Capítulo 6

1K 336 302
                                    


O quarto era preto.

Não um preto qualquer de paredes pintadas, mas cobertas com acolchoados aveludados. Uma garantia de que coisas feitas contra ela tivessem algum conforto? Havia uma outra suíte de estilo industrial em que esse tipo de preocupação não existia, mas eu optei pela versão luxuosa.

Olhando ao redor, foi uma boa escolha. A cama gigante de dossel contrastava com um objeto de madeira em formato de X que tinha saído de uma tortura medieval, era maior do que o tamanho de uma pessoa e bastava usar um pouco a imaginação para supor que servia para amarrar alguém ali, com braços e pernas abertas.

Ao seu lado havia algo mais estranho, um postezinho de madeira, de um metro de altura com um buraco no topo e duas extensões de ferro também acolchoadas saindo pela lateral. Junto a ele, duas longas barras de ferro subiam do chão, unidas por outra barra horizontal, que parecia a letra H.

— Para que serve isso?

Leonardo se aproximou por trás, seus dedos deslizaram por meus braços e ele afastou os cabelos do meu pescoço para trilhar beijos por minha pele da orelha até o meu ombro. Ele se inclinou sobre mim, fazendo-me curvar sobre o eixo lateral do H, com a bunda empinada para trás.

— Você afasta as pernas aqui — ele colocou o próprio pé entre os meus para colocá-los em posição — e amarra os seus tornozelos na base. As mãos ficam aqui — segurei as duas extensões laterais do poste de madeira —, daí eu passo a corrente por esse buraco e algemo os seus pulsos.

Ok, aquilo estava indo rápido demais, deveria pedir para ele se afastar, porém, Leonardo agarrou os meus cabelos e me incitou a virar a cabeça de lado, para que pudesse alcançar minha boca. A ereção esfregando contra minha bunda me fez abençoar e praguejar pelas roupas que vestíamos. Era incrível como a lucidez sumia de cena diante do poder daquele beijo.

— Leo...

O murmúrio que escapou da minha garganta soava mais como um apelo, só não estava certa se era por mais ou por menos daquilo que ele me fazia sentir.

— Quer que eu me comporte ou não? Por que você assim me dá muitas ideias... — sussurrou, mordiscando minha orelha.

Eu queria saber quais? Certamente. Deveria pedir para ele explicar com detalhes o que se passava em sua cabeça? Se eu fosse esperta, com certeza, não.

— Tipo o que?

Não podia fazer nada se era mais curiosa do que inteligente...

Leonardo não me respondeu de imediato, primeiro ligou o som em uma música com batida sensual e me levou até a parede perto da porta, colocando-me contra ela. Não precisou falar como começaria o jogo de sedução, seus lábios me consumiram com mais avidez. A chama em seus olhos refletia a necessidade de sua boca em me devorar. Era um duelo de línguas e mãos. Vendo-me entregue, não pediu permissão ao roçar os dedos por cima da minha blusinha de seda, mas eu também não protestei.

Com o joelho dobrado, sua coxa se encaixou entre as minhas pernas e eu fiquei montada nela, sentindo a pressão contra a intimidade que estava encharcada com a própria excitação. Não fiquei parada, afundei os dedos em seus cabelos, puxando-os a cada fôlego que ele roubava de mim.

O sorriso sacana de Leonardo Choi era muito melhor quando estava contra a minha pele, segundos antes de trilhar um caminho salpicado de beijos até o limite permitido pelo decote da blusa. Precisava sentir mais dele, dos músculos que me pressionavam. Eu o afastei o suficiente para desabotoar a sua camisa e me livrar dela.

— Podemos tirar as roupas? — questionou com mais fogo do que segundos atrás, o homem estava se segurando!

Como seria quando o libertasse?

(AMOSTRA) O CEO cafajeste e a virgem que quer um astro do popOnde histórias criam vida. Descubra agora