Capítulo dezesseis

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"Aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais."

(William Shakespeare)

X

S/N P.O.V

Fiquei alguns minutos tentando decifrar o quê no anel estava escrito. Mas acabei desistindo quando percebi que não entendia absolutamente nada da caligrafia. Deixei o anel no lugar em que eu havia pego, escondido no guarda roupa que pertencia agora a mim. Assim que fechei as portas do guarda roupa, eu sentir um vento gélido atravessar as cortinas da janela.

Olhei na direção da janela , embora parecesse que não havia ninguém ali. Eu sentia a presença de alguém por perto. Estranhamente, eu parecia já reconhecer de quem se tratava.

— Galadriel...- Me aproximando da varanda, eu a avistei. De costas, olhando para o alto, o céu que já estava escuro. — O que faz aqui?.- perguntei confusa.

Galadriel: O mundo no qual você está, irá mudar.- começou ela enigmáticamente. —  posso sentir na água, posso sentir na terra e posso cheirar no ar.

Eu automaticamente olhei envolta agora colocando as mãos no parapeito da varanda, estando nem muito longe nem muito perto dela.

— O que quer dizer com isso?.- questionei. achei estranho ela ter reaparecido para dizer-me somente isso.

Galadriel: Eis seu propósito, minha neta.- Franzi a testa ainda não havia encaixado a idéia de que eu realmente fosse a neta dela. —  O destino desse mundo, agora estar em suas mãos.

Galadriel parecia estar falando em enigmas. Eu não estava conseguindo entender nada do que ela dizia ou sobre o que isso significava. Antes que eu pudesse perguntar qualquer outra coisa, Galadriel mais uma vez desapareceu deixando-me sem quaisquer respostas concreta sobre a minha vinda para cá, ou por ter dito que o destino desse mundo estar em minhas mãos.

O destino desse mundo estar em minhas mãos?? Como assim?

Várias perguntas surgiram, perguntas que eu sabia perfeitamente que teria que encontrar as respostas sozinha.

- aí,aí, ai..- Suspirei pesadamente. — PORQUE RAIOS VOCÊ NUNCA ME DIZ A RAZÃO!?.- Eu esbravejei mas não tão alto. — Já estou ficando cansada disso...

Eu saio da varanda fechando-a. Eu estava indignada, primeiro; sou tirada do meu mundo para cá. Segundo; conheço elfos e acabo me apaixonando por um deles. Terceiro; Presencio uma guerra e ainda participo dela. Quarto; sou neta de uma mulher que eu nunca vi na minha vida antes. Quinto; um anão me entrega um anel misterioso cujo eu não faço a mínima idéia pro que ele é capaz. Sexto; Eu só quero a verdade.

—  a verdade... será que é tão difícil?.- Me sentei de frente ao espelho da penteadeira. Sobre a mesa, eu vi um papel peculiar. Algo me dizia que seria bom eu começar escrever para aliviar todas as minhas confusões. E foi o que eu fiz.

Pegando aquele papel, procurei por algo para começar a escrever. E tudo que encontrei, foi um objeto bastante peculiar e algumas tintas. Então deduzi que seria com aquilo que eu escreveria.

Estando confortávelmente sentada, ou talvez nem tanto. Eu comecei a escrever algumas linhas.

[•••]

❝Querido pɑpel estrɑnho.

ɑs coisɑs estα̃o cɑdɑ vez mɑis confusɑs pɑrɑ mim. Eu tenho tɑntɑs dɑs perguntɑs que permɑnecem ɑindɑ sem respostɑs desde ɑ minhɑ chegɑdɑ ɑ esse lugɑr. Gɑlɑdriel, ɑ mulher que prɑticɑmente me sequestrou pɑrɑ cά, diz ser ɑ minhɑ ɑvó. Mɑs eu nuncɑ sequer ɑ vi nɑ minhɑ vidɑ. Elɑ ɑpɑreceu quɑse ɑindɑ ɑgorɑ e tudo que me disse foi que"o destino desse mundo estɑr em minhɑs mα̃os". Quɑndo eu iɑ perguntɑr sobre o que elɑ diziɑ, novɑmente ɑ mesmɑ desɑpɑreceu me deixɑndo sem respostɑs.

𝐴 𝑇𝑅𝐼𝑃 𝑇𝑂 𝑇𝐻𝐸 𝑃𝐴𝑆𝑇  - 𝗜𝗠𝗔𝗚𝗜𝗡𝗘Onde histórias criam vida. Descubra agora