Putinha de 1,50

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- Oi, pai - falei enquanto arqueando as sobrancelhas - o que tu ta fazendo aqui?

- Pai? Amy, ele é aquele seu pai? - ele falou parando de sorrir - Mas, mudando de assunto, ce ainda vai la em casa resolver o que tu prometeu? - ele me olhou com aquela cara de atentado e o fuzilei com os olhos, ele não gostava que jogar lenha na fogueira, ele tacava gasolina com álcool

- o que tu vai fazer na casa dele, Amy?- meu pai perguntou com uma cara de desconfiado e com a mão na cintura

- E-eu... - enrolei ele uns 5 segundos e achei uma história convincente - Eu prometi a senhora Hacker ajudá-la a fazer biscoitos para a moradores de rua que iremos  fazer -

- Ah, por mim tudo bem - me senti aliviada - qual abrigo vocês vão? - ele falou empurrando a bochecha com a língua, meu pai tinha 35 anos, ele sabia como o jogo funcionava, eu gelei quando Vinnie percebeu meu desespero e o envolveu um braço em meu pescoço e logo falou

- Nós vamos na Santa Casa, Senhor... Shepard - ele falou e meu pai ficou normal de novo

- Não é Shepard, é Thomazini, mas me chama de Dani, relaxa - ele falou pondo uma de suas mãos no ombro de Vinnie e soltando um sorriso - Mas se tu extrapolar, ficar de conversinha afiada com minha filha, tocar nela ou até mesmo olhar a ela com maldade, eu juro que te mato

- Pai, para, já ta de mais - falei enquanto respirava fundo e fechava os olhos

- Relaxa, eu te mato primeiro - ele falou rindo e ele foi até seu carro, mas corri atrás dele

- Vinnie, cuidado com o carro, meu pai lembra daquela noite - falei e ele entrou naquela bosta daquele carro como se não ligasse, mas percebi que ele veio com um outro carro azul, não prestei muita atenção, mas parecia um modelo de 93 ou 95

- Ain eu fudi a minha mais gostosa do mundo, ain, eu tenho um Manzda rx7 amarelo nem um pouco chamativo, ain eu sou um fodão metido a guangster - falei baixinho com uma voz irritante entrando na lanchonete

- Era dele aquele Manzda amarelo, Amy?

- Não, era de outra pessoa -

- Quem? - ele falou sentando em uma mesa - Amy Shepard Thomazini, senta nessa porra dessa mesa e vai me falar de quem era aquele carro - sentei e começei a falar oque vinha na telha

- Acho que o nome dele é Jackson - menti pra continuar no personagem - a gente tava voltando de uma festa - ele me olhou fuzilando com os olhos

- Festa, Amy? Tu tava de calça jeans e uma camisa do teu vô André - ele falou cruzando os braços

- Sim, era mais pra uma social mas ok - falei e olhei no relógio e fingi que tinha um compromisso - Pai eu preciso encontrar a tia Maria - falei pegando minhas chaves

- Tia Maria? -

- A mãe do Hacker -

- Tá, mas tu pode me dar uma carona? - ele falou com uma cara de coitadinho

- Claro, vem - falei saindo do restaurante e abrindo meu carro

- que isso hein, Dodge, 1970, ta podendo ein - ele entrou no carro

- um padrasto meu me deu, as vezes a gente se encontra pra andar de skate - ele me olhou com uma cara de desconfiado, ele sexualiza tudo, isso me irrita

- ELE É TIPO UM PAI PRA MIM - quando falei percebi a merda que tinha feito

- EU SOU TEU PAI GAROTA - quando ele falou aquilo eu senti um nojo imenso

- É difícil de acreditar depois de me deixar pra ir fumar crack quando eu tinha 8 anos -

- tu sabe que eu to tentando mudar -

Por trás do que os olhos podem ver Onde histórias criam vida. Descubra agora