Capítulo 12

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A minha semana de suspensão havia acabado, mas, para piorar o castigo,  meus pais me deixaram sem internet durante todos aqueles dias. Ou seja, eu não podia falar com ninguém além deles.

Estava morrendo de saudades da Hinata, já que nem suas fotos eu podia ver. Quando, enfim, meu pai liberou que eu usasse o celular por algumas horas durante o dia, liguei para a Sakura e perguntei como Hinata estava. Ela me contou que a amiga pegou um recesso no colégio e viajou com o primo. Não era difícil para Hinata se livrar da escola, ela era uma das alunas com as melhores notas. Contudo, infelizmente o motivo de ter viajado do nada não foi agradável de descobrir. Sakura afirmou que alguns garotos a assediaram no dia seguinte ao acontecido. Afirmando que "Hinata gostava de ficar com vários garotos ao mesmo tempo" como se isso atiçasse a curiosidade nojenta deles. Hinata, por sua vez, não quis reclamar para a direção, pois seu pai ficaria sabendo e ela estaria encrencada. Então contou apenas para Neji e ele inventou essa viagem antes de sua despedida, para que esquecessem da história e a deixassem em paz. Hinata relatou para Sakura que se aquela situação continuasse, ela pediria ajuda ao Neji. Porque em hipótese alguma o pai podia saber de tudo o que aconteceu.

A culpa era minha, fiz um escândalo ao brigar com Kiba, se tivesse ficado quieto ninguém saberia do ocorrido.

Suspirei.

— Eu sou um bosta. — murmurei ao telefone.

— Não pense assim, Naruto. — ela revidou. — Não adianta chorar pelo leite derramado, agora bola pra frente e melhore seu comportamento. Hinata está com saudades de você, se gosta dela de verdade, esqueça o que aconteceu.

— Farei isso quando vê-la. — informei, recobrando a confiança e o desejo de passar uma borracha no acontecido. Eu gostava da Hinata, nada nem ninguém mudaria meus sentimentos por ela.

Antes de desligar, aliás, Sakura falou que Hinata voltaria hoje e que amanhã combinaram de ir à praia porque faria calor. Ela perguntou se meu pai me deixaria ir, porque seria uma boa oportunidade para resolver nossa situação longe do colégio. Desliguei correndo e desci as escadas, imploraria para meu pai me deixar sair de casa. Como um dia de condicional, qual é, até os presos recebiam esse tipo de prêmio, por que não eu?

Foi difícil, entretanto, convencê-los. Tive que garantir não fazer nada estúpido e prometer que voltaria cedo para casa. Porque meu castigo ainda se mantinha vivo e bem. Pulei em cima do meu pai e abracei sua cintura, assim que me permitiu sair. Tamanha a minha felicidade. Eu veria o rosto lindo da Hinata, após uma semana de completa abstinência. 

Já estava preparando meu discurso, pediria perdão e uma nova chance para recomeçarmos. Agora de um jeito amadurecido, não tinha como ser diferente. Percebi nesses dias longe da Hinata, que meu coração era dela para fazer o que bem entendesse com ele. 

A noite se arrastou após a notícia, quis dormir logo para o outro dia chegar. Até minha mãe riu da minha ansiedade, dizendo que queria conhecer a garota que me deixou tão fora de órbita daquele jeito.

(...)

Na manhã seguinte, acordei cedo, peguei minha mochila, vesti uma bermuda, uma regata e sai apressado. Queria ver logo Hinata, afinal, Sakura tinha dito que chegariam cedo. Iria uma galera à praia, Sasuke, Ino e Sai, o namorado dela, o primo da Hinata — vulgo, arrasador de corações — e mais algumas pessoas que não fiz questão de saber. O que importava era minha Hinata.

Como não tinha carro, peguei um ônibus e esperava conseguir uma carona para voltar. Mandei mensagem para Sakura e ela me falou aonde todos estavam, não foi complicado encontrá-los. Todo o grupo jogava vôlei de praia, no entanto, não foi isso que chamou minha atenção. E sim Hinata, ela não jogava, estava afastada da maioria da galera. Ajeitando uma toalha no chão, como se fosse pegar sol. Linda, vestia uma saia curta e biquíni por baixo de um suéter rosa claro, que escondia parte das suas curvas. Seus cabelos se esparramavam sobre os ombros e eu fiquei ali, hipnotizado, antes de ter qualquer reação de me aproximar. Respirando fundo, tomei coragem e segui adiante, em primeiro lugar falaria com ela e pediria desculpas por ser tão idiota. Fui caminhando, quando Sakura me viu e acenou. Ela devia prever que eu conversaria com Hinata assim que chegasse. Bom, era o que eu pensava, ao contemplar Hinata sozinha ao invés de jogando com o grupo. Ou talvez ela só não estivesse a fim de jogar vôlei de praia. Quando Hinata concluiu a tarefa de ajeitar a toalha, retirou o suéter e a saia, para se sentar. Nesse ponto meu coração disparou ao observá-la de perfil. Como era linda, perfeita na realidade e se vê-la de maiô por fotos já me atiçou a mente. Imagina somente de biquíni bem ao alcance dos meus olhos! 

Sweet loveOnde histórias criam vida. Descubra agora