhando até o balcão para limpar a bagunça que tinham feito, megumi fez a mesma coisa. ㅡ e aquele papel que você deixou na janela? ele deve ta todo estragado... ㅡ itadori falou em um tom "triste", mas não demorou muito pra começar a rir novamente.
ㅡ não tem graça, para... ㅡ megumi resmungou sem graça, provavelmente aquilo vai virar motivo de piada mais cedo ou mais tarde.
enquanto itadori ria e falava do papel ou outros assuntos totalmente aleatórios, fushiguro o encarava. se alguém o olhasse agora, teria certeza que ele estava totalmente sem graça e perdido, principalmente pelo rubor que se formou nas suas bochechas. nem mesmo ele sabia no que pensar agora.
ㅡ teve aquele dia também que meu irmão mandou o ex-chefe dele tomar no cu porque ele tinha falado mal de mim e- ㅡ itadori percebeu o silêncio e encarou fushiguro. não demorou muito pra itadori ficar sem graça também. ㅡ ... eu vou ver o bolo...
yuuji se virou para ir na direção do forno mas se assustou quando sentiu duas mãos na sua cintura e foi virado, ficando cara a cara com fushiguro. olhou nos olhos do amigo sentindo o coração disparar quando percebeu o olhar de fushiguro direcionado para seus lábios.
ele abriu a boca para falar ou tentar pelo menos, mas quase pulou de surpresa quando megumi o beijou. yuuji sentiu aquele choque novamente pelo corpo inteiro quando seus lábios se tocaram.
aos poucos a timidez foi deixada de lado e o beijo se intensificou mais ainda.
foi um pouco desajeitado no começo já que itadori não sabia como reagir e megumi não fazia ideia se poderia continuar ou não, mas depois de alguns longos segundos os dois já estavam no seu próprio mundinho.
suas línguas se roçavam causando tremores no corpo de yuuji, até mesmo sentiu o corpo ficar mole quando sua cintura foi apertada e seu corpo pressionado contra o balcão da cozinha.
alguns segundos se passaram e megumi se separou de itadori, se entreolharam enquanto tentavam controlar a respiração ofegante, mas itadori o puxou novamente pela gola da camisa voltando a beijá-lo. alguns gemidos escapavam pela boca de megumi fazendo itadori quase derreter de tanta felicidade que sentia no momento.
as mãos de fushiguro desceram até a parte inferior das coxas de itadori, enquanto as mãos de yuuji entravam na sua camisa e passeavam pelas suas costas.
até o bolo no forno fazer um barulho alto fazendo os dois se assustarem.
ㅡ DESGRAÇA, EXPLODIU!
itadori gritou e pulou pelo susto quase batendo a cabeça no teto, e megumi começou a rir de desespero.
ㅡ se você continuar rindo você que vai limpar! ㅡ itadori correu até o forno e choramingou vendo o bolo pra todo lado, menos na forma. ㅡ meu bolo que eu fiz com tanto amor e carinho...
ㅡ aham, sei. ㅡ megumi se aproximou e desligou o forno. ㅡ se liga, heim.
pra não dar formiga pela casa e Choso não surtar porque tem pavor de formiga, os dois limparam o forno e infelizmente tiveram que jogar o restinho do bolo fora já que ele tinha ficado pior do que acarajé sem ser feito por uma baiana.
depois de alguns minutos os dois estavam sentados no sofá e abraçados enquanto assistiam Brooklyn Nine-Nine, até o celular de megumi tocar e ele ter que ir para casa.
depois de se despedir de megumi, itadori correu até o quarto e colou um papel na janela.
"gosto de analfabetos"
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Uma janela | Itafushi au!¡ (Concluída)
FanficOnde em meio à uma quarentena tediosa, Itadori decide conversar com seu vizinho por meio de papéis pendurados na janela. - ItaFushi - Fushiita - Jujutsu Kaisen. ::: ideia baesada em uma thread no twitter, @icarusfline