Capítulo 23

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PIETRO:

Saio da clínica sorridente.

gêmeos, Manuela vai ter gêmeos e eu quero desesperadamente essas crianças como meus filhos.

ja perdi tempo de mais com a Manuela, queria pular toda essa fase do namoro e se casar logo com ela, mas Manu merece tudo perfeito. um namoro bom, um noivado perfeito e um casamento feliz.

eu quero dar tudo isso para ela e muito mais.

olho para os meus pais e vejo quão feliz estão. Eles merecem essa menininha que estão por vir e sei que ela será muito mimada por eles, e não de um jeito ruim.

só tenho medo se ela tiver o temperamento explosivo da minha mãe, penso ao me lembrar dela querendo bater na mãe de um dos meninos da escola que eu estudava.

sorrio com a lembrança, em nenhum momento desde que me adotou ela deixou de me proteger e ficar do meu lado.

- Manuela, pode fazer aquele favor para mim? - ouço minha mãe perguntar para Manu que sorri e concorda.

olho para elas curioso, mas como meu pai não diz nada eu apenas fico tranquilo quando vejo as duas indo para o carro do meu pai.

minha mãe entrega uma mochila para Manuela e ela falam sobre alguma coisa e ambas sorriem.

elas estão aprontando.

tenho certeza.

Manuela caminha em minha direção e pega em minha mão ainda sorrindo.

- Vamos? - ela pergunta.

- Achei que íamos almoçar com meus pais. - Falo olhando para ambos.

- Eu e seu pai temos que ir em outro lugar, podemos marcar para amanhã. - Minha mãe fala e vejo que meu pai não discorda dela então apenas aceno e vou com Manuela para o carro.

- Me deixe dirigir. - Manuela fala estendendo a mão para mim esperando que eu lhe entregue as chaves.

- Tem certeza? - pergunto.

- Pietro... - ela diz erguendo as sobrancelhas então prontamente lhe entrego.

- Manu espera! - ouço meu pai a chamar quando estamos quase entrando no carro.

ele se aproxima correndo e cochicha algo no ouvido da Manuela que começa rir.

- Vou tentar. - Ela fala e ele acena sorrindo e volta para a minha mãe.

- O que ele te disse? - pergunto assim que entramos no carro.

- Me pediu um favor. - Ela diz e começa a dirigir.

- Está muito prestativa, minha mãe também te pediu algo, o que foi? - pergunto muito curioso e ela sorri.

sou ignorado completamente, então eu olho para a cidade e vejo que estamos pegando a estrada.

- Pode pelo menos me dizer aonde estamos indo? - pergunto tentando ser doce o suficiente para ela me responder.

- Fazer o favor que sua mãe me pediu. - Ela diz e por mais que eu a pergunte apenas me ignora com um sorriso no rosto.

saímos da cidade e depois de muitos minutos eu sei para onde vamos.

- O que minha mãe quer na casa de campo? decidiu se livrar de vez dos carros do meu pai? - pergunto.

a casa para onde estamos indo é uma " casa de campo", mas está mais para uma mansão enorme no meio do nada onde minha mãe manda as tralhas exageradas do meu pai, incluindo seus treze carros.

- Não, falando nisso seu pai pediu para voltarmos com um carro dele. - ela fala e sorri. - Ele perguntou se eu podia dizer que fiquei com desejo de dirigir os carros quando eu vi e por isso voltamos com ele. acho que ele está com medo de voltar para o sofá.

Dou uma risada com que ela disse e logo estamos passando pelos grandes portões da casa.

Manuela desse do carro trazendo as duas bolsas consigo, uma dela e outra que pegou com a minha mãe.

Vejo ela enfiar a mão em uma das bolsas e pegar a chave da casa.

Então caminhamos para a porta e eu tomo as bolsas de sua mão.

Ela não pode ficar carregando peso.

Manuela sorri para mim e abre a porta acenando para que eu entre.

- O que minha mãe pediu para você fazer? – pergunto olhando a casa.

De repente sinto seus braços rodearem minha cintura e a ouço sussurrando.

- Te dar carinho.

sr. Carter - HerdeiroOnde histórias criam vida. Descubra agora