Capítulo 1 - Feitiços Ao Anoitecer

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Teghurack poderia ser descrito como o lugar mais encantador do Universo. As belezas naturais daquele lugar eram fascinantes e todas as criaturas místicas que você é capaz de imaginar poderiam ser encontradas lá. Sem dúvidas era um lugar que inspiraria a qualquer artista, sendo ele pintor, músico ou uma humilde alma que, como eu, gosta de contar histórias, principalmente as que envolvam a magia que aquele lugar sobrenatural possuía.

Não, eu garanto para você que eu não enlouqueci. Apenas estou narrando os fatos como eles vieram até mim e a despeito o que muitos céticos dizem, eu afirmo que magia existe.

Eu já a vi e testemunho com todas as letras que podemos encontrá-la em qualquer lugar.

A gota de orvalho. O botão em flor. A chama ardente de uma fogueira. O ar em nossos pulmões. A paixão em nossa alma. Tudo contêm magia. E, embora você possa me considerar pueril ao dizer isso, as palavras neste ou em outros tantos livros também contêm magia, basta você ter o poder e experiência para poder enxergá-la e apreciá-la da maneira correta.

A magia nem sempre foi invisível aos olhos comuns, houve um tempo, há incontáveis séculos, no qual humanos não dotados de magia e criaturas mágicas conviviam juntos em harmonia. Os poderosos feiticeiros eram regidos por seis grandes famílias reais: Neraidas, Ravenswood, Blossonthorn, Wingerus, Lichtward e Tenebris.

Mas então Fahir Tenebris, um belo e arrogante jovem príncipe, foi proclamado rei dos feiticeiros. Apesar de ter tudo que poderia desejar, decidiu que aquilo não era suficiente. Ele desejava mais. Queria força, e em meio à sua busca por poder, recorreu a mais perversa e obscura das criaturas existentes.

Fahir sucumbiu ao lado mais negro de sua magia e, graças ao imenso poder de uma aliança forjada com o mais puro mal imaginável, trouxe o que hoje podemos chamar de magia negra para nosso mundo. Todos os segredos terríveis que ele conheceu foram colocados em um grimório, um livro mágico cheio de poderes obscuros e de maldade, que acabou se tornando a fonte de toda a escuridão presente na magia.

Em pouco tempo não havia mais nada do belo príncipe, apenas uma triste centelha do que ele já fora. O que existia agora era um monstro incrivelmente poderoso e assustador que tentou de todas as formas dominar todo o mundo e só foi impedido pela grande coragem e determinação de cinco princesas pertencentes às outras famílias reais.

Nesta parte venho humildemente pedir desculpas por não poder dar uma melhor descrição da real forma de Fahir, todavia os relatos que chegaram a mim foram muito duvidosos, talvez, no decorrer do tempo que levarei para registrar esta história, possa encontrar em algum manuscrito antigo uma melhor descrição para ter capacidade de deixar a qualquer um, que venha a ler estes textos, completamente ciente desta parte da história que pode vir a ser interessante no futuro.

Agora, voltemos a falar das princesas que se uniram contra Fahir.

Sim, as corajosas feiticeiras que unindo suas forças conseguiram convocar um lendário espírito Guardião mágico, chamado de O Grande Dragão, para obter o auxílio de sua infinita saberia e poder derrotar Fahir.

O Grande Dragão, vendo a gravidade da situação, decidiu ajudá-las e deu capacidades especiais a cada uma delas, vinculando-as com as forças da natureza e conferindo a elas o poder de destruir Fahir.

 E assim fizeram.

Mas a história não termina por aí. O mal é uma coisa engraçada, pois, querendo ou não aceitar, ele é uma parte de nós, e mesmo que o vençamos, ele nunca desaparecerá por completo – continuará lá no equilíbrio, esperando que escolhamos se cederemos a ele ou não —, bem como as marcas que ele cria.

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⏰ Última atualização: Mar 19, 2015 ⏰

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