Esra
-- Çinar - entro em sua sala de uma vez. Ele me olha espantado.
-- Esra, o que foi? - não quero me explicar.
-- Eu vim assinar os papéis - Çinar sorri. -- Quero ser a coordenadora de projetos.
-- O que fez você mudar de ideia tão rápido? - questiona enquanto me entrega os documentos com pressa. Respiro fundo.
-- Nada, apenas pensei melhor. - Ele me sorri, ciente de que não vou falar sobre isso. -- Agora, Çinar se você me permite, posso tirar o dia de folga e amanhã começamos?
-- Claro! - Responde, pega minha mão e beija o dorso. Retiro rápido não querendo ser indelicada, mas por ficar desconfortável.
Saio da sala sem pensar muito e sigo para o elevador, preciso pegar minha bolsa e sumir daqui o mais rápido possível.
-- Eu já estou indo embora pessoal, até amanhã! - Aviso pegando minha bolsa.
-- Você avisou a... - Gaye tenta falar daquele jeito dela.
-- Avisei ao meu patrão e colega de trabalho. - Saio feito um furacão.
Você precisa se recompor Esra Erten, você precisa se recompor Esra Erten, você precisa se recompor Esra Erten... fico repetindo esse mantra enquanto caminho para o ponto de ônibus. Meu telefone toca, é a Zeyno.
-- Alô - atendo e minha voz embarga.
-- Esra? O que houve? - ela me conhece melhor que todos. -- Aconteceu algo com o Ozan? - só a menção do nome dele faz meu estômago revirar, porém ao mesmo tempo meu coração aperta.
-- Zeyno... zey... - tento dizer, mas não consigo.
-- Calma, você está em qual lugar? -
-- Zeyno, Ozan vai se casar com a Çagla! - disparo de uma só vez. Dizer isso me dói muito.
-- Como? - ela grita!
-- Zey... Zeyno... - Não consigo falar, perdi minha luta para o choro novamente.
-- Fica calma, eu vou até você Esra! - eu só quero chorar ainda mais. -- Me manda a localização já estou saindo de casa. Fica calma, eu já chego. - e desliga.
Mando minha localização e sento em um dos bancos da calçada próximo ao ponto de ônibus. Relembro cada toque, cada declaração, beijo e momentos que tivemos nessa última semana. A maneira como ele me olhava? Como tudo aquilo pode ser mentira?
Consegui ter meu coração e meus sonhos destruídos pelo amor novamente. Como alguém pode dizer que amar é bom? Se tornar vulnerável a alguém é pior erro da vida. Preciso transformar esse amor em indiferença, Ozan Korfali não pode mais me afetar, não posso e não vou mais permitir ser um brinquedo em suas mãos e sofrer.
-- Esra? - Ouço a voz de Zeyno. Ela se ajoelha em minha frente. Apenas abraço-a. -- Calma, vamos pra casa. Zeyno me ajuda a se levantar e entrar dentro do táxi.
Encosto em seu ombro enquanto o carro começa a deslizar pela estrada.
-- Ele só queria me humilhar, Zeyno! - Falo de repente. -- Ele só queria me fazer sofrer de novo, Zeyno... - não tenho mais lágrimas, não tenho mais esperanças, não tenho mais sonhos, ele me tirou tudo. -- Ao menos eu estou sozinha agora e não carrego a culpa por não ter conseguido segurar nosso bebê comigo.
-- Esra, jamais fale assim! - ouço Zeyno ralhar comigo. Todavia estou muito concentrada nos meus próprios pensamentos para rebater. Vamos o resto do caminho em silêncio com a minha Zeyno fazendo carinho em meu cabelo enquanto faço do seu ombro meu travesseiro de consolo. -- Vem, chegamos. - Zeyno paga o táxi e reparo que ela me trouxe até sua casa.
-- É uma boa escolha vir para cá, não conseguiria ficar bem na frente da mamãe nesse momento.
-- Você não tem que ficar bem na frente da sua mãe, você tem que viver esses sentimentos, Esra. Agora vamos entrar e vou te fazer um chá enquanto você lava o rosto, se limpa e coloca alguma roupa confortável minha.
Sigo direto para o quarto da minha melhor amiga. Procuro rapidamente um conjunto confortável e vou para o banheiro. Estar na casa de Zeyno é como estar em casa de certa forma, pois a Zeyno também representa a minha família.
Enquanto limpo meu rosto as palavras de Ozan volta a minha cabeça "como é se apaixonar e ser abandonada? Dói, né Esra?" Ozan sempre foi o único capaz de me tirar a razão e me entregar as emoções, e novamente fui deixada e magoada. Fui tão negligenciada por ele, fui tão ofendida, fui tão enganada por ele.
-- Ah, Ozan... - seu nome me dá náuseas, meu estômago dói e me sinto fraca! -- Eu não vou te esquecer, mas eu te juro que vou te fazer se arrepender de tudo que me fez sentir!
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Após a Vingança
Fiksi Penggemar"Como foi? Como é se apaixonar e ser abandonada, Esra? Dói, né? Estamos finalmente quites". Ozan Korfali não tinha ideia de que essa sua frase se tornaria seu maior arrependimento, pois Esra Erten antes de virar as costas e ir embora nesse dia jur...