Contratto con il diavolo

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Park JiMin olhava para todas as direções desde que o filhote havia adormecido em seu colo e seu patrão havia pegado com ternura o corpinho gorduchino e cansadinho para o levar até seu quarto no segundo andar. 

Vários minutos se passavam e cada minuto sentado, o jovem jardineiro sentia mais desconforto enquanto as mãozinhas de unhas sujinhas de terra por baixo tremiam. O cheiro amadeirado, parecia quente a cada passo que o alfa lúpus descia os degraus e o toque intenso de sândalo invadia o ambiente tenso.

Jeongguk analisava a figura miúda sentada toda encolhida em seu sofá. Aquele jardineiro era o mesmo rapaz que havia pegado várias vezes o espionando quando saía pela manhã. 

Seu lobo grunia a cada passo, também desconfiado do beta.

— Como você se chama, beta? — O tom alto assustou JiMin. Aqueles olhos frios estavam o intimidando, tornando o contato visual difícil para alguém tímido manter por mais segundos.

O jardineiro então desviou o olhar, deixando este cair sobre seu colo.

— Park JiMin... senhor. — Sussurou, ainda encolhido.

O alfa lúpus trincou o maxilar, levemente interessado na situação inusitada diante dele.

— Por que se candidatou a vaga de jardineiro, Park? — A pergunta fez o outro franzir o cenho, não estava esperando um diálogo pacífico com seu patrão depois da cena bizarra de momentos atrás. 

O moreno finalmente olhou para o alfa lúpus, este que finalmente havia sentando-se na poltrona principal enquanto cruzava as pernas longas de coxas grossas torneadas.

— E-eu... — Mãe lua! Por que gaguejar no momento em que secava descaradamente o par de pernas elegantes e longas de seu chefe? — Eu preciso sustentar minha família, senhor... minha mãe...

— Basta. — Interrompeu, ainda analisando o outro. 

O alfa parecia não gostar do beta, Jeon sentia que havia mais coisas naquele rapaz jovem, seus instintos gritavam quando olhava para o jardineiro.

Claro, ele ter certos traços de sua ex-esposa era um tanto estranho e de certa forma interessante para seus próprios interesses. 

— Eu não sou homem de ouvir histórias comoventes cheias de dor e lágrimas, Park. — A expressão fechada não negava o tédio do alfa lúpus naquele momento, estava apenas ganhando tempo para analisar melhor o beta e histórias comoventes o tiravam do sério. — Isso não me importa. 

O rosto de JiMin ganhou um tom rubro nas bochechas, estava com vergonha e sentindo-se um pouco humilhado, não era o tipo de pessoa que contava coisas tristes para ganhar atenção ou pena de outra pessoa. 

Não, ele só tinha responsabilidades grandes demais para um rapaz de sua idade. 

Seu chefe nem deveria saber, talvez nunca tenha pulado uma refeição na vida, acordado de madrugada para levar a mãe ao hospital porque ela estava morrendo por causa de uma maldita marca, nunca viveu numa casa pequena e simples, nunca foi desprezado por simplesmente ser... diferente...

— Diga-me o seu valor, Park. 

JiMin olhou surpreso para o loiro, a face serena enquanto seus olhos azuis eram frios, como uma manhã triste e azul de inverno sem sol.

Sua feição era inexpressiva, com certa arrogância em suas orbes e ondas douradas caindo sobre seus belos cílios e lados de seu rosto. 

— Poderia repetir, por favor... — Murmurou, hipnotizado pelo rosto belo de fios dourados como pedras preciosas do sol.

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