1.0 : Nono mês

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Nono mês, acho que eu devia estar me despedindo certo? Bem, minha barriga está enorme e estou sentindo algumas dores, Hange disse que era totalmente normal, já que não faltava muito para finalmente meus bebês nascerem.

Estávamos eu, Eren, Armin e Annie comendo biscoitos e leite, Mikasa estava no jardim junto a seu namorado. Não lembro bem o que estávamos conversando, minha cabeça estava muito concentrada nas dores que eu estava sentindo.

Foi quando eu sentir um líquido descer pelas minhas pernas, a bolsa tinha estourado. Eren se desesperou mais que eu e o caminho todo ficou apertando minha mão, parecia até que era ele que estava sentindo as contrações. Segundo Armin, Eren tinha desmaiado assim que chegamos no hospital, já eu estava mais preocupado em como fazer aquela dor parar.

Enquanto os médicos faziam seu trabalho, Eren ficou comigo até o final, e eu até achava fofo, toda vez que ele pedia desculpas, como se a dor que eu estava sentindo fosse culpa dele. Eu segurei sua mão e mesmo fraco lhe dei um sorriso, foi quando eu ouvi o choro dos meus bebês e depois disso apaguei.

— Eren, anda você precisa comer. — Fui despertado pela voz de Armin, eu só sentia cheiro de remédio e os barulhos das máquinas ao redor, deduzir que estava no hospital e então lembrei de tudo.

— Não posso sair do lado dele Armin, vou esperar até ele acordar. — A voz d Eren estava mais rouca que o normal, abri os olhos percebendo que apenas Armin e Eren estavam no quarto próximo a porta.

— Não vai precisar esperar muito. — Falei meio rouco sentindo minha garganta seca, eu ainda sentia cansaço e fraqueza, tinha um tubo pequeno enfiado na minha veia, provavelmente para me dar sustancia.

— Céus Levi, você me assustou. — Eren veio como louco até minha cama, suas mãos foram diretamente para minhas orelhas, fechei os olhos aproveitando o carinho depositado em um lugar tão sensível. — Mas ainda bem que acordou.

— Onde estão nossos filhos Eren? — Perguntei encostando minha bochecha em sua mão feito um gatinho, não tinha culpa, eu estava precisando urgentemente sentir o calor do toque do Eren.

— Não se preocupe Levi, os garotinhos estão sendo cuidados pelas enfermeiras. — Quem respondeu foi Armin que se aproximou com uma garrafinha na mão, entregando para mim, que bebeu rapidamente.

— Eles parecem muito com a gente amor. — Eren beijou minha testa acariciando minha bochecha.

— Quando vou poder vê-los? — Perguntei animado e ansioso, mal podia ver as carinhas dos meus nenêm.

— Acho que hoje mesmo, eles estão tomando um banho. — Eren se sentou na poltrona a deixando próxima a cama. Deitei minha cabeça em seu peito sentindo um formigamento em todo meu corpo. Suas mãos continuaram a acariciar minhas orelhas.

— Temos uma família Eren. — Lágrimas começaram a cair de meus olhos e logo ouvi a porta bater, Armin havia saído do quarto.

— Temos sim meu amor. — Eren segurou meu rosto deixando selares em meus lábios. — Obrigado por me fazer feliz, obrigado por ser minha família e obrigado por ter me dado filhos. — Juntei nossas mãos sorrindo ainda mais.

— Eu te amo. — Abracei seu pescoço beijando sua boca.

O beijo transbordava de sentimentos, nos dois sentíamos e amávamos aquela sensação. Sua mão foi para minha cintura e as minhas para seus cabelos macios. Tivemos que interromper o beijo pela falta de oxigênio.

— Eu também te amo. — Ele deu um selinho em meus lábios. — Muito.

Tivemos que esperar alguns minutos para que trouxessem nossos bebês, agora limpinhos e vestidos com as roupas que Armin e Eren tinham comprado.

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