Bitch

17 3 0
                                    


EMMA JACKSON

- Seus filhos da puta, PAREM. - Gritei ali mesmo da sacada e logo saí correndo, com tanto lugar para brigar, eles resolveram brigar logo na frente da minha casa, se meu pai estivesse presente eu estava totalmente ferrada. 

Abri a porta e logo avistei uma multidão em volta dos dois, mas não eram gangsters, eram vizinhos fofoqueiros e curiosos. 

Merda, merda, merda. 

- É SÉRIO, PAREM. - Gritei novamente, enquanto Rafe e John B quase se esfolavam, os dois estavam no 0x0, mas eles pararam e me olharam. 

- Esse veadinho que começou, eu estava aqui de boa na minha... - Rafe disse como uma criança, mas sempre com o seu típico sorriso debochado. 

- Esse pau no cu queria entrar na sua casa para falar com você, esse cara é perigoso para você, Emma. Vai saber o que ele queria... - John B falou ofegante e quase que eu disse ''continuem aí brigando por mim feras, a diva aqui vai voltar para o seu sono de beleza'' mas não, ao invés disso, apenas disse: 

- Está tudo bem, John B. Para mim Rafe não é nem um pouco perigoso, mas agradeço por bater nele, quando quiser fazer isso mais vezes... Fique à vontade. 

- Esse garoto não consegue encostar nem um dedo em mim, você sabe muito bem que é bem mais fácil EU bater nele. - Rafe disse como se estivesse ameaçando John B, e ele estava. 

- Tem certeza, flor? - John B debochou. - Então vem, guerreiro. Quero ver se tu é foda mesmo. 

- Você sabe muito bem que eu sou, sua bichinha. - Rafe disse. - Quer que eu esfole sua cara de novo? É isso? Então tá. - Rafe disse e partiu para cima de John B, mas antes eu me meti no meio dos dois em uma rapidez assustadora. 

- Eu vou falar só mais uma vez... - Respirei fundo tentando me controlar, pois os dois souberam me irritar. - PAREM. - Gritei novamente. - Se não, eu corto o bem mais precioso de vocês... com aquelas tesouras normais ainda, para a dor ser bem mais intensa. - Rafe e John B se olharam rapidamente. 

- Você me assusta, Emma... E olha que ninguém me assusta. - John B disse. 

- Cala a boca, você é um cagão em todos os sentidos. - Rafe implicou. - Mas enfim... Para que cortar, gata? Se você pode fazer outras coisas... - Rafe disse mordendo os lábios, totalmente malicioso. Foi aí que John B tentou ir para cima dele novamente, mas eu o impedi. 

- Ok, gente... Acabou o show. - Me dirigi aos vizinhos. - Podem voltar para as suas casas, ver suas novelas chatas, tricotar, não interessa... MAS VOLTEM. Dona Linda, vá lá fazer sua sopinha que a senhora não abre mão, já veio umas 500 vezes aqui em casa oferecer essa água com legumes... - A senhora fez uma cara de ofendida e saiu. - Sr. George, vá lá continuar a fazer o que o senhor estava fazendo... 

- Mas eu não estava fazendo nada. - O homem retrucou. 

- Então volte a fazer nada, mas na sua casa. Obrigada. 

- Vão indo todo mundo, que o show dessas ''garotas'' já acabou, obrigada por comparecerem. - Os vizinhos estavam dando meio volta e voltando para suas casas, enquanto Rafe e John B discutiam. Me virei para os dois. 

- Pronto, agora vai cada um para um lado e parem com essa porra de infantilidade. - Falei. 

- Mas eu quero falar com você. - Rafe insistiu sério. Nunca abrindo mão do seu jeito bad boy. 

- Mas ela não quer falar com você. - John B decidiu por mim. 

- Cara, você já experimentou transar? Essa sua virgindade está te deixando muito nervoso, relaxa e pega umas minas. - Nossa, olha quem falando, Rafe Cameron, o garoto mais nervoso que eu conheço. Mas ele falou aquilo apenas para implicar. 

- Eu não sou virgem, cara. Comi sua mãe, lembra? - Porra, agora o bagulho ficou sério. Vi Rafe mudar sua expressão suave, para o VERDADEIRO Rafe. 

- O que você disse, seu cuzão? Repete, quero ver... - Rafe disse. 

- Comi sua mãe. - John B repetiu, e então, Rafe partiu para cima dele e os dois se embolaram novamente, que inferno de vida mesmo. 

Eu já estava quase desistindo, poderia deixar os dois se matarem ali mesmo e, boa ideia, virei as costas abrindo o portão de casa para voltar aos aconchegos da minha linda cama. 

Deixe eles lá, eu já estava ficando com muita raiva e daqui a pouco seria nós três na tal pauleira. 

Havia um sms de meu pai dizendo que ele ''dormiria no escritório''... Dormir no escritório? Mas que merda de vida, falei comigo, jogando o celular em um canto qualquer do sofá. 

Ouvi o barulho da porta se abrindo e logo Olivia entrou, droga, não podia piorar...

Ela estava com uma calça branca super justa, que dava até para ver seus órgãos, uma blusa vermelha justa também e um salto que deixava ela com 3 metros de altura mais ou menos...

Sem contar a maquiagem extremamente exagerada, do tipo ''sou vadia''. 

- Oi pirralha, a janta já está pronta? - Ela perguntou e eu ri ironicamente. 

- Quem deveria cozinhar para mim era você, até porque você está na casa da MINHA mãe. 

- Que Deus a tenha. - Ela debochou. -Mas agora... eu mando aqui. 

- Não sonha, Olivia... Um dia sua máscara cai. - Falei. 

- Deus o livre minha máscara facial cair. - Ela disse massageando o rosto. - Imagina só, eu cheias de rugas. Não consigo nem pensar. - ''Oi burrice'' pensei comigo. - Então pirralha... Já que você não fez minha janta, pode deixar que eu vou sair para comer fora. - Isso foi um pretexto para ela pular a cerca e meter vários chifres em meu pobre pai. - Ah, depois vou para a casa da minha querida vó. - Mentira. - Só volto amanhã. 

- Você vai é pro seu ponto que eu sei. - Impliquei. 

- Olha o respeito, pirralha. - Ela disse. 

- Desculpa, é que eu não consigo ver a diferença entre você e uma prostituta. - Falei, enquanto pegava uma maçã e a mordia. Olivia ficou vermelha, mas ela não disse nada, apenas foi até a porta e saiu. Vá pela sombra. Na verdade, eu queria que ela fosse pelo sol e tivesse um câncer de pele bem forte, mas estava noite. 

E era nessas horas que eu me sentia a pessoa mais solitária do mundo, fui para o meu quarto, mas o sono eu já havia perdido. 

Apenas me joguei de qualquer jeito na cama e viajei para outro mundo, e sem querer, vi Rafe nesse outro mundo. 

Droga, não, nunca. Sacudi a cabeça tentando fugir daquilo, eu e Rafe vivíamos em mundos completamente diferentes, ele estava fora de cogitação. 

Tirei os fones, porque ouvir musica não estava dando certo e fiquei ali, no silêncio. Até ouvir um barulhão, tipo um estrondo, levante-me da cama praticamente voando e totalmente assustada. 

Abri a porta do meu quarto lentamente, indo devagar até o quarto de meu pai, pegando seu revólver de emergência. 

Fui passo a passo pelo corredor tentando fazer o mínimo de barulho possível, cheguei nas escadas e fui descendo de fininho, degrau por degrau com o coração quase saindo pela boca. 

Assim que cheguei no último degrau da escada, avistei algo, algo nojento... Eca...

Possessive| Rafe CameronWhere stories live. Discover now