02; Incertezas

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Oi gente, como estão? Antes de tudo, feliz ano novo e que esse ano seja melhor que os dois últimos, ninguém aguenta mais tanta tragédia. 

Espero que tenham gostado do capítulo anterior e que gostem desse também, mas só vou poder publicar o próximo no início de fevereiro. Esse mês tenho que apresentar meu TCC e me formar, então estou meio cheia kkkkk. Mas no próximo capítulo já começamos a história no ano atual (no caso, 2021), vocês vão gostar.

Boa leitura!

...

"Os tristes acham que o vento geme;

Os alegres acham que ele canta" — Luis Fernando Verissimo

2018, 3 Anos Atrás

O corpo habilidoso do dançarino se movia graciosamente conforme a melodia, seus passos tão leves que pareciam flutuar com a música.

Park Jimin sempre foi um excelente aluno, mas era ainda melhor como aprendiz, se destacando em toda a universidade por ser o melhor dançarino de sua turma. Senão de todas as turmas. Apesar de ter talento, todo seu sucesso vinha de muito esforço e manhãs inteiras ensaiando até depois do horário da aula, o que era o caso naquele momento.

A sala estava vazia e todos seus colegas já tinham ido para casa, provavelmente, mas Jimin não iria para casa até que dominasse com perfeição aqueles passos.

A melodia clássica chegou ao fim e o loiro fez o passo final, girando no ar antes de cair de joelhos no chão, a respiração ofegante. Jogou a cabeça para trás, fazendo os cabelos balançarem e se levantou, caminhando para desligar o aparelho de som. Escutou a porta da sala de dança abrir, permitindo que os barulhos do lado de fora adentrassem o ambiente.

— Jimin? Ah, você está aqui.

O loiro olhou para a garota sorridente através do grande espelho na parede, revirando os olhos mentalmente. Se virou para ela, sorrindo sem mostrar os dentes.

— Oi, Angel. Precisa de alguma coisa?

— Na verdade, só estava preocupada com você — ela comprimiu os lábios, encolhendo os ombros — Nossa aula já terminou há horas e você continua ensaiando sem parar. Precisa se alimentar, sabia?

— Eu sei, já estava de saída daqui — se afastou da garota, recolhendo seus pertences sob o olhar atento dela — Agradeço a preocupação, mas já estou indo comer.

— Gostaria de companhia para-

— Não — respondeu por impulso, se repreendendo de imediato. Se virou novamente para a outra, seus cabelos ruivos balançando com a brisa que havia passado — Não precisa, prefiro comer sozinho. Até mais, Angel.

Colocou a bolsa nas costas e saiu daquela sala antes que a garota o pressionasse sobre o almoço, como fazia todos os dias. Sabia que a ruiva gostava muito de si e admitia que as sardas dela eram lindas demais para não serem admiradas, mas nada daquilo importava quando seu coração já tinha dono, mesmo que este dono em questão fosse mais complicado do que qualquer concurso que já participou.

Adentrou o refeitório vazio devido ao horário, sentando em uma mesa qualquer e respirando fundo, sentindo que todos os músculos de seu corpo pediam por descanso. Tirou de dentro de sua bolsa uma garrafa com água e um sanduíche natural, começando a comer. Escutou seu celular vibrar dentro da bolsa e o pegou, sorrindo ao ver de quem era a notificação.

Criminal Love | taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora