◌𓂂∘˚●.𝖺𝗋𝗋𝗂𝗏𝗂𝗇𝗀 𝗂𝗇 𝗅𝗈𝗇𝖽𝗈𝗇

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𝔦𝔦𝔦

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𝔦𝔦𝔦. 𝔠𝔥𝔢𝔤𝔞𝔫𝔡𝔬 𝔢𝔪 𝔏𝔬𝔫𝔡𝔯𝔢𝔰

— Olha só! Quem é vivo sempre aparece, não é? — isso é o que escuto quando abro a porta, assim, ficando cara a cara com o meu irmão mais velho — por alguns minutos, vale ressaltar — que há muito tempo não via. Respiro fundo para não socá-lo com toda minha força.

— Lembrou que tem irmã? — questiono irônica cruzando os braços e arqueando as sobrancelhas. Desde a morte dos nossos pais, ele sumiu no mundo. Me deixou sozinha com o projeto, apenas me ligava quando se metia em confusões e mandava algumas mensagens nas datas importantes, isso quando se lembrava.

— Também senti saudades, maninha. — apesar da careta que fez, adentrou meu apartamento e me puxou para um abraço apertado. Demorei para retribuir, mas no fim acabei não resistindo pela saudade imensa. Apesar de estar bastante magoada, ele é o meu irmão e aquela foi a forma de lidar com a dor dele, enquanto a minha foi me afundar em formas de erguer o que hoje é a minha empresa. Talvez nem seja totalmente culpa dele...

Na verdade, não é, é apenas difícil para mim admitir que ele foi embora por minha culpa. Deveríamos ter nos apoiados, passado por isso juntos, mas eu ignorei toda a dor que ambos sentiam e foquei somente no trabalho. Não o apoiei como deveria e me arrependo disso, não que eu fosse admitir, claro.

— Como vai à vida? — questiona ao nos separarmos do abraço. Ele observa meu apartamento enquanto caminha pelo mesmo, mexendo em algumas decorações.

— O que veio fazer aqui? — questiono fechando a porta e indo em direção ao sofá, me sentando no mesmo e o encarando questionadora.

— O quê? Não posso mais ver a minha própria irmã? — seu tom ofendido me faz revirar os olhos. Sua audácia de se fazer de vítima me faz querer tacar meu salto em seu rosto, com a intenção de deixar uma marca roxa gigantesca, mesmo que não fosse ficar por muito tempo. Levanto apenas uma sobrancelha, indicando que não acreditava nem um pouco nisso e ele respira fundo, sentando-se ao meu lado. — Me meti em alguns problemas e precisei fugir.

— Orion... — suspiro me sentando de lado vendo-o fazer o mesmo, assim ficamos frente a frente. Sua expressão cansada me faz suspirar e deixar o sermão para depois. — O quê você fez dessa vez?

— Não precisamos falar sobre isso, só preciso de um lugar para ficar por um tempo. — se nega a falar sobre, me olhando com sua expressão de cachorro sem dono que usava sempre  para me convencer a fazer suas travessuras quando éramos crianças. — Será que pode fazer isso pelo seu lindo irmãozinho?

— Tudo bem, pode ficar no meu apartamento pelo tempo que precisar, contanto que não traga problemas para mim. — ele assente animado e quando vê minha expressão, nota que eu não havia terminado de dizer minhas condições, um bico emburrado nasce em seus lábios. — E... Eu preciso que fique na empresa por alguns dias.

𝐒𝐇𝐔𝐓 𝐔𝐏 𝐀𝐍𝐃 𝐋𝐈𝐒𝐓𝐄𝐍!𝗉𝖾𝗍𝖾𝗋 𝗁𝖺𝗅𝖾Onde histórias criam vida. Descubra agora